30.6.09

O Diabo ronda Paris

O Diabo anda rondando a França, mais precisamente sua capital, Paris, e pelo visto está de marcação com a AirBus.
Vai ver que o bicho tem ações da Boeing.
Há quem advogue no entanto que não é nada disso. Dizem que a verdadeira intenção do Demo é acertar a orelha do Sérgio Cabral, que vive voando para aquelas bandas e, segundo as más línguas, tem um acordo vencido com o cramulhano.
A assessoria do Governador, no entanto, malandra, deve estar passando ao tinhoso o número errado do vôo de sua excelência toda vez que ele viaja. Assim,, sem uma informação específica do avião em que se encontra Serginho, o demo fica louco e jatira pedras aleatoriamente em toda aeronave que passa.
Nesse último acidente, em que um avião da AirBus caiu na costa da África, foi até difícil entender que o vôo vinha de Paris com destino à uma ilhazinha no último buraco da fivela do Índico. O Pessoal da Globo News, que detém o monopólio privado da informação, estava muito mais interessado no aspecto da manutenção da aeronave, ou na possível falta dela, do que no acidente propriamente dito. Eu contei 18 citações da palavra manutenção no longuíssimo e enrolado texto vomitado pela repórter antes que ela dissesse qual era a origem e o destino do vôo.
Para mim ficou a impressão de que a Globo anda pensando e investir nosso rico dinheiro, que ao final das contas sempre vai parar no bolso dela, em uma baita empresa de manutenção de aviões.
Só isso explicaria a avidez da emissora com o tema.

25.6.09

Não tenho atualizado o Blog atualmente por conta de outros trabalhos que tem me exigido tempo, mas tenho sido devidamente reconpensado com a gratificação pessoal e isso é também uma coisa boa. Hoje, no entanto, um convite que recebi para participar do Myspace da Juliana Zanardi me fez vir aqui escrever um pouco:seria egoísmo não dividir com os amigos algo tão belo.
Conheci seu trabalho em uma casa de espetáculos próxima da na Praça Mauá, chamada "Cais", que à época apresentava show variados de samba de raiz. Coisas belíssimas.
Escrevi na ocasião um post sobre a beleza de voz e repertório de Juliana e fiquei feliz hoje por ter a oportunidade de ouvi-la novamente.
Cliquem no link aí em cima e constatem. É arte rara e de primeira grandeza.

16.6.09

Eduardo Paes em jornal espanhol : Existe uma visão romântica do crime no Rio

O despreparo dessa gente é algo inacreditável. O Prefeito, como Alice, queria estar vivendo no País das maravilhas que há, como lhe ensinaram, atrás de seu espelho.

Um mundo em que Sérgio Cabral fosse o Grilo falante e seu secretariado fosse composto pelo coelho, pelo homem de lata e pelo chapeleiro louco.

Na verdade Eduardo, nascido em berço de ouro, quer que o Rio seja como a sua própria casa: um lugar onde só há espaço para gente rica e "bonita".

A visão que essa gente tem da cidade e do Estado é completamente atrofiada e não poderia ser diferente, pois sempre viveram protegidos por uma redoma.

Eduardo Paes e Sérgio Cabral agem como o rapaz de um filme antigo que vivia em uma bolha e graças a isso não tinha a menor noção do que acontecia no mundo real.

Mesmo Cabral, cujo pai frequentava os morros e os subúrbios para compor seus artigos e escrever seus livros sobre cultura carioca, nunca encarou este mundo como realidade. O morro para ele sempre foi uma espécie de parque de diversões - algo necessário aos negócios do pai - e, vê-se agora, as populações mais pobres, das quais o pai tirou fama e sustento, eram vistas por ele como animais em um zoológico.

Eduardo e Sérgio jamais verão as pessoas do povo como seus iguais porque realmente elas não são.

A criação e a formação de ambos impõe até como ofensa qualquer alusão à essa igualdade. Na verdade são plebeus da pior espécie "educados" para paracer nobres. São portanto, uma fraude inclusive para eles próprios. Qualquer trabalhador ou mãe de família, moradores de umas das tantas favelas do Rio têm, individualmente, uma capacidade moral infinitamente maior que esses dois governantes juntos.

6.6.09

Tadinho do bebê

Recebi esse vídeo de um amigo. Chega a dar pena do bebezinho, que, afinal de contas, só quer dormir o sono dos justos...

3.6.09

Judiciário de boteco, ou, a nova Lei Teresoca

O que estão fazendo com esse menino, Sean,  é de uma covardia pavorosa. Uma temeridade.

Em nenhum lugar do planeta um padrasto tem prioridade em relação ao pai biológico na guarda de uma criança.

Marco Aurélio Mello erra terrível e conscientemente ao acatar o pedido de um partido político, no caso o PP do Senador Francisco Dorneles, amigo da família Lins e Silva,  e permitir a politização do drama desta criança.

Na prática, voltamos aos tempos da Lei Teresoca, feita sob encomenda para beneficiar única e exclusivamente o jornalista Assis Chateubriand, poderoso proprietário do, à época, temido Diários associados.

A diferença e que o Ministro Mello, primo do Senador Fernando Collor de Mello, aquele, nem mesmo esperou que alguma lei fosse inventada, ou tirada da cartola, para escolher o seu lado na contenda e optar por uma atitude teratológica, do ponto de vista  judicial.

É por causa de ações desse tipo que as instituições no Brasil são consideradas falidas. Não há segurança nem estrutura legal que resista aos interesses das elites, dos riquinhos, dos donos do poder.

É uma pena que mais uma vez o poder judiciário sirva de pasto para cavalos paraguaios.

Bem que o Brasil já anda merecendo autoridades, inclusive no poder judiciário, mais sérias e qualificadas.

1.6.09

Prolegomenos...


Eu não vou falar da queda do avião. Tragédias assim são impactantes demais. E pra piorar as TVs, principalmente a Globo, ao invés de dar as notícias e se preocupar com as informações em si, arranjam uma carrada de especialistas de araque pra ficar falando besteira sobre o que poderia ou não ter acontecido. Irritante isso. A gente pensando na vida das pessoas e eles procurando alguém pra botar a culpa.
Aliás, por falar em culpa, é uma pena que o Sérgio Cabral não tenha ido para Paris hoje cedo, né? Mas enfim, deixa pra lá...
O que eu quero mesmo abordar aqui é a minha solidão, não de visitas, mas de comentários. Meus seis leitores me abandonaram completamente. A única exceção é a minha amiga Atrevida, que está sempre comentando meus textos.
Encontrei com um amigo, no domingo, que me disse ter adorado o Conto de natal psicodélico, mas não deixou nenhum comentário. Protestei, é claro. Blogueiro também é gente e precisa de um carinho público de vez em quando. Ou pelo menos uma boa polêmica.
De resto, tirando o abandono em que me encontro, não há nada de novo no front. Nem vou citar a frase do Barão de Itararé que fala em aviões de carreira, pois hoje seria anti clímax.