
O primeiro teste seria para avaliar a relação entre o candidato e o dinheiro. Pondo o cara trancado numa sala ao lado de uma mesa apinhada de dólares, uma comissão avaliaria suas reações. Se esfregasse as mãos estampando um sorriso abobalhado no rosto já estaria reprovado de cara. Se desse um sorriso daqueles que esboçam superioridade no manuseio da questão também. No primeiro caso ficaria claro que o sujeito quer um mandato só pra ficar rico, e no segundo, só pra aumentar sua fortuna.
Segunda prova: o candidato tem que nomear dirigentes para 5 estatais, numa lista de dez instituições públicas: Bancos, fundos de pensão, Cias de habitação, água e esgoto, Escolas, hospitais etc. Se começar pelos bancos e fundos de pensão, já sabe, pau nele. Essa é tão óbvia que se posta em prática quase todo o congresso nacional ficaria sem direito a uma nova candidatura.
Na terceira etapa seria avaliada a capacidade do candidato de ficar sozinho com uma mulher bonita. Algo assim teria poupado tanto Fernando Henrique como Renan Calheiros de uma baita dor de cabeça. Afinal de contas ambos engravidaram jornalistas da Rede Globo e, apesar das penas diferenciadas, ficou provado que nenhum dos dois consegue resistir aos pecados da carne. Nada demais, caso não fosse a gente que pagasse a conta depois.
Outro teste poderia ser o de resistência: depois de estabelecida a opinião do candidato sobre uma determinada questão, dez lobistas diferentes o visitariam, cada um com uma proposta mais irrecusável que a anterior para que esta posição fosse mudada. A nota seria de acordo com a capacidade de o candidato resistir a um n° maior de lobistas.
Enfim... Inúmeros outros testes poderiam ser incluídos nesse vestibular: tamanho da cueca, conhecimentos gerais de banqueiros, corrida ao dólar e até mesmo um teste de apreço pessoal do candidato por seus familiares.
Nada disso, é claro, impediria a podridão reinante. Mas pelo menos seria engraçado vê-los se sujeitando a tudo isso e tentando enganar a banca examinadora em nome do exercício do poder.
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