Quando um usuário do Windows tenta gravar algo em um CD que, por um ou outro motivo, está danificado, aparece uma mensagem na tela do computador: “não foi possível efetuar operação. A MÍDIA PODE ESTAR CORROMPIDA” .
Pois é. Parece até que o Bill Gates quando criou o programa se inspirou na mídia do Rio de Janeiro.
Todos os grandes jornais do Rio insistem em ignorar a candidatura de Fernando Peregrino - 22, candidato do PR ao Governo do Estado.
A cobertura se resume a Cabral e Gabeira e, invariavelmente, enchendo a bola de Cabral e detonando o verde. Li em algum lugar dia desses que Cabral falou de “Seus feitos” à população em determinado comício. Incrível. Duas mentiras em uma única e curtíssima frase.
A primeira mentira é a “população” a que o jornal se referia, são na verdade cabos eleitorais pagos com o dinheiro público para acompanhar Cabral em sua campanha. Do ponto de vista sindical até acho que esse pessoal tem que ser muito bem pago, afinal de contas, coitados, acompanhar o desgovernador é uma atividade notoriamente insalubre e periculosa, mas, do ponto de vista eleitoral, é um absurdo gastar milhões em dinheiro público ( Helicópteros, viaturas, servidores civis e militares, tudo devidamente filmado e fotografado) para fazer campanha.
A segunda mentira diz respeitos aos “feitos de Cabral”. Cabral não tem feitos. Não há uma obra sequer no Rio de Janeiro iniciada de 2007 para cá que possa ser atibuida à Cabral. Tudo o que existe ou começou antes, nos Governos Garotinho e Rosinha, ou são obras do PAC, financiadas pelo Governo Federal. Algumas, inclusive, indevidamente emPACadas.
Para a população os “feitos de Cabral” se resumem à pequenas ações, como , por exemplo, o espancamento pela polícia militar, de professores – homens, mulheres, jovens e velhinhos – na porta da Assembléia legislativa, por ordem do Governador e com o apoio de Piscciani. Este sim, pode ser considerado um “feito de Cabral”.
A agressão aos médicos do Estado também, chamando-os de vagabundos, pode ser considerada um “feito de Cabral”. E nos acidentes de trem? Alguém se lembra? Cinco horas da manhã, pessoas desesperadas tentando ir para o trabalho, e Cabral às ofendendo. Os trens quebrando, chocando-se entre si e até trem fantasma percorrendo estações sem maquinistas e Cabral chamando o povo de vagabundo, de Vândalo, de irresponsável, ao mesmo tempo em que ampliava as concessões dos trens e do Metrô - terrivelmente tão ineficientes quanto os trens - como presente a sua esposa, Adriana Alcelmo, advogada das concessionárias de ambos os serviços.
Este sim, é um “feito de Cabral”, o trafico de influência em escala industrial praticado pelo próprio Governador do Estado em benefício de sua família.
O mais interessante é que a imprensa do Rio de Janeiro emudece de forma constrangedora diante desses “feitos”. Nem uma linha, nem uma palavra, nem uma vírgula sequer à respeito dos escândalos governamenteais é publicada.
A Secretaria de Saúde pode promover fraudes absurdas, alugar conteiners caríssimos para fazer hospitais de lata que não funcionam e perder toneladas de remédio por incompetência.
A Secretaria de segurança pode fazer acordo com traficantes, proteger celebridades criminosas e até alugar carros por preços estratosféricos. Nada é publicado.
Para a gloriosa impresa fluminense o que importa não são os fatos, mas a versão oficial. A coisa é tão hipócrita que me faz lembrar de um trecho da letra daquela belíssima canção de Zé Ramalho, Avohái: “Se eu calei foi de tristeza, você cala por calar.”
Apesar disso tudo, no entanto, estamos entrando, com a internet, em uma nova era de Gutemberg e a informação já não se concentra apenas nas mão dos poderosos. Há milhares de internautas espalhados pelo Rio de janeiro, e pelo Brasil, dispostos a levar ao povo as informações que a mídia esconde, maqueia e manipula. Além disso, brevemente teremos os debates em rede aberta de TV e a propaganda eleitoral, onde aqueles candidatos que não fazem acordo de bolso com a mídia poderão falar diretamente ao povo.
Na prática, o jogo está apenas começando e nem mesmo as pesquisas nos assustam. Cabral pode até dar outros 50 milhões do nosso dinheiro para que o IBOPE lhe atribua 100, 110, 150% nas pesquisas. Nossa força vem do povo e esse não se engana, não se ilude e não se vende.
Peregrino é o candidato do Garotinho e do povo do Rio de Janeiro e, assim como Brizola em 1982 a quem as pesquisas atribuiam 3%, vai atropelar estes punhos de renda na reta final e chegar ao segundo turno.
Nos anos 80 Brizola expulsou essa elite mesquinha, preconceituosa e arrogante do poder, agora, em 2010, é a nossa vez de fazer o mesmo. Para o bem do povo e do Estado do Rio de Janeiro.
Peregrino Governador 22 - Flávio Guedes - Deputado Federal - 2217
Com a inspiração de Getúlio e Brizola e com a força do povo, Garotinho.
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