4.8.09

Os sete pecados do Senado

Assisti esses dias a um documentário no History Channel sobre os sete pecados capitais. Como a exposição do Senado na mídia tem sido algo além da capacidade humana de assimilar informações, a correlação foi direta.
Segundo o documentário a igreja católica desde o papa Gregório, o grande, o mesmo que instituiu o celibato dos padres, adotou os sete pecados capitais e estabeleceu um demônio para cada um deles.
O demônio da Luxúria, por exemplo, meu pecado favorito, é Asmodeu. Os outro eu não me lembro o nome, mas este ficou gravado na minha memória, que, por sua vez, fez também uma correlação imediata com o Senado nas figuras de Renan Calheiros e Fernando Henrique. Ambos, como se sabe, não resistiram ao pecado da carne e traçaram jornalistas da Globo – cada um traçou uma, é claro – engravidando as moças.
Asmodeu Henrique escapou incólume, já Asmodeu Calheiros amargou uma dor de cabeça terrível e o ato lhe custou a presidência da casa, o que prova de maneira irrefutável que no Brasil nem mesmo o pecado é punido de forma igualitária.
O demônio da gula, cujo nome me fugiu, no Senado deve ser representado por Heráclito Fortes. Considerando o tamanho e a circunferência do Senador piauiense é improvável que haja no Senado alguém mais guloso.
A ira certamente tem Arthur Virgílio como seu patrono na casa. Desde o ocaso de FHC não há quem tenha visto o Senador amazonense esboçar um sorriso. Pelo contrário. Sempre usa o microfone demonstrando uma feroz ira, que de santa não tem nada, e cospe seus marimbondo lá no fundo do plenário.
Já a inveja, não tem jeito, por incrível que pareça, pertence a Pedro Simon. O gaúcho não consegue esconder o mal que o sucesso alheio lhe provoca. Detona todos os que exercem poder e adula, de maneira subserviente, aqueles que, sem chance alguma de se destacar, chutam o pau da barraca e fazem do mandato um monumento a agressão.
Chegou a dizer que gostaria de ser pai da Heloísa Helena, coitado, tamanha é sua frustração pessoal.
A cobiça pertence a Agripino Maia. Seu partido, o antigo pefelê, atual dêmo, nasceu e foi criado sob as asas de um imenso poder estabelecido. Cargos, para os companheiros de partido de Agripino eram algo que se dava aos filhos e parentes como presente nos rituais de passagem: maioridade, casamento, etc... Desde a ascensão de Lula, no entanto, o partido do dêmo vive à mingua. Sem um carguinho sequer para fazer remédio. Daí a cobiça. O desejo insano de se apropriar dos cargos atualmente tão distantes de seu alcance.
Cristovan Buarque, meu candidato a Presidente nas eleições passadas, certamente representa a preguiça. Apesar de ser pernambucano, aquele jeito de falar, aquela voz mansa e modulada, a economia de gestos, tudo faz com que Cristovan pareça Baiano. Daquele tipo que só tem pânico no dia seguinte. Gente boa, o Cristovan, mas carrega consigo aquele jeitão de quem pode ser surpreendido por uma tartaruga à qualquer momento.
Sobra então a avareza e o agraciado é..............José Sarneyyyyyyyyyyyyyyyyy.
O cara é ex presidente da República, foi Senador e presidente da casa uma 400 vezes, nomeou filho, filha, neto, namorado de neta, mordomo de filha, enfim, pendurou todas as suas despesas pessoais na conta do Senado.
Vai ser avarento assim na caixa prego.
E agora, no olho do furacão de um escândalo terrível, acusado publicamente de fazer todas aquelas mutretas que os outros Senadores e presidentes do Senado só fazem escondidinhos, Sarney se recusa a largar o osso.
Chega até a ser maldade com o Arthur e o Agripino, que babam de ódio cobiçando o cargo, coitados.

OBS: Eu esqueci da Soberba. Mas foi bom, pois os fatos mais recentes mostram que ninguém é mais soberbo que o "coronel de merda" Tasso Jereissati. Quem deixou isso claro foi o cangaceiro Renan.

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