1.3.10

Quando a idade chegar...

Fiz aniversário dia desses – 26/02 - e recebi mensagens paca de felicitações. Muito legal. Amigos novos e antigos fazendo contato via Blog, Orkut, Email e até mesmo – quem diria? - pelo velho e bom telefone. Heraldo HB escreveu um texto no relinkare que me deixou até meio besta.
Na verdade essa manifestação dos amigos aliviou minha terrível carga aniversarial.
Por conta de um dente siso inflamado, passei a semana de molho. Antibióticos em doses cavalares. Além do mais, prevendo a ação do tempo, resolvi voltar à estudar – Dessa vez termino a faculdade, juro.
No Brasil “muderno” quem não tem “diproma” é considerado inútil, sendo assim, acabei passando a noite do meu aniversário estudando – até as 23hs – e fui pra casa sequinho. Sem beber uma gota.
Enquanto isso, em Brasília, a coisa pegava fogo com uma olímpica "cassada" à uma amostragem de ladrões públicos ( Digo amostragem porque, aqui, combate a corrupção é que nem pesquisa eleitoral, se faz por amostragem. Se a cada ano prenderem um, o povo fica feliz e acha que instalou-se a moralidade).
No Rio os trens pegavam no tranco e o Metrô nem isso. Mas eu não estava nem ligando. De certa forma já ando anestesiado, imune as roubalheiras e a falta de Governos. Se o povo não liga, o MP não liga, a Alerj não liga e até mesmo a imprensa faz um esforço desgraçado para ignorar isso tudo, quem sou eu para ficar reclamando?
O Rio de janeiro é governado por pessoas que fazem o termo CIDADÃO ganhar uma especial conotação de diminutivo, mas e daí? Ninguém mais liga para essas coisas.
Pensando nessas coisas me lembro do poema de Affonso Romano de Santana, “Que País é este?”. Penso também no Affonso em sí, que sumiu, de uma hora para outra, desta mesma imprensa que insiste em se fazer de cega. De repente, não mais que de repente, me privaram das velhas crônicas do mestre. Aliás, jornais atualmente não se dão ao trabalho de contratar cronistas. Uma meia dúzia de sabujos é suficiente para manter os leitores na coleira, distantes e sem notícias de vida inteligente. De resto, é louvar o Deus mercado e defender a venda de tudo que se mova como forma de obter lucro para alguns poucos, como ocorre em qualquer País de terceiro mundo.

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