30.10.10

Vamos errar de novo? Pergunta Ferreira Gullar.




FAZ MUITOS ANOS já que não pertenço a nenhum partido político, muito embora me preocupe todo o tempo com os problemas do país e, na medida do possível, procure contribuir para o entendimento do que ocorre. Em função disso, formulo opiniões sobre os políticos e os partidos, buscando sempre examinar os fatos com objetividade.Minha história com o PT é indicativa desse esforço por ver as coisas objetivamente. Na época em que se discutia o nascimento desse novo partido, alguns companheiros do Partido Comunista opunham-se drasticamente à sua criação, enquanto eu argumentava a favor, por considerar positivo um novo partido de trabalhadores. Alegava eu que, se nós, comunas, não havíamos conseguido ganhar a adesão da classe operária, devíamos apoiar o novo partido que pretendia fazê-lo e, quem sabe, o conseguiria. 

Lembro-me do entusiasmo de Mário Pedrosa por Lula, em quem via o renascer da luta proletária, paixão de sua juventude. Durante a campanha pela Frente Ampla, numa reunião no Teatro Casa Grande, pela primeira vez pude ver e ouvir Lula discursar.

Não gostei muito do tom raivoso do seu discurso e, especialmente, por ter acusado “essa gente de Ipanema” de dar força à ditadura militar, quando os organizadores daquela manifestação -como grande parte da intelectualidade que lutava contra o regime militar- ou moravam em Ipanema ou frequentavam sua praia e seus bares. Pouco depois, o torneiro mecânico do ABC passou a namorar uma jovem senhora da alta burguesia carioca.

Não foi isso, porém, que me fez mudar de opinião sobre o PT, mas o que veio depois: negar-se a assinar a Constituição de 1988, opor-se ferozmente a todos os governos que se seguiram ao fim da ditadura -o de Sarney, o de Collor, o de Itamar, o de FHC. Os poucos petistas que votaram pela eleição de Tancredo foram punidos. Erundina, por ter aceito o convite de Itamar para integrar seu ministério, foi expulsa.

Durante o governo FHC, a coisa se tornou ainda pior: Lula denunciou o Plano Real como uma mera jogada eleitoreira e orientou seu partido para votar contra todas as propostas que introduziam importantes mudanças na vida do país. Os petistas votaram contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, ao perderem no Congresso, entraram com uma ação no Supremo a fim de anulá-la. As privatizações foram satanizadas, inclusive a da Telefônica, graças à qual hoje todo cidadão brasileiro possui telefone. E tudo isso em nome de um esquerdismo vazio e ultrapassado, já que programa de governo o PT nunca teve.

Ao chegar à presidência da República, Lula adotou os programas contra os quais batalhara anos a fio. Não obstante, para espanto meu e de muita gente, conquistou enorme popularidade e, agora, ameaça eleger para governar o país uma senhora, até bem pouco desconhecida de todos, que nada realizou ao longo de sua obscura carreira política.

No polo oposto da disputa está José Serra, homem público, de todos conhecido por seu desempenho ao longo das décadas e por capacidade realizadora comprovada. Enquanto ele apresenta ao eleitor uma ampla lista de re- alizações indiscutivelmente importantes, no plano da educação, da saúde, da ampliação dos direitos do trabalhador e da cidadania, Dilma nada tem a mostrar, uma vez que sua candidatura é tão simplesmente uma invenção do presidente Lula, que a tirou da cartola, como ilusionista de circo que sabe muito bem enganar a plateia.

A possibilidade da eleição dela é bastante preocupante, porque seria a vitória da demagogia e da farsa sobre a competência e a dedicação à coisa pública. Foi Serra quem introduziu no Brasil o medicamento genérico; tornou amplo e efetivo o tratamento das pessoas contaminadas pelo vírus da Aids, o que lhe valeu o reconhecimento internacional. Suas realizações, como prefeito e governador, são provas de indiscutível competência. E Dilma, o que a habilita a exercer a Presidência da República? Nada, a não ser a palavra de Lula, que, por razões óbvias, não merece crédito.

O povo nem sempre acerta. Por duas vezes, o Brasil elegeu presidentes surgidos do nada -Jânio e Collor. O resultado foi desastroso. Acha que vale a pena correr de novo esse risco?

Ferreira Gullar

28.10.10

Ilmo Sr. Chico Buarque



Amigo Chico 
Muito te admiro 
O meu chapéu te tiro 
Muito humildemente 

Todo o meu povo 
agradece a blusa 
do PT  e recusa 
elegantemente 

Meu caro amigo 
Um voto sem motivo 
É algo explosivo 
Não me queira mal 

Se apostarmos 
Nas urnas erradas 
O Brasil se acaba 
Mergulha no caos 

Amigo velho 
Fugi do conselho 
Troquei teu vermelho 
Por um tom azul 

Mas quis o verde 
Que te quero verde 
Junto com o amarelo 
E o cruzeiro do sul 

Pintei um sol naquela tua estrela, 
não quero mais vê-la, 
Pus um branco sutil 

Virei-lhe o listrado do peito 
E nasceu desse jeito 
Uma bandeira do Brasil 



Com um abraço do seu maior admirador, Vicente Portella, que vota Serra 45

26.10.10

O Brasil do futuro – Serra Presidente

Dizer que Lula manteve as diretrizes econômicas de FHC seria chover no molhado. Até o atual Presidente do Banco Central , Henrique Meireles, é, como se sabe, um quadro do PSDB, eleito Deputado Federal em Goiás no mesmo ano em que Lula se elegeu Presidente. Sob o ponto de vista social a estrela do Governo Lula é o Bolsa família, programa que fundiu em um só os vários programas assistenciais de FHC, bolsa isso, bolsa aquilo, etc. Também nesta área, portanto, Lula seguiu os passos de FHC. 
Politicamente, a coisa não foi muito diferente. Lula e o PT se opuseram à todas as privatizações ocorridas no País, mas, curiosamente, nenhuma delas foi revertida. Muito pelo contrário. Lula até superou FHC em alguns casos, tanto na privatização da extração de petróleo, abrindo a Petrobras para empresas do mundo todo, como nas estradas, onde as privatizações ocorreram sem que as empresas favorecidas desembolsassem sequer um centavo. Lula doou as estradas alegando que os pedágios seriam menores e os investimentos maiores. Não foi isso o que aconteceu. 
Em termos de política externa, no entanto, Lula não seguiu FHC. Pelo contrário, fez exatamente o oposto. Nesta área pode-se dizer, com segurança, que Lula e PT adotaram uma plataforma absolutamente própria, original e até surreal, pois seu governo redirecionou todas as parcerias estratégicas do brasil. Atualmente, ao invés de termos como parceiros primordiais as grandes democracias do primeiro mundo, encravamos nossa âncora solidamente nos governos “revolucionários” do Irã, da Venezuela e em mais um amontoado de países africanos, nos quais Lula fez questão de abrir representações diplomáticas. Somos hoje aliados preferenciais de Ahmadinejad, de Chaves e de muitos dos ditadores que pululam em minúsculas e sangrentas republiquetas. Somos parceiros do apedrejamento de mulheres adúlteras, da bomba nuclear e da intervenção do Estado na vida do cidadão e na imprensa. Tornamo-nos amigos inseparáveis daqueles que defendem, oficialmente, o aparelhamento das instituições. 
Lula teve seus méritos, é verdade. Mas seus deméritos são infinitamente maiores. Essa outra face do Governo Lula, a que não seguiu os passos nem de FHC, nem da democracia, é algo tenebroso, catastrófico. Para garantir maioria no congresso, 20 anos de discurso pautado na ética não impediram Lula e PT de instituir o mensalão, instrumento de compra de parlamentares liderado por José Dirceu. Nunca na história desse País, como diz Lula, a corrupção, o roubo, a pilhagem do patrimônio público e a degenerescência política ocuparam um espaço tão portentoso na estrutura de um Governo quanto neste período pós mensalão. O Estado brasileiro transformou-se em uma versão piorada da famosa “Casa da mãe Joana” e os valores da sociedades foram estuprados em praça pública. 
Onde há dinheiro e poder há corrupção, dizem, mas no Governo Lula ela deixou de ser exceção para se tornar regra, uma coisa corriqueira jamais combatida nem pelo chefe do executivo. Ao contrário disso, Lula e PT, sempre que questionados, ou não sabiam de nada ou justificavam a ação danosa de seus parceiros apontando o dedo, criminosamente, contra adversários e os acusando de atos parecidos que, a bem da verdade, nunca ocorreram em proporções semelhantes. Ao invés de combater a corrupção o Governo Lula legalizou-a com a lógica do “ rouba, mas faz”. 
Tudo isso, a conivência, a leniência, a tolerância, o incentivo à tungagem da coisa pública como estratégia de perpetuação no poder, fizeram de Lula um líder menor. Alguém que usa seu prestígio junto as massas para obter lucros para si, para sua família – Lulinha – e seus companheiros. Mais que isso, o comportamento de Lula no exercício do poder, desmoraliza até mesmo as teses pseudo esquerdistas das quais o PT se apropriou nos seus vinte e tantos anos. 
Em síntese pode-se dizer que Lula até encheu a barriga de alguns pobres e enriqueceu seus companheiros, mas fez muito mal ao Brasil ao nivela-lo por baixo, ao tornar a desonestidade um hábito, uma ferramenta de trabalho, e ao apequenar o cargo político mais importante do País. 
Lula, na verdade, não é de esquerda nem de direita, é Lula. A prova disto é que, como último ato de sabotagem ao seu próprio partido, para não correr riscos durante o ostracismo que se avizinha, Lula resolveu apoiar um poste para sua sucessão, uma aventureira que nunca teve papel de destaque em nada do que fez em toda a sua vida. Uma pessoa que sempre foi subordinada e nunca representou ninguém além dela mesma. Dilma Roussef é um zero à esquerda. Lula até poderia usa-la para mostrar quem manda no PT, para deixar claro que o PT, para ele, Lula, não passa de massa de manobra. Impor Dilma ao Brasil, no entanto, é uma temeridade que trai até seus mais fiéis eleitores no seio do povo, pois, deste, Dilma nunca suportou nem o cheiro. Para garantir seu retorno ao Poder em 2014, Lula empurra pela goela da nação abaixo um purgante aditivado, apostando no caos. 
A sociedade, no entanto, não está encabrestada por Lula e pode reagir e escolher o melhor para o Brasil. Comparar Serra com Dilma é até covardia. Serra é de longe mais preparado, mais qualificado, mais experiente e, acima de tudo, honesto. 
O Brasil precisa de gente séria. Não se pode apostar o futuro do País no nivelamento por baixo. Precisamos de grandes governantes. Serra é estadista e em 40 anos de vida pública só fez o bem para o Brasil em todos os cargos que ocupou. 
Eleição não é Fla x Flu, nem Grenal, nem Bavi. Eleição é coisa séria. É o que define o futuro de uma nação. A escolha é entre o orelhão e o celular, entre as estatais para o PT e as estatais para o Brasil, entre Dilma, o atraso, e Serra, o futuro. E Serra é o melhor para o Brasil. Até o PT reconheceu isso ao dar continuidade ao Governo FHC, na economia e no social. Serra45. 


Vicente Portella

23.10.10

Pelé - Primeira crônica de Nelson Rodrigues sobre o Rei


Reparem na data e nas palavras do Nelson Rodrigues. Sensacional!



Santos 5x3 América, 25/02/1958, no Maracanã, pelo Torneio Rio-São Paulo

Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.
O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certeza eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.
Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável.
Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau.


Nelson Rodrigues

20.10.10

Meninas da noite

Meninas da noite 
defloram a lua 
São belas atrizes 
e atuam 
no espaço ordinário 
entre o peito e a palavra 

Suas doces fragrâncias 
agravam 
as coisas do instinto 
Depois, vinho tinto 
suave ou rascante 
pra tornar gigantes 
os seres aflitos 



Meninas da noite 
dispensam os gritos 
das gargantas roucas 
Adoçam a boca 
com mel e saliva 
São como uma brisa 
suave e fresca 
na alma dos loucos 

Meninas da noite 
são flores pra poucos 
e afloram 
nos jarros vazios 
daqueles que amam 
os corpos e as almas 
mas, tolos, naufragam 
com todos os cios 
nas águas dos rios 
devassos e afoitos

18.9.10

Zeca Baleiro - Babylon

Paciencia - Lenine

Belchior - Galos Noites e Quintais

SÓ PRO MEU PRAZER

Belchior - Coração Selvagem

Temporada Das Flores - Leoni

Mulher Nova,Bonita e Carinhosa -Zé Ramalho

Zé Ramalho - O meu País

6.9.10

Seja o que Deus quiser

Lula é um grande líder popular. Dilma, não. Enquanto um representa a alma de um povo operário e semi alfabetizado que chegou ao poder para reverter pelo menos algumas das injustiças históricas cometidas contra ele, a outra representa a burocracia e a sede de poder à todo custo. Lula sonha alto e de forma coletiva, Dilma contenta-se com a possibilidade de vingança contra seus inimigos e adversários.
No primeiro mandato Lula quase foi emparedado por José Dirceu, que, lançando mão de sua força dentro do PT, aparelhou o Estado com seus aliados e promoveu toda sorte de desmandos, culminando com o mensalão, que envergonhou profundamente a parcela desavisada do PT, gente que acreditava no poder exercido de forma romântica e voltada para o bem.Lula deu corda o quanto pode e no fim deixou que Dirceu se enforcasse em suas próprias ambições. Mas o PT e Dirceu continuaram exercendo grande influência no Governo.
Dilma está muito mais para Zé Dirceu do que para Lula. É  autocrática e se considera portadora da razão mesmo que esta navegue a quilômetros de distância de seu cérebro.Se de Lula pode-se dizer que tem sentimento de povo, à Dilma não se pode atribuir sentimento algum. Trata-se de um robô programado por incontáveis teses partidárias focadas única e exclusivamente no umbigo e na vaidade intelectual de seus autores. São, em geral, teses que renegam os fatos caso estes não sejam condizentes com a tese formulada. Teses baseadas no interesses partidário, independente de qualquer outra coisa. Consideram-nas acima até mesmo do País e, principalmente do povo. Aliás, o povo, para esses "ideólogos", precisa ser tutelado, como criança. Lula geralmente ignora as tolices oriundas de seu partido, mas, vez por outra, acaba sendo pego no contra pé e tendo que se explicar.
Na prática, pode se dizer que Lula foi um vitorioso APESAR do PT. Nem sempre, no entanto, conseguiu se livrar dos entulhos partidários.
Agora mesmo, em plena campanha eleitoral, com Lula conduzindo os trabalhos e a candidatura da Barbie Guerrilheira indo de vento em popa, o PT volta a fazer lambança. Para eles o Estado lhes pertence e a máquina pública é uma extensão da máquina partidária, por isso consideram lícita qualquer ação, por mais danosa que seja, em nome da manutenção do poder. É como se o Estado fosse uma estrutura orgânica do partido cabendo à eles, os próceres Petista, determinar o que é bom ou ruim.
Na verdade a quebra de sigilo da filha de Serra é apenas um detalhe, apenas uma forma de mostrar quem manda, no melhor estilo “Ou faz o que eu quero ou eu divulgo tuas informações pessoais e sigilosas”.
O fato é que o Estado Brasileiro está entregue à uma súcia cruel, incompetente e completamente viciada em desmandos. O PT assimilou muito de seus parceiros que comandaram o Brasil nos últimos 40 anos: Sarney, Collor, Renam e urubus políticos.
Se Dilma ganhar, como tudo indica, o Brasil estará legitimando a insanidade. Nossa constituição diz que o poder emana do povo e se é isso que o povo quer, então é o que teremos. A Alemanha e a Itália já passaram por isso, o povo quis e sua vontade foi feita. O resto do mundo pagou caro, é verdade. Mas essas coisas fazem parte da história. Vez por  outra a democracia nos leva por túneis sombrios, mas não existe, pelo menos ainda, forma mais adequada de se exercer o poder. Espero que os próximos 4 anos passem rápido. E seja o que Deus quiser.

21.8.10

PEREGRINO 22

Estou convencido de que Dilma é uma candidata genérica. Marina tem muito mais a ver com o Lula molusco do que Dilma.Até porque esse papo de filhinha de papai mimada que vira guerrilheira nunca deu certo. Marina, como Lula, nasceu pobrérrima e ralou pra dedéu. Aliás, pra ser sincero, até o Serra, por mais atrasados que sejam seus companheiros de partido, ralou muito mais do que a Dilma entre o berço e a faculdade. Sei lá... Dilma me parece mais uma Barbie guerrilheira...


Vi pela TV hoje...Débio Cabral transformou o Rio na Suécia brasileira? Só agora entendi porque contrataram um cineasta à peso de ouro pra fazer a propaganda do boçal: tem que ter muita criatividade, talento e efeitos especiais. Vamos esclarecer as coisas... 
UPA - pobre que vai lá ganha um abraço..Uuuupaaa...e é mandado pra casa ainda doente.
UPP - Unidade Pirotécnica de Propina... eles entram e liberam o tráfico, aí nem precisa mais do bandido andar armado. 
E o que mais Débio Cabral fez?
NADA. O resto é do Lula Molusco

16.8.10

Vai sair uma borboleta dali?


Este vídeo (curta metragem) escrito, dirigido e editado por Fábio de Luca protagonizado pelo ator e professor de teatro Felipe e pelas atrizes Mariah Huguenin, Lucy de Campos e Hyago Sacalem, produzida por Fábio Oliviere e Jean Rizo, é uma resposta a uma das muitas declarações estapafúrdias de Sérgio Cabral a favor do aborto.

Operario em construcao

Tropa de Elite 2 - Trailer Oficial

11.8.10

PEREGRINO 22 - Retomando o fio da história


A Cinelândia, ontem, depois de tantos anos abandonada, voltou a ser o
coração e a alma do Rio de Janeiro. Gente vinda de todos os cantos do
Estado: Zona norte, zona sul, interior, Baixada... Materializou-se
mais uma vez o histórico poema de Castro Alves: A praça é do povo como
o céu é do condor.
O povo buscou a praça para fazer história, mais uma vez, atendendo ao
apelo do único líder popular brasileiro que continua fiel às suas
origens, Anthony Garotinho.
Herdeiro do legado e da tradição popular e trabalhista de  Getúlio
Vargas, Dary Ribeiro  e Leonel Brizola, Garotinho herdou também o
amor, o carinho e o respeito do povo por estes líderes e, em
contrapartida, como não poderia deixar de ser, herdou o ódio das
elites.
Pode-se dizer, sem medo de errar, que tudo já foi feito contra
Garotinho. Perseguições inúmeras, acusações levianas infindáveis,
agressões públicas absurdas e até mesmo, requinte da crueldade,
invasão de sua residência e constrangimento à sua família.E tudo com o
aval da mídia, exatamente como foi denúnciado por Getúlio em sua
belíssima carta testamento.

“Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e
novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me
combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar
a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a
defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.”

Garotinho, no entanto, não se deixa abater. Os que vem de longe, como
dizia Brizola, conhecem muito bem o enredo dessa trama e sabem que
nada é fácil para quem defende interesses populares, nacionalistas e
trabalhistas. Garotinho sabe, é claro, que os mais bem pagos
jornalistas do País tem a obrigação, quase que contratual, de
questionar, atacar e desqualificar o máximo possível os líderes
populares e suas propostas. Trata-se de uma questão de poder. Se o
povo assumir o controle de seu destino, as elites - os donos da mídia
- perdem a condição de estabelecer as regras do jogo. E, como se sabe,
eles querem ser os donos da bola, do campo e ainda insistem escolher
os árbitros.

Por tudo isso podemos afirmar que o povo, ontem, fez história na
Cinelândia. Eleitoralmente, foi o primeiro passo da campanha de
Peregrino para Governador. Politicamente, no entanto, foi a convocação
do povo para regair ao fascismo oficialmente instaurado no Rio de
Janeiro.
Quem faz a política do bem, visando o bem estar coletivo, a justiça e
o equilíbrio social, faz assim, como Garotinho. Fala diretamente ao
povo do qual, constitucionalmente, emana o poder. O contrário disso é
o elitismo, que flui pelos palácios, gabinetes, escritórios de grandes
corporações e se arvoram a roubar para si uma legitimidade que não
lhes pertence.
Enfim, o povo foi às ruas e eu estava lá. Posso dizer, com orgulho,
que estou colaborando com a retomada do poder para o povo do Rio de
Janeiro. Me emocionei, como muitos, ao ouvir Garotinho e Peregrino
retomando o fio da história.


7.8.10

O canto da Baixada - Evoé Bira da Vila!

Bira da Vila lança seu primeiro CD resgatando a identidade cultural da Baixada Fluminense – origem e inspiração da sua obra e de grandes compositores da região 

O cantor e compositor, Bira da Vila, vai lançou no dia 8 de junho, no Clube de Engenharia, na Av. Rio Branco, 124, seu primeiro CD “O Canto da Baixada. O disco produzido em parceria com o radialista Adelzon Alves, possui 15 preciosas faixas, e resgata a identidade da Baixada Fluminense através de seus principais compositores das décadas de 1940 até hoje.
A obra é fruto de mais de dez anos de pesquisa que Bira da Vila e  Adelzon Alves fizeram, sobre os cantores e compositores oriundos da Baixada Fluminense, e chama atenção não só pela qualidade musical como também pela história contada através de cada música. O CD conta com a participação especial de Beth Carvalho, na faixa “O daqui, o dali e o de lá” que é uma verdadeira homenagem ao Brasil, citando mais de 40 ritmos tipicamente tupiniquins.
Bira foi o responsável por todo o processo de produção do disco, desde a idealização ao produto final, por isso a preocupação com a escolha do repertório e com o valor da obra. “Este projeto tem como objetivo valorizar a cultura de um lugar que geralmente fica esquecido do grande público.” afirma o artista. “‘O Canto da Baixada’ é um disco importante pelo resgate cultural, histórico, artístico e uma justa homenagem aos grandes compositores de samba  da Baixada Fluminense, como Osório Lima, João da Paz, Cabana, Toninho Barros, Jairo Bráulio, Anésio, Serginho Meriti e tantos outros que marcaram a história do samba e precisam de alguma forma ser lembrados.”
O disco é genuinamente de samba, mas em cada composição são percebidos toques e levadas de variados ritmos como o baião  o forró e o xaxado, ritmos brasileiros. “É a união de todas as artes para uma mobilização e discussão sobre a valorização da Baixada Fluminense. Artistas da década de 40, 50 não podem ser esquecidos,” finaliza Bira.

Sobre Bira da Vila

O cantor e compositor, Bira da Vila, nasceu dia 08 de janeiro de 1963, na Vila São Luiz, Duque de Caxias-RJ.  O Pai, Seu Jair, foi a primeira fonte de inspiração – devido ao andar gingado de malandro de S. Jair, aos 14 anos Bira prestou uma homenagem ao pai e compôs seu primeiro samba “O Malandrinho”. Bira da Vila foi apadrinhado pelo amigo e maior ídolo artístico Luiz Carlos da Vila, com quem possui uma forte parceria musical. Teve “Sorriso de Banjo”, sua primeira composição, gravada por Jovelina Pérola Negra no disco “Vou na Fé” em 1993 que tocou em todo o país. No ano de 2002, uma parceria com Riko Dorilêo, compôs “Ventos da Liberdade”, que é considerada o Hino da libertação de Angola e é tocada até hoje nas principais rádios do país. Bira é citado no Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira, na biografia de Zeca Pagodinho e no livro “Heranças do Samba” de Aldir Blanc, Hugo Sukman e Luis Fernando Vianna.  Zeca gravou a música “Então Leva”, composição de Bira em parceria com Luiz Carlos da Vila, que está presente no ultimo disco de Zeca Pagodinho e ficou entre as duas concorrentes, na categoria de melhor canção do ano na ultima edição do Premio da Musica Brasileira.


Assessora de Imprensa
Carolina Bellardi
carolinabellardi@hotmail.com.br
21 8118-7525

OBS do Blog: O CD está sendo vendido no instituto histórico de Duque de Caxias. Quem ama a arte pode comprar sem susto. É uma obra fantástica, daquelas que ficam marcadas nas nossas memórias e corações. Evoé Bira da Vila !  

PEREGRINO 22

Ricardo Gama denuncia: Cabral chama adolescente de otário na presença de Lula.

5.8.10

PEREGRINO 22


Vai Passar
Chico Buarque
( Chico Buarque e Francis Hime)


Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar.

PEREGRINO 22





Teu Sonho Não Acabou

Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem que eu sou criança não sei fingir



Eu preciso, eu preciso de você

Ah! Eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

Lá onde eu estive o sonho acabou

Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender



Que eu preciso...


Só feche o seu livro quem já aprendeu

Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube a sombra, não sabe a luz
Vem não perde o amor de quem te conduz

Eu preciso...
 

Nós precisamos, precisamos sim
Você de mim, eu de você.

Raphael Rabello & Leo Gandelman - Villa Lobos - Heineken Concerts - Rio ...

2.8.10

A mídia pode estar corrompida ou “ Os feitos de Cabral”.


Quando um usuário do Windows tenta gravar algo em um CD que, por um ou outro motivo, está danificado, aparece uma mensagem na tela do computador: “não foi possível efetuar operação. A MÍDIA PODE ESTAR CORROMPIDA” .
Pois é. Parece até que o Bill Gates quando criou o programa se inspirou na mídia do Rio de Janeiro.
Todos os grandes jornais do Rio insistem em ignorar a candidatura de Fernando Peregrino - 22, candidato do PR ao Governo do Estado.
A cobertura se resume a Cabral e Gabeira e, invariavelmente, enchendo a bola de Cabral e detonando o verde. Li em algum lugar dia desses que Cabral falou de “Seus feitos” à população em determinado comício. Incrível. Duas mentiras em uma única e curtíssima frase.
A primeira mentira é a “população” a que o jornal se referia, são na verdade cabos eleitorais pagos com o dinheiro público para acompanhar Cabral em sua campanha. Do ponto de vista sindical até acho que esse pessoal tem que ser muito bem pago, afinal de contas, coitados, acompanhar o desgovernador é uma atividade notoriamente insalubre e periculosa, mas, do ponto de vista eleitoral, é um absurdo gastar milhões em dinheiro público ( Helicópteros, viaturas, servidores civis e militares, tudo devidamente filmado e fotografado) para fazer campanha.
A segunda mentira diz respeitos aos “feitos de Cabral”. Cabral não tem feitos. Não há uma obra sequer no Rio de Janeiro iniciada de 2007 para cá que possa ser atibuida à Cabral. Tudo o que existe ou começou antes, nos Governos Garotinho e Rosinha, ou são obras do PAC, financiadas pelo Governo Federal. Algumas, inclusive, indevidamente emPACadas.
Para a população os “feitos de Cabral” se resumem à pequenas ações, como , por exemplo, o espancamento pela polícia militar, de professores – homens, mulheres, jovens e velhinhos – na porta da Assembléia legislativa, por ordem do Governador e com o apoio de Piscciani. Este sim, pode ser considerado um “feito de Cabral”.
A agressão aos médicos do Estado também, chamando-os de vagabundos, pode ser considerada um “feito de Cabral”. E nos acidentes de trem? Alguém se lembra? Cinco horas da manhã, pessoas desesperadas tentando ir para o trabalho, e Cabral às ofendendo. Os trens quebrando, chocando-se entre si e até trem fantasma percorrendo estações sem maquinistas e Cabral chamando o povo de vagabundo, de Vândalo, de irresponsável, ao mesmo tempo em que ampliava as concessões dos trens e do Metrô - terrivelmente tão ineficientes quanto os trens - como presente a sua esposa, Adriana Alcelmo, advogada das concessionárias de ambos os serviços.
Este sim, é um “feito de Cabral”, o trafico de influência em escala industrial praticado pelo próprio Governador do Estado em benefício de sua família.
O mais interessante é que a imprensa do Rio de Janeiro emudece de forma constrangedora diante desses “feitos”. Nem uma linha, nem uma palavra, nem uma vírgula sequer à respeito dos escândalos governamenteais é publicada.
A Secretaria de Saúde pode promover fraudes absurdas, alugar conteiners caríssimos para fazer hospitais de lata que não funcionam e perder toneladas de remédio por incompetência.
A Secretaria de segurança pode fazer acordo com traficantes, proteger celebridades criminosas e até alugar carros por preços estratosféricos. Nada é publicado.
Para a gloriosa impresa fluminense o que importa não são os fatos, mas a versão oficial. A coisa é tão hipócrita que me faz lembrar de um trecho da letra daquela belíssima canção de Zé Ramalho, Avohái: “Se eu calei foi de tristeza, você cala por calar.”
Apesar disso tudo, no entanto, estamos entrando, com a internet, em uma nova era de Gutemberg e a informação já não se concentra apenas nas mão dos poderosos. Há milhares de internautas espalhados pelo Rio de janeiro, e pelo Brasil, dispostos a levar ao povo as informações que a mídia esconde, maqueia e manipula. Além disso, brevemente teremos os debates em rede aberta de TV e a propaganda eleitoral, onde aqueles candidatos que não fazem acordo de bolso com a mídia poderão falar diretamente ao povo.
Na prática, o jogo está apenas começando e nem mesmo as pesquisas nos assustam. Cabral pode até dar outros 50 milhões do nosso dinheiro para que o IBOPE lhe atribua 100, 110, 150% nas pesquisas. Nossa força vem do povo e esse não se engana, não se ilude e não se vende.
Peregrino é o candidato do Garotinho e do povo do Rio de Janeiro e, assim como Brizola em 1982 a quem as pesquisas atribuiam 3%, vai atropelar estes punhos de renda na reta final e chegar ao segundo turno.
Nos anos 80 Brizola expulsou essa elite mesquinha, preconceituosa e arrogante do poder, agora, em 2010, é a nossa vez de fazer o mesmo. Para o bem do povo e do Estado do Rio de Janeiro.

Peregrino Governador  22 - Flávio Guedes - Deputado Federal - 2217
Com a inspiração de Getúlio e Brizola e com a força do povo, Garotinho.