25.10.07

Sérgio Cabral, o Herodes pós moderno

Creio que Sérgio Cabral esteja com algum problema grave. Deve ter batido com a cabeça em alguma pedra em uma das várias viagens que fez desde a posse. Só isso explicaria seu comportamento. Ou então foi o tal vírus que, dizem as más línguas, atacou seu cérebro há alguns anos, quando ainda era Deputado Estadual, graças à ingestão de carne de porco com procedência duvidosa.
Sinceramente, eu achei que, depois das declarações elitistas de "Biltrame", o governador fosse desautorizar seu Secretário publicamente e berrar, em alto e bom som, que todos os cidadãos são iguais perante a lei. O que, aliás, determina nossa constituição.
Ao invés disso, no entanto, Cabralzinho foi pra mídia, no melhor estilo Herodes, defender o extermínio de fetos gerados em úteros pobres em nome de um pseudo combate à violência. Trata-se de algo além do abominável.
Não há registro na história da humanidade de um governante qualquer que defendesse tamanha insanidade. O próprio Herodes, quando promoveu o extermínio de bebês o fez em nome do poder e não em nome da ordem social. Nem Hitler teve coragem suficiente para proferir um discurso nesse sentido, o que deixa Cabral a direita dos mais reacionários líderes que se tem notícia.
Não satisfeito em professar o extermínio de fetos, Cabral ainda se deu ao luxo de afirmar que os úteros das mulheres pobres são uma “Fábrica de produzir marginais”. Até Hitler e Mussolini, caso estivessem vivos, se chocariam com uma declaração destas.
No auge de sua aguda crise, uma verdadeira overdose fascista, o Governador chegou a comparar a taxa de nascimento da Lagoa Rodrigo de Freitas com a da Rocinha como justificativa básica para a esterilização em massa dos favelados. Qualquer teórico fascista se sentiria humilhado diante do discurso do chefe do executivo Fluminense.
Em nenhum momento ocorre a Cabral a necessidade de adoção de políticas públicas para resolver os problemas sociais, isso seria pedir muito. Promover educação, cultura, saúde, habitação, saneamento e um mínimo de dignidade aos cidadãos é tarefa difícil e, claro, onerosa. Mas os impostos que pagamos servem exatamente para isso.
Sérgio Cabral caminha à passos largos para se tornar o pior Governante da história brasileira e, infelizmente, meu voto no segundo turno me torna um pouco responsável por esta lástima.
Vou procurar algum amigo advogado e estudar a possibilidade de uma ação, nem que seja no Procon, exigindo meu voto de volta. Não quero ser conivente com a criação de um novo Estado nazista.

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