30.4.09

A Dani pediu pra eu espalhar... Tô espalhando.







Cidadã e cidadão,

O que queremos pelo Dia da Baixada?

Por uma Baixada Fluminense com menos Caveirão. Por uma Baixada Fluminense despida do velho costume de coroar, na época das eleições, os donos das armas, das chacinas e da morte. Por uma Baixada Fluminense que valorize seus artistas, seus ambulantes, seus motoristas, seus professores, seus operários, suas donas de casa, seus estudantes, seus garis. Por uma Baixada Fluminense com mais educação, mais asfalto, mais leitura. Mais valorização de nossas expressões populares, voz aos nossos poetas, mais auto-estima, mais investimentos nos serviços de saúde pública, muito mais saneamento, muito mais respeito pelos idosos. Por uma Baixada Fluminense de prefeitos e vereadores conscientes, honestos e lúcidos. Por uma Baixada Fluminense sem enchentes. Queremos recursos garantidos para creches, escolas e centros culturais públicos. Dinheiro há, sabemos. Por uma Baixada Fluminense com mais responsabilidade de nossos empresários, que daqui extraem seus lucros. Por uma Baixada Fluminense sem choque de ordem: precisamos de lazer, de esporte, de emprego, de arte. Por uma Baixada Fluminense sem choque e sem ordem imposta pelo autoritarismo. Por uma Baixada Fluminense que reconheça seus negros, nordestinos e menores de idade, vítimas preferenciais das execuções sumárias dos grupos de extermínio.

É por isso que o Coletivo de Artes em Trânsito foi ontem à praça pública, no coração de Duque de Caxias, com a performance sala de estar: quando a baixada aparece na capa do jornaldemonstrar que o Dia da Baixada, comemorado hoje, é uma data de conscientização, não de festa. A festa a gente deixa pra eles: dos políticos endinheirados às madames fúteis da sala de estar. O trabalho, esse de ocupar os espaços da cidade [principalmente públicos!] e mostrar que TÁ TUDO ERRADO, isso, eu, você e um bando de gente legal pode FAZER

Praticamos um ataque poético pelo Dia da Baixada. E você?  


FICHA TÉCNICA
performers bia pimenta, dani santana, daniele reis, eldemar de souza, flavia fernandes, marcio bertoni, rodrigo dutra, sil freitas, worney peixoto e yasmin paçoca    musicistas lydiane fátima e paula cruz produção bia pimenta, dani francisco, guilherme zani, marcelo lima e marcio bertoni 
registro audiovisual e edição guilherme zani
arte designer andre prestor
 criação e direção coletivo de artes em trânsito apoio relicário multimarcas e brechó

agradecimentos, beijos e afagos em aurora goodwin, no coletivo de cinema mate com angu, em dulce francisco, gabriel gatti, glauco, guiomar francisco, helen paredes, jorge amin, junior maluco, marcelo silva, mel, pablo pablo, rafael barreto, relicário multimarcas e brechó, tani e tv brasil.      


Fotógrafo rafael barreto [mais trabalhos dele em http://www.rafaelbarretofotografia.blogspot.com
valeu, rafa! espalha pra geral que a revolução é íntima, a ação contínua e o amor coletivo.


Nota do editor - que sou eu mesmo: Isso sim, é pegar o touro a unha e fazer história. Parabéns Dani, Bia e toda a turma do Coletivo de Artes em Trânsito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Concordo com você Vicente! Todos os dias estou aqui, esperando seus textos.

www.oliveiral.omeu.com.br

Anônimo disse...

Concordo com você Vicente! Todos os dias estou aqui, esperando seus textos.

www.oliveiral.omeu.com.br