30.11.09

A porcocracia de Eduardo Paes

Todos os dias, quando acordo, peço a Deus para poupar meus ouvidos das insanidades, beocidades e boçalidades de alguns de nossos governantes. Nem sempre, no entanto, o todo poderoso consegue dar conta da questão dada a verborragia dessas antas que dirigem nossa pátria, mas, cá para nós, Sergio Cabral e Eduardo Paes abusam da bondade divina.
Cabralzinho, dia desses, cheguei até a comentar aqui, chamou de vagabundos os trabalhadores que viajam no trem das cinco e meia da manhã. Vejam bem: um cara que nunca trabalhou na vida, chamando operários de vagabundos. Agora foi o seu pupilo, o Duduzinho, quem chamou o povo do Rio de porco.
É insanidade demais para a criatividade de um pobre escriba. Como é que alguém pode ofender, agredir e insultar o povo que o elegeu? Que culpa o povo tem se Duduzinho, assim como seu amado mestre, odeiam trabalhar?
A questão na verdade é simples. Qualquer sistema em atividade necessita de manutenção constante, e a limpeza de vias públicas não foge à essa regra.
O fato é que Eduardo Paes, assim como Cabral, têm horror à povo. Eles odeiam qualquer ser que não seja nativo do pequeno espaço de terra existente entre o Leblon e a Barra da Tijuca, e, além disso, nutrem verdadeira ojeriza à qualquer esforço físico ou mental, e administrar a máquina pública, como se sabe, dá trabalho.
Dudu só se sente bem quando ordena a perseguição aos camelos, aos artistas da Praça do Lido, aos pobres que moram no Recreio desde a década de setenta, e assim por diante. Na verdade o Prefeito do Rio, ao que parece, tem orgasmos múltiplos quando manda demolir com tratores e retro escavadeiras as residências dos menos favorecidos. Expulsar pobres de suas casas e derruba-las dá prazer ao alcaide.
De resto sobra um negocinho com o Eike Batista aqui, um esqueminha com a Madona ali, uma especulaçãosinha imobliária acolá... Afinal de contas, ninguém é de ferro.
No final das contas, se alguma coisa der errado, sempre sobra a opção de fazer o que fez o Deputado Brasiliense flagrado botando dinheiro de propina na meia, no escândalo Arruda. O cara de pau disse que botou o dinheiro na meia porque não usa pasta.
Dudu pode dizer o mesmo.
- Persigo pobres, ofendo o povo, especulo com imóveis públicos e derrubo casas de miseráveis com trator porque não uso pasta.
Isso não explica nada. Mas como essa gente já perdeu a vergonha na cara faz tempo, tanto faz.
Exceto, é claro, se o povo resolver pegar eles na próxima eleição.

28.11.09

E o caos continua caótico...

Fiquei sem internet alguns dias... Coisas da OI. Nesse meio tempo, claro, não pude atualizar o blog, mas as coisas continuaram acontecendo. Sérgio Cabral, por exemplo, continuou desgovernando o Estado do Rio de janeiro e, em tempos de olimpíadas, continua caminhando bravamente para o primeiro lugar absoluto no ranking dos piores governantes brasileiros de todos os tempos. O cara é uma piada de péssimo gosto.
A Light também continua sendo tenebrosa, mas evoluiu para pior. Ao invés de tornar miserável apenas a vida de quem vive na Baixada, ampliou sua área de incompetência também para a zona sul do Rio. Aí deu Globo e tudo.
Algo me diz que os diretores desta empresa reunem-se diariamente para deliberar sobre as formas mais eficazes de sacanear seus clientes. Sempre com o apoio da ANEEL, é lógico.

Outra coisa que piorou - Fui almoçar dia desses no antigo Galeto da Presidente Kennedy, que agora é bar do Juca, e me arrependi amargamente. Comida ruim e cara. Inclusive, o velho e bom cafezinho, que normalmente acompanha o almoço, é cobrado - caro paca - e servido gelado. Literalmente. Deveria ter ido ao Mussarela. É mais longe um pouquinho mas vale a pena.

Nesse meio tempo aconteceram coisas esquisitas também. Obama emudeceu sobre o golpe em Honduras, uma parte de Caxias ficou em baixo d água e a Câmara fez uma audiência pública pedindo mais água ainda.
Na verdade o Vereador que puxou a audiência está corretíssimo. Pena que a Cedae não tenha mandado ninguém com real poder de mando ao encontro. Apenas uns dois sub-sub-sub responsáveis pela Cedae - gente tão importante na administração da empresa que ninguém sabe quem são - compareceram à Câmara para tentar explicar batom na cueca. Seria mais honesto assumir que a Baixada, em termos de água, é um escândalo. Há várias soluções desenvolvidas por técnicos da Cia, altamente qualificados, que nunca foram postas em prática porque é mais interessante para os Governos politizar a discussão ao invés de resolver o problema. Podem ter certeza: nos próximos anos muita gente "boa" vai se eleger prometendo soluções mirabolantes (*) para o problema da água em Caxias. Nossos mandatários são assim, se alimentam do caos.
Já que falamos de água e luz, porque não falar de internet? A OI inventou aqui no Olavo Bilac a internet intermitente. Um minuto no ar e sessenta fora. Coisa de maluco mesmo. Mas eu recebi um jornalzinho dia desses anunciando "Internet grátis" igualzinha aquela da praia de Copacabana. Por enquanto é só "Internaque", internet de araque. Mas sabe como é, né? A esperança é a última que corre. ( É corre mesmo. Aqui tem muita bala perdida).

(*) Uma "mirabolância" interessante: o Prefeito disse que a Petrobrás é culpada pelas enchentes e um Deputado, em passado recente, prometeu distribuir para o povo água da Petrobrás. Será que a Estatal brasileira está abandonando o negócio do petróleo e entrando no da água? Sei não...



23.11.09

Manual prático do Neo Jornalismo Brasileiro

Há um buraco na rua. A responsabilidade constitucional pelo mesmo é da Prefeitura. Como deve se comportar um jornalista moderno?

a) Analisar o grau de aproximação entre o Prefeito e as empresas jornalísticas.

b) Em se tratando de um aliado ou sócio esquecer o buraco, mas acompanhar de perto os acontecimentos nos seguintes termos:

- Se alguém se posicionar pelo conserto do buraco, desqualifica-lo imediatamente.

- Se as manifestações em favor do conserto do buraco forem muitas, desviar o foco da responsabilidade para o âmbito Estadual ou Federal de acordo com grau de intimidade entre a empresa de comunicação e esses governantes - Se todos forem aliados a culpa não é de ninguém. Se todos forem adversários da empresa, a culpa é de todos.

- Persistindo as manifestações convocar nossos analistas para “opinar” no sentido de provar que o buraco é anterior a atual administração (os analistas devem se basear sempre que possível em leis, tratados, acordos ou até mesmo em artigos desconhecidos para isentar o Prefeito aliado de qualquer responsabilidade ).

- Não havendo maneira de preservar a imagem do Governante amigo diante do buraco exposto, pedir ao mesmo que o tape e fazer a cobertura completa da obra, atribuindo a ela valores de realização mais importante das últimas décadas.

c) Em se tratando de um adversário “ideológico” das empresas de comunicação, deve-se seguir a seguinte orientação:

- Levantar todas as possibilidades de danos e prejuízos possíveis causados pelo buraco.

- Convocar “especialistas” adestrados para opinar sobre os riscos inerentes à existência do buraco.

- Fazer a comparação direta entre a cidade em questão, dona do buraco, e as cidades do primeiro mundo, onde buracos são raros na paisagem urbana.

- Convocar membros da oposição nas casas legislativas para lamentar a existência do buraco e se indignar publicamente.

- Estabelecer uma relação direta entre o buraco e o declínio da civilização moderna, atribuindo ao Governante todos os males possíveis e imagináveis no cenário político e social local.

- Estabelecer paralelo entre o buraco e a corrupção, as drogas e se possível a pedofilia.

- Convocar os “movimentos” à serviço da empresa de comunicação para protestar e pedir o afastamento do Governante adversário.

22.11.09

Ligth, uma tragédia fluminense.

A Light é, certamente, a maior desgraça que assola o Rio de janeiro. Tenho tentado trabalhar e não consigo graças ao péssimo serviço oferecido por esta distribuidora de energia. Dizem que a Ampla, que atende algumas regiões do Rio, é pior, mas eu não acredito. Nada pode ser pior que a Ligth.
O pior de tudo é que se trata de um monopólio. Mesmo que a energia elétrica na minha casa seja completamente instável, eu não tenho como trocar de operadora. Quando a empresa era estatal a imprensa vivia baixando a lenha. Agora que é privada, no entanto, pode exercer monopólio e prestar péssimos serviços que ninguém abre a boca para reclamar. Se a gente manda uma carta para os jornais, eles nem publicam. A Ligth pode tudo.
Aqui em casa a coisa está vergonhosa. Em intervalos de 20 ou 30 minutos, inevitavelmente, há uma queda de energia. Todos os aparelhos elétricos correm risco, mas o computador, em especial, causa sofrimento maior. Você vai escrevendo, se empolgando, absorvendo o espírito do texto, e de repente apaga tudo. Da xabú. É algo portentosamente irritante.
O Velox, claro, também é uma porcaria que falha mais do que previsão do tempo, mas não é açgo tão catastrófico assim.
Nossa estrutura de prestação de serviços é horrível, eu sei.Vivemos em uma terra onde tudo se cobra, nada funciona direito e os órgão públicos, inclusive as agencias reguladoras que deveriam nos preservar, acobertam tudo. A imprensa também não fala, não ouve e nem vê. Mesmo porque à grana que as operadoras bancam com publicidade é algo escandaloso, e, como se sabe, no Brasil, quem paga pode tudo.
Como cidadão, eu me indigno. Isso não tem jeito. Principalmente quando as agências reguladoras tentam me fazer crer que o errado sou eu.A Ligth é vergonhosa, mas a subserviência da ANEL é muito mais.

11.11.09

O mundo apagou e a Rádio Tupi salvou a pátria

Eu estava sentado diante do computador, ontem, me preparando psicilogicamente para atualizar o Blog, quando o mundo apagou. O breu absoluto me deu uma agonia danada. Fiquei pensando em como as pessoas viviam antes de Tomas Edson montar aquele esquema, em 1881, que iluminou algumas quadras de New York com 7200 lâmpadas. Ontem, 128 anos depois, não havia uma só lâmpada acesa no meu raio de visão. Incrível . Nossa dependência de energia elétrica no atual estágio civilizatório é absoluta.
O que mais me angustiou foi não conseguir nenhuma notícia. Tv, internet, rádio, tudo na minha casa funciona à energia elétrica, assim como na maioria dos lares. Viciado em informação, eu tentava saber o que estava acontecendo, e nada. A angústia só aumentava.
Uma senhora passou na minha rua falando que tinha ouvido notícias no rádio de pilha dando conta de que o apagão era em vários estados. Fudeu, pensei. O problema foi em Itaipú. Mas não era bem isso. As notícias ainda estavam meio tortas.
Passei alguns minutos explicando ao meu filho e ao meu sobrinho como funciona o sistema interligado e os dispositivos que existem para evitar que os danos se alastrem. Naquela altura do campeonato até os mosquitos - multiplos e variados - prestavam atenção na minha palestra familiar, mesmo porque não havia nada mais interessante para fazer, a não ser, no caso deles, atormentar a gente.
De repente, não mais que de repente ( Evoé Vinícius ) , lembrei de um aparelhinho de MP3 e rádio, daqueles que se ouve com fone de ouvido, que eu ganhei da revista Pró teste. Minha explanação foi imediatamente interrompida em nome do vício de informação. Várias rádios estavam fora do ar e só mesmo a velha e boa TUPI foi capaz de diminuir minha angústia.
Passei as próximas 4 horas, ou quase isso, ouvindo a rádio fundada por Assis Chathobriand à 74 anos.
No começo os jornalistas estavam mais preocupados com o jogo do Vasco do que com o apagão, mas aos poucos foram caindo na real e buscando informações para explicar o caos. Foi interessante notar a vontade dos jornalistas esportivos, geralmente cheios de limitações em outras áreas, que se esforçaram ao máximo para explicar o apagão.
No final acabou se confirmando que o problema ocorreu em uma linha de transmissão de Itaipu, o que fez com que faltasse luz até no Paraguai - Onde o Fluminense joga hoje- lembrava sempre o jornalista esportivo, fiel a sua formação mesmo diante do caos.
Aí foi só esperar o retorno da normalidade. Com informação a gente sabe que é só uma questão de tempo. Na minha casa a energia voltou às duas horas da manhã.
O fato em si faz a gente pensar na inteligência técnica do sistema interligado, mas também no efeito dominó. Se há um problema em uma linha de transmissão, o sistema é desligado automaticamente para evitar danos. Mas, em compensação, a energia de outros estados, onde não houve problema, pode ser direcionada para suprir as necessidades.
Eu sei que hoje vão pulular especialistas na mídia falando todas as bobagens possíveis. Certamente vão condenar tudo que existe e defender as mais estapafurdias alternativas para o sistema elétrico brasileiro. Mas o fato é um só: se não houve problema de geração de energia - e isso já está constatado que não houve - ficou provado que o sistema integrado é a melhor solução técnica possível, pois em poucas horas a normalidade se estabeleceu.
De resto, vale saudar a Rádio TUPI do Rio de janeiro. Graças ao investimentos em geradores e tecnologias de ponta, a rádio salvou a pátria de todos os ávidos por informação, como eu, no Brasil inteiro, entrevistando, inclusive, o Presidente de Itaipú binacional..

OBS: Só pra constar. Fui dirigente do Sind. Urbanitários, um dos maiores sindicatos no Brasil na época, que representava os trabalhadores do setor elétrico. Lá aprendi bastante, em dois mandatos, com os técnicos desse setor. Digo isso só pra não parecer que a coisa se resume à pitacos.

7.11.09

Rogério Torres de Livro novo - Em Dezembro

Rogério Torres, de longe um dos historiadores mais talentosos de sua geração, está de livro novo - O Coronel Elyzeu e seu tempo - em parceria com Elizeu Adail de Alvarenga Freire.

Esse novo trabalho de Rogério resgata a memória do Coronel Elyzeu de Alvarenga Freire. Professor, abolicionista e republicano que lutou ao lado de Silva Jardim e participou diretamente do processo de evolução política do Brasil.

O livro deve ser lançado em Dezembro, na Câmara Municipal de Duque de Caxias, mas eu, particularmente, já estou aflito para que o lançamento ocorra logo.

Rogério é um historiador extremamente talentoso, tem um texto bonito, gostoso de ler e, acima de tudo, carrega sempre consigo um profundo compromisso com a história em si. Pensador completamente liberto dos tecnicismos academicistas, que na maioria das vezes servem mais para fortalecer os medíocres do que qualquer outra coisa, Rogério nos dá como presente de fim de ano mais uma bela aula magna, com o resgate da memória do Coronel Elyzeu. Tomara que Dezembro chegue rápido. Bem rápido.


Clique aqui e veja no youtube uma pequena apresentação do livro O Coronel e seu tempo.


6.11.09

Gataiada



A Bia me mandou esse vídeo. Muito legal. Ela disse que não acredita mais no ser humano, então vamos crer nos gatos...E rir um pouco, afinal, a gente não é de ferro.

Tergiversações... ou quase isso.


Passei a metade dos meus quarenta e poucos ( bem poucos) anos sonhando com a derrubada do sistema, a outra metade eu tenho passado rezando para que o sistema não caia. Ficar sem internet é muito ruim.
Ontem eu estava com idéias para textos geniais, infelizmente, no entanto, a genialidade das idéias quase sempre acaba no momento exato em que elas são postas em prática. Mesmo assim eu queria escrever, mas parece que tudo estava depondo contra. Um telefonema atrás do outro, quedas de energia constantes patrocinadas pela nossa querida Ligth, falha na conexão com a internet, parece que ontem definitivamente não era um bom dia para um escriba virtual.
Vi na TV uma matéria sobre os 7 bilhões que as operadoras de energia roubaram da gente de 2003 para cá e pensei: então é isso... Boabagem. Não é nada disso. Essa coisa de a gente ser roubado por concessionárias de serviço público e com a anuência do Estado é tão antiga que ninguém liga mais. Se existisse poder judiciário no Brasil, até valeria a pena entrar com uma ação para recuperar os prejuízos constantes causados por prestadoras de serviço como Light, Sky, OI, Vivo, Claro, etc, etc, etc... Mas, infelizmente, não temos instituições de justiça, apenas juízes, e estes são importantes demais para dar confiança pra gente.
Rui Barbosa disse certa vez que "justiça tardia não é justiça". Concordo plenamente com o Águia de Haia.
Devo, portanto, dar-me por satisfeito com o pleno funcionamento do meu computador - graças ao meu amigo Robert, diga-se de passagem - e ir tocando a vida enquanto as coisas acontecem. Viver no Rio de janeiro atualmente não é uma coisa muito boa para isso, pois aqui, nos últimos 3 anos, as coisas só "desacontecem". Tanto que até mesmo a simples leitura dos jornais locais tornou-se algo terrivelmente tedioso.
Ainda bem que existe a internet, mesmo que esta só funcione de vez em quando, para a gente saber que pelo menos em outros estados as coisas acontecem.
Paulo Hartung, por exemplo, Governador do Espirito Santo, está brigando pela grana dos hoyalties do petróleo para seu estado, enquanto aqui o Governador prepara festas e jantares para " discutir" o tema e ninguém comparece. Pobre Sérgio... é, antes de mais nada, um solitário. Quanto mais e fala e faz carinha de revoltado, menos as pessoas ligam para ele.
Na verdade, a unica coisa que acontece com freqüência no Rio ultimamente é tiroteio.Mas quase não há balas perdidas, praticamente todas são encontradas por algum inocente. 
Eita vidinha mais ou menos...

IPC: A foto aí em cima é do primeiro computador da história, de 1946. Que sorte esse povo tinha antigamente. Era um computador só para todo mundo. Literalmente.

3.11.09

Prefeitura dando trambique em circo? Isso é covardia...

Li no jornal  hoje que a Prefeitura de Belford Roxo ( RJ ) comandada por um tal de Alcides Rolim, do PT, deu um trambique de 8 mil reais em um circo da cidade. Nunca havia ouvido falar em algo tão grotesco.
O circo é uma das organizações artísticas mais naturais e legítimas que existem mas, talvez exatamente por isso, os artistas circenses vivem numa penúria de dar dó. São pessoas que literalmente tiram leite da pedra todos os dias para sobreviver, e fazem isso sem abrir mão de apresentar, quase sempre várias vezes ao dia, espetáculos belíssimos. Coisas de encantar e seduzir a alma humana. 
Não é à toa que as crianças são fascinadas pelo circo. É arte pura em estado cristalino.
Imagino o que se passa na cabeça de um Prefeito desses... Imagino não, sei. Um cara que escolhe um funkeiro para ser seu "Secretário" de Cultura e ao mesmo tempo dá um trambique em artistas circenses, certamente não tem nada na cabeça. Se fosse possível ao vento entrar por uma de suas orelhas e sair por outra, certamente o faria sem encontrar obstáculos.
Mas não é apenas isso. Certamente trata-se de um ser sem qualquer sensibilidade, por isso a ausência de compromissos com coisas sãs, inclusive na administração pública.
Espero que meu amigo Jorge Coutinho, Presidente do Sindicato dos artistas, ao qual os trabalhadores de circo são filiados, tome uma posição contundente sobre essa covardia. Esses moço, assim como seus cambonos, na verdade não estão qualificados para exercer qualquer poder constituído. Infelizmente, porém, a ausência de investimentos em políticas públicas nas áreas mais pobres das cidades nos leva a eleição de aberrações.
Seria bom se todos escrevessem o nome desse Prefeito - Alcides Rolim - em um pedaço de papel para não esquecer. Pessoas de bem não podem dar seu voto à um governante covarde, ou pelo menos a gente sonha que seja assim.


" Batam palmas pro palhaço que na vida já foi tudo, foi soldado, carpinteiro, seresteiro, vagabundo..."