15.5.10

Erupção

Trezentos e cinquenta sóis
Uma língua como a tua
Meus dedos batendo os nós
Na porta da alma nua
Misturado em teus lençóis
O cheiro da tua carne
E os raios alvos da lua


E você desnorteada
Amarfanhando os cabelos
Gerando no cerebelo
Imagens de mil cenários
Eu tonto incendiário
Absorvendo teu fogo
Dama, diva, dona, jogo

Senhora dos meus delírios
Escrava dos meus encantos

Dedos, bocas, seivas, canto
Voz, sorriso, sensações
Diversas e variadas

As palmas das tuas mãos
Devidamente espalhadas
Por dentro dos meus sentidos

A explosão nos meus ouvidos

O corpo em erupção.

2 comentários:

Allegro Moderato disse...

Vou acabar pedindo um poema seu pra colocar no meu blog.

Ótimo !!!!!!

Beatriz Oliveira disse...

Ui, cheguei a me arrepiar, imaginando a cena! Vc me transportou pra lá. rs Perfeitamente escrito... Amei!