31.12.09

Quintanares para vocês, por todo 2010...


Esperança



bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança


E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

Mário Quintana

29.12.09

Erupção

Trezentos e cinqüenta sois
Uma língua como a tua
Meus dedos batendo os nós
Na porta da alma nua

Misturado em teus lençóis
O cheiro da tua carne
E os raios alvos da lua

E você desnorteada
Amarfanhando os cabelos
Gerando no cerebelo
Imagens de mil cenários
Eu tonto incendiário
Absorvendo teu fogo

Dama, diva, dona, jogo

Senhora dos meus delírios
Escrava dos meus encantos

Dedos, bocas, seivas, canto
Voz, sorriso, sensações
Diversas e variadas
As palmas das tuas mãos
Devidamente espalhadas
Por dentro dos meus sentidos
A explosão nos meus ouvidos
O corpo em erupção.


Não lembro de já ter publicado este poema aqui no Blog. Pode ser que eu esteja enganado, mas me parece ser um texto inédito.
Ele faz parte do meu próximo trabalho, a ser publicado em março, provavelmente: Todas as mulheres e outros textos - Um monólogo, dois contos e alguns poemas.
Estou ansioso para ver o livro na rua, mas tenho que aguardar o processo editorial, então vou, pelo menos por enquanto, adiantando alguma coisa do que será publicado. Gosto desse poema, mas sou suspeito...



27.12.09

Adélia Prado, uma belíssima senhora mineira.


Só hoje eu assisti ao Sarau, programa do Chico Pinheiro na Globonews, que foi ao ar na noite de natal. Assisti e  adorei. Fazia tempo que eu não via Adélia Prado. O programa fez na verdade uma dobradinha com Adélia e Maria Lúcia Godoy, a cantora lírica, também mineira.
Pessoalmente, eu viajo na poesia de Adélia desde a adolescência. Seu texto é mágico, envolvente e cru. Completamente cru. Mas de uma crueza tão fantasticamente humana que não há quem possa sair ileso de uma leitura sua.
Lembro bem da primeira vez que vi Adélia na TV lendo o poema " Briga no beco", um texto fluido que, desde então, me ensinou a perceber a sutileza das idéias adversas, contrárias por natureza. A mulher que, por paixão, espanca outra no beco, se transforma em milagreira diante de tantas outras que se permitem ver suas paixões e suas ânsias frustradas por tradicionalismos comportamentais. Genial. Adélia é genial.
Rogério Torres, amigo que prefaciou o meu livro "Todas as mulheres", ainda no forno, me perguntou o porque da personagem principal do monólogo que dá nome ao livro ser Adélia. Respondi, por e-mail, que era uma homenagem velada a Adélia Prado. Vê-la agora na mídia, depois de tanto tempo, me deu a certeza de que a "minha" Adélia, apesar de não ser mineira, guarda, realmente, muitos traços em comum com Adélia Prado. Não no rosto ou no corpo, mas certamente na alma.
Chico Pinheiro abordou durante a entrevista um traço marcante da poesia de Adélia, o erotismo. Estupefato eu assisti Adélia, de forma magistral, traçar uma analogia direta entre o erotismo e a liturgia católica: "Este é meu corpo, tomai e comei". Adélia é demais.
Publico aqui dois textos de Adélia Prado. Quem ainda não a conhece certamente partilhará comigo a paixão por seus textos.


1 - Briga no beco


Encontrei meu marido às três horas da tarde
com uma loura oxidada.

Tomavam guaraná e riam, os desavergonhados.

Ataquei-os por trás com mãos e palavras
que nunca suspeitei conhecesse.

Voaram três dentes e gritei, esmurrei-os e gritei,
gritei meu urro, a torrente de impropérios.

Ajuntou gente, escureceu o sol,
a poeira adensou como cortina.

Ele me pegava nos braços, nas pernas, na cintura,
sem me reter, peixe-piranha, bicho pior, fêmea ofendida,
uivava.

Gritei, gritei, gritei, até a cratera exaurir-se.

Quando não pude mais, fiquei rígida,
as mãos na garganta dele, nós dois petrificados,
eu sem tocar o chão. 

Quando abri os olhos,
as mulheres abriam alas, me tocando, me pedindo graças.

Desde então faço milagres.





2- Objeto de amar

De tal ordem é e tão preciosoo
que devo dizer-lhes
que não posso guardá-lo
sem a sensação de um roubo:
cu é lindo!
Fazei o que puderdes com esta dádiva.

Quanto a mim dou graças
pelo que agora sei
e, mais que perdôo, eu amo.

Adélia Prado

24.12.09

Blogueiro agredido em Copacabana na véspera do natal

Ricardo Gama filmava a truculência da Guarda Municipal de Eduardo Paes quando foi covardemente agredido. Blogueiro ganhou a solidariedade das pessoas que assistiram a cena.
Assista no youtube e divulgue. Não podemos aceitar que a ditadura se apodere da cidade maravilhosa

http://www.youtube.com/watch?v=qBN3eQK1o3U

23.12.09

Tá explicado porque a mídia ama Cabral


Finalmente consegui descobrir porque a mídia ama tanto o Sérgio Cabral: O cara, só esse ano, já gastou 130 milhões com publicidade. São 356 mil por dia. É grana que não acaba mais.
Só em termos de comparação, na França descobriram que o Presidente Nicolas Sarkozy gasta 30 mil dólares por dia em publicidade e os franceses ficaram indginados. Aqui, Cabral gasta quase sete vezes mais - quase 200 mil dólares - e a mídia o idolatra.
Na verdade a coisa de certa forma é compreensível. Só um caminhão de dinheiro é capaz de convencer alguém de que há um Governo estabelecido no Rio de janeiro.
Fico pensando na tal de UPA , ... Tudo é alugado, custa uma nota preta e não tem nada a ver com um hospital ( O sujeito fica doente, vai num containner e ganha um abraço ...UUUUpaaa ), mas, como a propaganda é a alma do negócio, os jornais do Rio tecem elogios rasgados à essa saúde de latão.
E as UPP? Com o Cabral pagando 356 mil por dia alguém acha que os jornais vão querer saber se o troço funciona ou não? Bobagem. É tudo uma maravilha. 
Stanislaw Ponte Preta disse certa vez sacaneando as propagandas ufanistas da ditadura: A borracha é nossa, mas está na mão do guarda. 
Peço licença para parafrasear o genial humorista carioca: O dinheiro é nosso, mas está na mão do Cabral.
Enquanto Sérgio for Governador a imprensa do Rio não terá problemas financeiros, isso está garantido. E para quem recebe 356 mil por dia, até Hitler é um cara legal.

Entrevista com Samuel Maia, Secretário de Meio ambiente de Duque de Caxias


Nosso Blog resolveu mudar um pouco de cara e ampliar o leque de nossas postagens para uma dimensão mais, digamos assim, jornalística. Expor opinião é bom, mas expor opiniões é melhor ainda, pois democratiza e amplia o debate.
Baseado nisso, resolvemos fazer uma sequência de entrevistas com personalidades locais, e, se possivel, regionais e até nacionais, apesar de sabermos que o Lula anda realmente assoberbado.
Nosso primeiro entrevistado é Samuel Maia, militante histórico PT de Duque de Caxias, atual secretário de Meio ambiente – melhor secretário do atual Governo, segundo enquete do jornal “ O Duque de Caxias” - e companheiro meu de muitas batalhas políticas, mesmo que quase sempre em campos diferentes.


Blog – Samuel, em quase um ano à frente da Secretaria de Meio ambiente, quais foram as ações mais importantes para a cidade?


Samuel - Primeiramente, quero agradecer a oportunidade de falarmos sobre o nosso primeiro ano de governo.
A primeira grande ação que fizemos, foi na gestão. Encontramos uma Secretaria precária, sem estrutura, sem memória, sem política de gestão ambiental, um verdadeiro cabide de empregos..
Qualificamos a pasta valorizando os profissionais técnicos e contratamos profissionais altamente qualificados, criamos o blog www.caxiasmaisverde.blogspot.com, este feito trouxe modernidade, pois, socializamos o acesso aos serviços, informações e atendimento, em qualquer lugar que o contribuinte estiver. Baixamos portarias que dão celeridade as demandas da população.
A segunda ação importante foi tipificar e combater os crimes ambientais, mostrando a nossa diferença em relação ao comportamento licencioso e omisso do governo anterior. A terceira ação foi a ampliação de parques e reservas biológicas em nosso município, de biomas importantes. A quarta ação importante é o projeto de humanização de nossa cidade, através da revitalização paisagista dos bairros. A quinta ação é o investimento em Educação Ambiental, articulada com todas as Secretarias.


Blog – Como você avalia, do ponto de vista político, as condições de trabalho que você vem tendo no Governo?


Samuel - Nada do que estamos fazendo seria possível sem a condução, orientação e incentivo do Prefeito Zito. Tenho recebido todo o apoio e posso afirmar que o Prefeito é um homem sensível as questões ambientais.


Blog – Qual foi a participação da SMA no projeto de revitalização do centro? Você tem algo a ver com as novas palmeiras imperiais?


Samuel - Na verdade a ação do governo é integrada. A Secretaria de Obras é a responsável pela execução das obras, alicerçada no projeto do Arquiteto Casé, obviamente que a nossa Secretaria deu sugestões em relação aos cuidados com o plantio, mas o grande responsável pelo projeto de revitalização é o Prefeito Zito


Blog – E a reserva biológica do Parque Equitativa, o que ela representa para Caxias e para a Baixada?


Samuel - É a primeira Reserva Biológica Municipal do Estado do Rio de Janeiro. Um Milhão e Meio de Metros quadrados de fauna e flora totalmente preservados, entre a APA Petrópolis e Parque Municipal Natural da Taquara. Colocamos com este feito, a política ambiental na agenda dos governos da baixada fluminense. Todos devem fazer a sua parte, estamos fazendo a nossa.


Blog – Os rios que cortam a cidade estão completamente poluídos, porque eles chegaram a este ponto? Você acredita em algum projeto que possa revitaliza-los?


Samuel - Sim, estão todos comprometidos. Precisamos investir em saneamento e tratamento de efluentes. Hoje há tecnologia para resolver o problema, é preciso vontade política.


Blog – Como você está encarando os debates e o desfecho da COP 15, em Copenhague? Você acredita que o resultado desta conferencia pode trazer mudanças reais para nós, no Brasil?


Samuel - Criou-se uma expectativa enorme, com uma frustração na mesma proporção. O Brasil se saiu bem na foto e o Lula mostrou sua capacidade de ser vanguarda quando o momento flui para determinado caminho. Mesmo com metas voluntárias, o Brasil deu uma enorme contribuição ao debate. Creio que nas próximas eleições, o meio ambiente estará na agenda de todos os candidatos, mesmo daqueles de perfil desenvolvimentistas.


Blog – Ecologicamente, qual a importância da Baixada, especialmente Caxias, para o Estado do Rio de Janeiro?


Samuel - A Baixada possui recursos hídricos, mananciais, fauna e flora em grande quantidade, uma área rural extensa e mal aproveitada, é fundo da baía de Guanabara, possui grandes empresas e tem 4 milhões de moradores. Este conjunto de elementos faz da baixada fluminense uma região geográfica indispensável para o conjunto de políticas públicas na área ambiental.


Blog – Já existe uma previsão de projetos para 2010? Quais são?


Samuel - Sim, a partir de decreto do Prefeito Zito vamos iniciar a coleta seletiva nos órgãos da administração direta e indireta, ampliaremos o projeto guarda ambiental mirim, iniciaremos as caravanas ecológicas nos bairros, iremos em parceria com a REDUC reflorestar 100 mil metros quadrados de vegetação nativa, queremos criar um Parque Municipal em Xerém, Criaremos um Programa de Recuperação do Rio Saracuruna, Iremos implantar o Projeto Bairros mais Verdes, Iremos imunizar o nosso gado contra todos os tipos de doença e faremos a segunda Festa da Tilápia. Temos outras propostas que dependem dos parceiros convidados e que iremos divulgando conforme os fechamentos.

21.12.09

Parceria cultural: Meio ambiente e Cultura se unem pela arte em Caxias


Os Secretários municipais de Meio ambiente, Samuel Maia, e Cultura, Ana Jensen, celebraram uma parceria inédita na cidade que pode vir a gerar trabalho para os artistas locais e organizar uma parte importante do centro da cidade.
O objetivo é criar um espaço para a apresentação de artistas locais aproveitando a área ociosa que fica atrás do Teatro Raul Cortez.
A Secretaria do Meio ambiente entra com a decoração, disponibilizando jarros de plantas e demais elementos visuais necessários, e a Secretaria de Cultura entra com o cadastro regular de artistas e com o acompanhamento das atividades ali desenvolvidas, inclusive estabelecimento de valor de cachê . Os comerciantes locais, que atualmente usam a área de forma irregular como extensão de seu bares teriam o compromisso de adequar mesas e serviços de qualidade, além de pagar o cachê dos artistas, em troca da autorização de uso do espaço por parte da Prefeitura.
Na prática, seria um anexo, à céu aberto, do Teatro Raul Cortez.
A ideia tem tudo para dar certo e até se espalhar por outras regiões da cidade, pois todos saem ganhando.
As Secretarias responsáveis pelo projeto e a Prefeitura em si, teriam um belo retorno institucional. Os comerciantes ganhariam um público qualificado e, provavelmente, cativo que, certamente, faria com que os lucros aumentassem consideravelmente. E os artistas ganhariam um espaço público para desenvolver seus trabalhos sendo dignamente remunerados.
Em termos gerais, no entanto, quem ganha mesmo é o cidadão caxiense. Ações desse tipo levantam o astral e dignificam a imagem da cidade.
Nos resta torcer para que tudo ocorra o mais rápido possível.


OBS: Em breve entrevistas com Samuel Maia, Secretário do Meio ambiente e Ana Jensem, Secretária de Cultura.

17.12.09

HB arrombou a festa

O Bistrô foi pequeno ontem para a turma da cultura que compareceu em massa ao lançamento do livro de Heraldo HB, Engenharia de aviãozinho. Marcelo Peregrino, como prometido, comandou a festa e se revezou no palco com os muitos amigos de HB que fazem cultura e arte na cidade. Um belíssimo evento. Parecia o velho samba do Paulinho da Viola: "Vinha gente de todo lugar, pro pagode do Vavá". Tubarão, Vini, Eduardo Ribeiro, Cinthia, Eldemar, Beto do Cavaco, Valdo Couto, Helô, Djair, Robert,  a turma toda da poesia, da música, enfim, todos estavam lá. Se ocorresse outro apagão ontem Caxias seria vista do espaço, pois estava brilhando. Pulsando arte. 
Até o poder público, que raramente prestigia eventos culturais na cidade, esteve presente na figura do Secretário Samuel Maia. A área da cultura também esteve presente no evento com Beto Gaspari, representando a Secretaria e Geanne Campos o conselho de cultura caxiense. Beto, além de cumprir sua tarefa como militante cultural, ainda deu uma bela canja em homenagem ao poeta HB.
Enfim, um belo evento deu a luz o Engenharia de aviãozinho, o belíssimo livro de Heraldo HB. Que venham muitos outros. As nossas almas precisam de alentos assim.
Evoé Heraldo HB.

15.12.09

É amanhã !!!!!!!!!!!!!!!!!


Amanhã, 16 de dezembro de 2009, às 20Hs, no Bistrô, é dia de HB.Depois de passar uma pancada de tempo publicando trabalhos belíssimos em todos os cantos do planeta, finalmente, um dos agentes culturais mais ativos e criativos da Baixada Fluminense lança seu primeiro livro: Engenharia de aviãozinho.
Heraldo é da baixada, mas seus trabalhos já foram publicados em tudo quanto é canto. Provavelmente, e muito provavelmente, até no corpo de algumas belas moças podem estar gravados, qual papiro, alguns versos do velho e bom HB.
Mas não é só poesia, o cara faz cinema, música e tudo mais o que for possível graças a uma concepção cultural ampla e maravilhosamente atrevida.
Amanhã é dia de HB. Dia de Engenharia e aviões. Dia de noites claras e folia na praça. Dia do lançamento de Engenharia de aviãozinho, livro que já nasce histórico e fadado à dividir as eras.Pelo menos algumas eras.
Evoé HB, Thiago Venturotti e Marcelo Peregrino, os anfitriões da noite.
Desde hoje, desde agora, desde já, apliquem doses industriais de culturas em nossas veias. Amanhã é o dia, mas precisamos estar preparados desde já.
Evoé Baco, Evoé Momo...

Deu Claudio Humberto: censura trocada não dói

Como forma de driblar e desafiar a censura, os blogueiros Adriana Vandoni e Fabio Pannunzio resolveram fazer uma “permuta de censura”. Fabio Pannunzio está censurado desde o dia 1º de dezembro por determinação da Segunda Vara Cível de Curitiba: não pode publicar matérias sobre uma quadrilha internacional desbaratada pela Interpol, além de ter sido obrigado a retirar todo material que vinha publicando sobre o assunto, sob pena de R$ 500 diários. Adriana Vandoni está censurada desde o dia 13 de novembro por decisão da 13ª Vara Cível de Cuiabá, que determinou que ela se abstenha de emitir opiniões pessoais sobre o deputado estadual José Riva (PP) ou que veicule qualquer uma das mais de 100 ações que correm contra o deputado na Justiça. A pena para Adriana, caso descumpra a decisão, é de R$ 1.000,00 ao dia. Os blogueiros então resolveram trocar matérias censuradas. O que a Adriana não pode publicar, pode o Fábio. O que o Fábio não pode publicar, a Adriana publica.

14.12.09

Esse é Berlusconi

Esse vídeo mostra bem a personalidade e o caráter de Sílvio Berlusconi. É inadimissível que um dirigente nacional seja espancado em praça pública, mas, o comportamento de alguns deles nos faz entender a revolta de algumas pessoas
.

Eu, eu, eu, Berlusconi se ...ferrou!

Acontecências...

Obama, o prêmio Nobel da paz, esta fortalecendo mais uma guerra. Mandou mais 30 mil buchas para servir de tiro ao alvo no Afeganistão.

Berlusconi, talvez o mais detestável dos dirigente europeus, tomou umas pauladas no meio da rua e saiu sangrando e jurando vingança. O maluco que o agrediu deve virar herói, como aquele que jogou os sapatos no Bush, no Iraque.

Sérgio Cabral continua viajando, o que é bom para o Rio. Pelo menos o sofrimento é menor com ele se divertindo lá nas lonjuras de Paris.

E Eduardo Paes? continua infernizando pequenos comerciantes para impor aos negócios dos outros as empresas que, muito provavelmente, lhe financiaram a campanha.

Beltrame continua biltre e a bandidada está em festa.

Arruda não é mais indicada contra o mau olhado. O que anda na moda é a peroba. Mais eficaz se utilizada como cara de pau.

Aliás, graças a festa de Arruda, Zé Serra perdeu o vice. Vai ser difícil encontrar um parceiro no ex PFL, atual DEMO, que possa atirar a primeira pedra. De repente Cesar Maia pode virar vice, até porque a pequenez de Eduardo Paes faz de Maia um estadista de primeira grandeza.

Em Minas Aécio fica na boca de espera, torcendo para que Serra tropece em alguma pedra bem grande.
Requião se lança candidato. Pois é... Tem gente que leva isso a sério...

12.12.09

Caxias na vanguarda ecológica


Enquanto a COP15, em Compenhague, na Dinamarca, se limita a discutir dinheiro, com todos tentando meter a mão no bolso de Obama - o prêmio Nobel da paz mais bélico da história - Duque de Caxias assume o papel de vanguarda da Baixada Fluminense e cria a reserva biológica do Parque Equitativa, com cerca de 150 mil hectares de preservação.
Na prática, é a primeira vez que o meio ambiente é tratado de forma séria em toda a história da Baixada.
A reserva será aberta à cientistas que pretendam estudar a fauna e a flora da região. O acesso, no entanto, será monitorado como forma de inibir a biopirataria.
Se considerarmos as condições gerais do meio ambiente na Baixada fluminense, região em que praticamente todos os rios se transformaram em valões à céu aberto e depósitos de dejetos humanos e industriais, poderemos ter uma idéia do que representa esta iniciativa: um passo importantíssimo em direção da melhora de nossa qualidade de vida.
O Rio iguassu, por exemplo, abrigou durante muitos anos uma ETA - Estação de tratamento de água - no Bairro do Amapá, que serviu como referência para estudantes de saneamento de toda a América Latina até meado dos anos oitenta do século passado, época em que a poluição tornou a água do Rio intratável e a ETA foi transformada em mera elevatória de passagem.
Quando falamos em preservação, portanto, estamos falando da água que a gente bebe, do peixe que a gente consome e da qualidade do ar que a gente respira.
Samuel Maia, o Secretário de meio ambiente de Duque de Caxias - assim como o Prefeito, é claro - merece os parabéns pelo trabalho realizado.
Vamos torcer para que esta mentalidade qualificada de condução das políticas públicas se alastre por todos os Governos.

10.12.09

COP 15...Quanto vale o direito de destruir o planeta?


Há algo de muito podre nessa tal de COP 15, em Copenhague. Ou é isso, ou minha TV está com defeito e redireciona as notícias para algum forúm econômico sempre que entra uma matéria sobre a conferência ambiental.
Teoricamente, o objetivo do encontro é discutir o super aquecimento do planeta e as formas mais eficazes de combate-lo, mas, na verdade, a única coisa que se discute por lá é grana.
Cada vez que vejo o Minc dando uma entrevista eu me escondo atrás do sofá. É sério. Chega a dar medo a fúria com que nosso ministro verde defende a prioridade da questão financeira sobre a ambiental.
O aquecimento global é um fato inquestionável, mas não da para resumir tudo a indenizações dos países ricos aos países pobres para cobrir o prejuízo, senão seria como se o meio ambiente fosse transformado oficialmente em uma mercadoria e a tal conferência, então, estaria só discutindo o "valor de mercado" do planeta.
Falando com toda a sinceridade, eu já estava achando estranha a avidez da imprensa em termos de COP 15 muito antes da conferência começar. Era matéria que não acaba mais sobre o evento. Inclusive, como é de praxe, explorava-se à fundo a possibilidade de os EUA assinarem ou não um daqueles acordos que nunca são cumpridos e, principalmente, cobrava-se, meses antes, que os Países ricos levassem "números" para o encontro. Pelo menos agora eu já entedi que não eram os números que a imprensa queria, eram numerários.
Como o Brasil agora é tratado como uma potência emergente no cenário internacional, a gente pode pegar nosso exemplo para ter uma idéia de como a questão ambiental tem funcionado no mundo.
Nos últimos 50 anos a industrialização cresceu de forma absurda, o que de certa forma é bom. O problema é que financiamos esse progresso com nossos rios, nossas matas e nossa qualidade de vida. Os grandes centros incharam terrivelmente e a coisa foi se agravando a cada ano que passava sem que os Governos reagissem. Hoje, graças a isso, corre por nossos rios uma mistura corrosiva de esgotos e rejeitos industriais de toda a sorte, aniquilando a possibilidade de vida.
Se a grana reivindicada no COP 15 fosse, por exemplo, para investir no esgotamento sanitário das regiões metropolitanas brasileiras, a coisa até que seria interessante. Mas a gente sabe que não é isso. Não há projeto de políticas públicas no Brasil que resista ao apelos dos mensalões palacianos. Fatalmente, se essa grana vier não será investida em saneamento, habitação, saúde ou educação ambiental. Nossa história repleta de Dirceus e Arrudas nos aponta para um desfecho mais trágico e triste.
Aliás, é bom que se diga, o Brasil tem investido muito dinheiro em pseudo obras de estrutura nos últimos anos, mas esses investimentos não tem sido nem um pouco sérios. Nossos rios mortos por falta de esgotamento sanitário estão aí para provar isso.
Como resumo da ópera podemos assegurar que não adianta colocar uma tabuleta de "vende-se" no planeta, mesmo que o preço seja altíssimo, se for para dar à quem comprar o direito de destruí-lo.
Se essa gente fosse séria estaria discutindo as possibilidades de vida ao invés de estipular o preço da morte global.

8.12.09

HB dia 16/12 no Bistrô: Engenharia de aviãozinho, o livro

Uma noite de música, poesia e encontros é o que está reservado para o lançamento de Engenharia de Aviãozinho, livro de poesias do animador cultural e músico Heraldo HB, que acontecerá no próximo dia 16/12, em Caxias.

O livro, que sai pela Esteio Editora, tem a apresentação do poeta Vicente Portella e desenho gráfico do designer Thiago Venturotti.

Dos textos que compõem o livro, fazem parte muitas poesias que já freqüentaram saraus pelo Rio de Janeiro e estivem em publicações em papel e em Internet, transitando pelo circuito cultural alternativo do Estado.

Além de ter trabalhado na Animação Cultural, programa idealizado pelo professor Darcy Ribeiro para os CIEPs, Heraldo HB também é fundador da rádio Quarup FM, do portal Baixada On e do Cineclube Mate Com Angu, hoje uma referência no audiovisual do país.

A parte musical da noite será comandada pelo cantor, compositor e contador de histórias Marcelo Peregrino, com direito a canjas de vários músicos e poetas.

O lançamento será no Bar Bistrô Brasil, na rua José Veríssimo, 173, no centro de Caxias, na rua da Lira de Ouro. O evento começa às 20h e a entrada é franca.

Contatos com o autor podem ser feitos pelo e-mail hb@relinkare.com.br ou pelo telefone (21) 7601-6700.


OBS: O texto acima não é meu. Apenas reproduzo o release de divulgação que recebi e certamente estarei lá. Trata-se de algo imperdível.

6.12.09

Rogério Torres reune o povo da cultura

Não sei no resto do mundo, mas aqui no Olavo Bilac a terra está aquecendo pra dedéu. Nos últimos dias as coisas até deram uma amenizada, mas, putz, tava demais.
Com medo de que a terra fritasse de repente e eu perdesse a oportunidade, cuidei logo de ir ao lançamento do livro novo do Rogério Torres, O Coronel Elyseu e seu tempo, e fiz muito bem. Casa cheia no Instituto Histórico de Caxias e muita gente boa presente. Stelio Lacerda veio de Teresópolis, Newton Menezes do Rio, Gênesis veio de São João de Meriti, enfim, boa parte das pessoas que construíram a história da cultura em Duque de Caxias e na Baixada Fluminense estavam lá.
Para mim, foi ótimo. Apesar de ter hora marcada para uma palestra com o Fernando Peregrino no Instituto Republicano, pude passar uns bons momentos papeando com Stélio e Menezes, no Mira Serra, pondo o papo em dia. Fazia tempo que a gente não se via. Graças ao papo posso dizer que está no forno um livro novo do Stélio, provavelmente no primeiro semestre de 2010 será lançado.
Quando eu já estava saindo do Mira, já atrasado - é claro - para a palestra do Peregrino, chegaram o Jornalista Eldemar de Souza, o artista plástico Marquinhos Bomfim e a conselheira de cultura Cassinha Ferreira, mas, infelizmente, não pude ficar para papear mais um pouco. Uma pena.
Como bem disse o Paulo Ramos, que está com uma exposição de seus alunos também no Instituto histórico, Rogerio Torres conseguiu juntar toda a turma no lançamento de seu livro. Assim é que a coisa fica boa.
Um fato interessante, também, ocorrido no lançamento de " O Coronel Elyseu e seu tempo", foi o Presidente da Câmara Municipal, meu amigo Mazinho, se colocar como o Presidente da Cultura, abrindo os espaços da casa para novos eventos. Independente de qualquer coisa, é raro um mandatário da Baixada com avocar compromissos com a cultura, mas é bom que isso aconteça. Pode ser um indício de que a cabeça de nossos governantes, considerando a ascensão de uma nova geração, está mudando. Mudanças para melhor são sempre bem vindas.