
O jovem cabo Leonardo Peterson de Freitas, além de amigo pessoal, era um policial sério, honrado e extremamente querido e respeitado por amigos e vizinhos do Bairro Olavo Bilac, em Duque de Caxias, onde nasci e fui criado. Conheci-o, inclusive, exercendo a nobre tarefa de auxiliar amigos em dificuldades, coisa rara no mundo em que vivemos hoje.
A história de seu assassinato pode ser lida nos jornais de hoje. Ou nos de ontem e, infelizmente, nos jornais também de amanhã: Um policial absurdamente morto por traficantes em uma favela do Rio. Desta vez, foi no Andaraí. E claro, agravou soberbamente a minha indignação por tratar-se de um amigo. Mas fico pensando quantos outros amigos ja choraram tantas outras mortes igualmente absurdas e insanas inspiradas na covardia? É inumano imaginar que um Estado ou um Páis, que um povo inteiro, possa viver assim. Refén da morte, do crime e principalmente do ente público que lhe cobra impostos em nome da organização social.
Amanhã certamente não haverá uma cruz nas areias de Copacabana para homenagear a memória do meu amigo, pois o movimento "Viva Rico" tem limitações tanto geográficas quanto sociais.
Mas tanto nós do Olavo Bilac, quanto seus companheiros de farda - que subiram o morro chorando para capturar seus assassinos - e até mesmo, certamente, as pessoas de bem moradoras daquela comunidade pobre que conheciam e conviviam com Léo, saberemos honrar sua memória.
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