24.4.10

Elegia - Caetano Veloso


Deixa que minha mão errante adentre

atrás, na frente, em cima, em baixo, entre

Minha América, minha terra à vista
Reino de paz se um homem só a conquista

Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério

Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão, meu selo gravo

Nudez total: todo prazer provém do corpo
(Como a alma sem corpo) sem vestes

Como encadernação vistosa

Feita para iletrados, a mulher se enfeita

Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente
É dado lê-la

De Augusto de Campos / Péricles Cavalcanti

2 comentários:

Beatriz Oliveira disse...

Nossa, como vc se lembrou dessa música? Isso é lindo demais!!!!!
Amei!!!

Allegro Moderato disse...

Oi,
eu não conhecia essa canção/poema de Caetano Velozo.

Minha nova/velha postagem:

http://oespiritodeclaudia.blogspot.com/2010/01/uma-tarde-em-candeias-recifejaboatao-em.html