19.2.10

Jornalismo de "resultados"

A imprensa brasileira foi invadida nos últimos anos por uma série de colunistas de R$ 1,99, gente barata porque escreve aquilo que convém à seus patrões mesmo que para tanto se sujeite a margear, e às vezes até ultrapassar, as fronteiras do ridículo.
De um modo geral, costumam avaliar Governos pela capacidade que esses demonstram de gerar lucros para seus empregadores, pois assim, ao que tudo indica, suas próprias merendas são engordadas um pouquinho à cada canetada subserviente.
Dentre o amontoado de bobagens que leio no dia a dia, me chamou a atenção um artigo escrito no Jornal O Globo – só podia ser – e reproduzido no Blog do Ricardo Gama - de um certo Luiz Garcia, que pelo texto e pelas teses deve ser parente próximo do Sargento Garcia, aquele que vivia tentando prender o Zorro.
A pena do moço, provavelmente comprada com os 180 milhões prometidos à mídia, faz elogios rasgados a Sérgio Cabral, a quem certamente ama de paixão, e desce a lenha em Garotinho e Rosinha. Normal para quem ganha a vida escrevendo para o jornal dos Marinho. Curiosa, no entanto, é a forma como moço se arvora a ensinar a candidata Dilma Roussef a “escolher” seus aliados. Fica evidente que o escriba não tem a menor noção de quais sejam as raízes políticas da candidata do PT.
Historicamente Sérgio Cabral sempre esteve ombreado com a concepção política mais conservadora e elitista possível. Quando os líderes do campo ideológico e popular – Lula, Brizola, Arraes, Prestes - se uniam, em vários momentos, para desapear do poder aqueles que levaram o País ao fundo do poço, Garotinho e Dilma sempre estiveram com eles, enquanto Cabral estava do outro lado, alinhado com o que havia de pior na política brasileira.
Serviu indiscriminadamente à Sarney, FHC, Collor, etc, e traiu à todos os que lhe ajudaram a chegar onde chegou. Sérgio Cabral, enfim, nunca pode ser companheiro de Dilma, pois sempre esteve lendo na cartilha da direita fascista que dominou o Brasil até bem pouco tempo atrás.
Tudo isso poderia ser colocado na conta do passado, sem ressentimentos, se ao menos Cabral respeitasse o povo do Rio de Janeiro que lhe outorgou um mandato. Mas, nem isso.
Em três anos como Governador o único legado de Cabral é o espancamento público à professores e servidores em geral. Não há em todo o Estado uma só obra - uma escola, um hospital, uma creche – que possa se dizer ter sido construída por Cabral. Trata-se portanto de um Governo muito além do desastroso. Na verdade um desgoverno que tem como base única e exclusivamente operações financeiras, seja nos milhões distribuídos a mídia para comprar penas de aluguel ou na portentosa especulação, inclusive imobiliária, que transforma o Governo do Rio em um mero balcão de bons negócios para alguns poucos.
Poderia aqui pedir uma reflexão ao Sr. Sargento Garcia sobre o tema da coisa pública, mas sei que seria chover no molhado. O máximo de reflexão permitida à colunistas assim, acostumados a viver  na iha de Circe, é aquela que se restringe ao financiamento dado a outros colunistas, como aquele, que Cabral deu à Ancelmo Góis. Este colunista deve sonhar todos os dias com os 309 mil reais - do meu, do seu, do nosso dinheiro - que foram dados de presente àquele.
Enfim, boa parte da nossa dita grande imprensa se resume à isso. Ficar na boca de espera pelos afagos financeiros do poder.
Um Governo que equacionou a dívida do Estado, recuperou a indústria naval, formulou o Polo petroquímico, levou a universidade pública para zona oeste, criou redes sociais de proteção aos mais necessitados, entre outras muitas coisas, como foi o de Garotinho e Rosinha, eles chamam de desastroso. Bons, para eles, são os governos que distribuem dinheiro público para seus patrões. Ainda bem que sua excelência, o povo do Rio de Janeiro não pensa como eles e nem vota neles.
Como diz o outro, vida que segue...

8.2.10

Cabral costeia o alambrado...


Sérgio Cabral sempre foi um grande especialista em traição política. Apesar de estar no PMDB, sempre cultivou o espírito tucano, fazendo seus ninhos em cima dos muros e abandonando-os à qualquer ventinho mais forte.
Nos últimos anos, para chegar onde chegou, traiu Marcelo Alencar, Cesar Maia, Garotinho, Molon e até Pisciani, a quem ainda tem como aliado apesar de ter vendido sua candidatura ao senado em passado recente e estar prontinho para vende-la de novo.
Enfim, cabral traz, tatuada na testa, a marca da traição.
Neste momento, tomado pelo rancor, pelo ódio que lhe é companheiro constante, Cabral afia seu punhal preparando-o para cravar nas costas de Lula e Dilma Roussef.
Acostumado ao golpismo absoluto que sempre lhe rodeou e com a personalidade frágil, típica dos meninos mimados, nascidos em berço de ouro, Cabral só tem se postado junto à Lula para usufruir das benesses do Governo Federal, afinal de contas, apesar de não ter nenhuma afinidade com conceitos políticos populares, lhe é de grande valia tomar para si as obras que a União faz no Rio de Janeiro, já que ele próprio não fez nenhuma em 3 anos e meio de Governo.
Em breve, podem ter certeza, pegando um gancho qualquer nos acontecimentos políticos, Sérgio Cabral vai anunciar seu rompimento com Lula e Dilma e, consequente, apoio a Serra( ou Aécio), pois esta é a sua natureza e aqueles são seus verdadeiros parceiros de jornada - E não vai aqui nenhum demérito a Serra ou Aécio, pois estes, provavelmente, adotam suas concepções políticas por convicção, sem enganar ninguém, e não por necessidade de trair, como o Governador do Rio.
Enfim, Lula e Dilma que se preparem. Depois de se fartar, Sérgio Cabral lhes cuspirá no rosto e correrá para a imprensa fingindo indignação. Como diria o velho Brizola, o rapaz esta costeando o alambrado.

2.2.10

Aos pedacinhos...

Globo News - Filho de coronel PM é preso assaltando. Comentário de uma “especialista” da GloboNews: os Pais precisam estar atentos à possíveis más influências externas que os filhos possam sofre...
Pergunto eu, precisa ser especialista em alguma coisa para recomendar isso? É o Óbvio..putzz


Botafogo - O Botafogo está pensando em contratar a mulher do Sérgio Cabral para reverter a chinelada que tomou do Vasco. Bobagem. Há quem garanta que ela é aluna de Eurico Miranda.


Adriana Ancelmo comentando, poeticamente, o episódio do trem do Metrô que desmontou em pleno uso...
Oh , pedaço de mim...Oh metade arrancada de mim...


E o Carlos Minc, hein... Anda sumido. O povo de angra está com uma baita saudade dele...


O Serra, eu não digo... Já foi Presidente da UNE e coisa e tal... Mas se a Marina Silva se misturar com o Aécio, tenho certeza que nasce uma nota de dólar... Verdinha, verdinha...


Votei no Gabeira para Prefeito e agora ele é candidato a Governador. Voto no Garotinho, mas fico pensando numa coisa... Será que Gabeira, em campanha, vai defender a liberação da maconha?


Por falar em maconha, algum assessor deveria conferir a data de validade das coisas que Sérgio Cabral anda consumindo. Contratar Tony Blair para organizar olimpíadas? O cara ta ficando viajandão... Nem o Paulo Coelho, nosso mago gente boa, aguentou essa insanidade...

Light, Barcas, Metrô e a mulher do Governador. Privatizaram o tudo no Rio

A Light, empresa distribuidora de energia elétrica do Rio de janeiro, é, por assim dizer, uma das coisas mais vergonhosas produzidas pelo gênero humano em termos de corrupção. Desde a sua chegada ao Brasil, via Brascan, o chamado “polvo canadense” goza de excelente relações com o poder estabelecido, sempre a custa de muito dinheiro. Seu primeiro Presidente, Alexandre Makenzie, foi o “padrinho” oculto de Assis Chateaubriand por muitos anos e principal avalista na construção de seu império de comunicação.
No começo de suas operações no Rio de janeiro controlava bondes e outros serviços graças a uma concessão, de 100 anos, adquirida junto aos governantes da época. Curiosamente, quando faltavam apenas dez anos para expirar a concessão o “Governo” brasileiro, em plena ditadura militar, “comprou” a Light. Na verdade, o que passaria para o poder da união sem qualquer ônus foi comprado a peso de ouro em 1978. O fato ficou marcado nos anais da história como um dos maiores esquemas de corrupção da época. Foi um exemplo clássico do “de graça” que sai caro.
Pois bem, sob administração pública a Light acabou crescendo, concentrando-se na distribuição de energia, ampliando consideravelmente sua clientela e recebendo muito, muito investimento público.
Na década de 90, no entanto, já robusta e reestruturada, a Light foi privatizada pelo gênio da camelotagem estatal, também conhecido como o príncipe da moeda, Fernando Henrique Cardoso.
Seu comprador, o obscuro grupo Vicunha, presidido por um certo senhor Benjamim Stenbruch, não desembolsou um centavo sequer para adquirir o controle acionário da empresa. Pagou a entrada – cerca de 500 milhôes de reais, se não me engano – em papeis podres, títulos sem qualquer valor real no mercado, e ainda recebeu, uma semana depois, um “empréstimo” de 600 milhões de reais, via BNDES, para “capitalizar” a empresa.
Na realidade, graças ao monumental embuste que apelidaram de processo de desestatização brasileiro, os novos donos da Light, além de não gastar um tostão para adquiri-la, ainda ganharam uma gorjeta de 600 milhões, e as ações da empresam passeiam até hoje pelo mercado financeiro fazendo alegria e fortuna de muitos especuladores do mercado financeiro.
Aliás, para quem não sabe, o Governo Brasileiro atualmente é – de novo – o maior acionista da Light, com cerca de 38% das ações, apesar de abrir mão do seu controle administrativo.
Pois bem. Esta é a história da Light. Um opíparo bife de picaretagem mergulhado no molho denso da corrupção e servido em bandeja de ouro aos donos do poder.
A outra ponta, no entanto, aquela que paga a conta, ou seja, os CLIENTES da Light, população de boa parte Rio de Janeiro, foi historicamente tratada como lixo durante todo esse período, e, mesmo diante destas tenebrosas transações, a Light continua apresentando um dos piores serviços de distribuição de energia do planeta.
Em períodos de verão, como o atual, as cidades abastecidas pela Light se transformam em verdadeiros pisca piscas gigantes, pois a incompetência técnica e desleixo administrativo da empresa não permitem sequer que a energia flua de seus cabos com a regularidade e a intensidade que deveriam seguir um padrão. Tanto em termos domésticos quanto no atendimento a empresas a Light é uma tragédia.
Sua incapacidade em operar o sistema é gritante e para constatar isso basta que qualquer cidadão tente utilizar seus aparelhos domésticos em determinados horários. Computadores, geladeiras, ares condicionados, todo e qualquer aparelho elétrico é uma vítima em potencial da Light. E pior, quando sua incompetência em prestar os serviços a que se propõe faz com que estes aparelhos queimem, a Light conta com toda a conivência do Governo do Estado e das agências reguladoras - tanto a estadual quanto a nacional – para continuar causando prejuízos à população.
Nunca é demais informar, inclusive, que a capacidade de causar prejuízos adquirida com o decorrer dos anos pela Light não se limita à sua desastrosa ação doméstica. Além de ela própria se incumbir de nos privar de energia elétrica, ainda age grandiosamente para que o abastecimento de água seja interrompido. Vira e mexe a desqualificação técnica da Light faz com que as máquinas da Estação de tratamento do Guandu não funcionem por falta de energia. Ou seja, não satisfeita em tratar mal seus clientes, o império da corrupção exporta sua inoperância para outras empresas, e até mesmo para Cias públicas, dando subsídio à outros incompetentes que passam a alegar falhas da Light como justificativas para sua própria desqualificação.
A bem da verdade, trata-se de uma incomensurável covardia. A mesma empresa que se notabiliza por cobrar valores indevidos e enriquecer às custas de mutretas e tramoias aplicadas contra seus clientes, recusa-se à prestar serviços básicos que são de sua exclusiva responsabilidade.
Nós, população, somos reféns da incompetência e da ma fé da Light e, apesar de não recebermos a prestação de serviços de forma digna, somos obrigados a pagar a conta – que não é barata - religiosamente todos os meses. E não há como nem a quem reclamar. Trata-se de um monopólio cujas ações desastrosas são apoiadas pelo Governo do Estado e pelas agencias reguladoras, o que nos torna escravos da corrupção. Curiosamente, inclusive, esse comportamento deletério não se resume a Light. Pelo contrário, espalha-se de forma padronizada por todas as prestadoras de serviços do Rio de Janeiro, desde a SuperVia, que tem por hábito mandar seguranças espancarem sua clientela, até as barcas, que recebem subsídios governamentais para não funcionar, passando pelo morfético Metrô, que larga seus pedaços pelo caminho como se não tivesse a menor obrigação de dar satisfação aos seus usuários.
Todas estas operadoras são concessões do Estado, privatizadas de graça e distribuídas à amigos.
Mas o que causa realmente uma imensa sensação de impotência é saber que a própria esposa do Governador os defende, até em tribunais se necessário, e intermedia privilégios para seus clientes junto ao marido.
Não se trata mais de serviços privatizados, mas de Governo privatizado.
Os serviços públicos não mais são norteados pelo interesse da população, pois o próprio Estado, que deveria estar a serviço do povo, também não mais pertence a esse povo.
Diante de nós só se apresentam duas possibilidades:
Ou nos acomodamos e permitimos que o próprio Estado seja tomado do povo e entregue a senhores vis, transformando todos nós em sub cidadãos, ou nos organizamos para reagir e preparar a retomada do Estado para a população.
Particularmente, não tenho talento para ser escravo de quem quer que seja.