
Mas não foi bem assim que aconteceu. O monstro sem alma não cumpriu o acordado e me deixou sem um tostão no bolso...putzz...coisa terrível.
Sábado. A dureza se espalha por todos os cantos do apartamento, como se fosse um gás. Toma todo o ambiente. Uma vontade terrível de tomar um cafezinho. No entanto, nem um real no bolso. Penso seriamente em me enforcar no chuveiro.
Sábado a tarde. Penso ainda no cafezinho. O pão com linguiça vendido na feira da minha rua surge repentinamente em meus pensamentos. Expulso-o imediatamente. Já chega a vontade de tomar um café. Isso ja agonia a gente o suficiente.
A noite começa a cair...o desespero se agrava...
Eurekaaaaaa....
Lembro repentinamente de um cartão, em especial, entre os tantos completamente detonados guardados na minha carteira. Meu cartão de tiket refeição.
Parto bravamente para o Nova República, nesse momento, meu oásis na Mem de Sá.
Maravilha...Saboreio majestosamente os prazeres da carne e ao, final, claro, degusto o saboroso cafezinho da casa, com creme e tudo. Uma delícia.
Ai, meu Deus...Como é bom ser pobre.
Nossos governantes jamais curtirão um prazer semelhante. São todos ricos...Jamais desfrutarão do prazer de obter algo que parecia impossível.
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