Beijei tua flor molhada
Cheiro e cor de papoula
Minha boca perfumada
Tonta e avassaladora
Atravessou a morada
Dos deuses e foi do nada
Ao tudo em alguns segundos
Senti o sabor do mundo
Brotando de cada lábio
Da tua da tua rosa entre aberta
E cada gota de sumo
Nutria-me, como o húmus
Que espalhado na terra
Nutre e revigora a planta
Sorvi tua alma e foi tanta
E tão doce minha voragem
Que ao contemplar nossa imagem
A lua empalideceu
Deixei, por fim, bem guardado
Na memória da minha boca
O sabor do gozo teu
OBS : A imagem que ilustra este texto pertence ao Blog Contos de LIilith, da Samarah. Sei que quem visitar vai gostar: http://meuladolilith.blogspot.com
Um comentário:
Difícil falar de algo tão íntimo sem cair no vulgar! Você conseguiu!
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