
A noite anteontem
Me marcou os olhos
Com um negror terrível
De aniquilamento
Cresce
Constrói sonhos
Depois vira escravo
Da sina e do tempo
Mais
Onde meu quando
Se perdeu num se
Grotesco do caminho
Só me recordo
Vagos
Lábios frios
Como que açoitando
Textos em pergaminhos
Vivi a era
Em que as quimeras
Emprestavam as trevas
Farsas geniais
Olhos dourados
Tanta primavera
Versos espalhados
Borbulhando farras
Belas
Colossais
Hoje na rua
Me falta a aurora
O sol brilha opaco
A noite é sem lua
Não há mais quem chegue
Ou mesmo vá embora
Sem graves certezas
Expostas no olhar
Um pote de ouro
Por cada sorriso
Sem um arco-íris
Pra justificar
Um comentário:
"Um pote de ouro
Por cada sorriso
Sem um arco-íris
Pra justificar"
Versos lindos e cativantes. Também estou procurando um sorriso assim, puro e verdadeiro.
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