27.7.11

O drama de Obama

O presidente americano está longe de ser esquerdista, mas os psicopatas republicanos o odeiam, muito provavelmente por ser negro. Nada atormenta mais aquela turma liderada pelo Texas do que ter perdido a eleição para Obama, por isso sentem a necessidade patológica de uma vingança que pode alterar a correlação de forças econômicas mundiais, colocando, inclusive, os próprios EUA em risco iminente. 
Donos da maior economia do planeta, é claro, os americanos tem também a maior dívida pública. Seus títulos são adquiridos no mundo inteiro exatamente pela segurança que se tem em liquida-los à qualquer momento. A economia americana é feita disso e a mundial também.
Historicamente os EUA usam o aumento da capacidade de endividamento, que depende da aprovação do congresso, para manter este ciclo de sua economia. Só no governo Reagan, segundo consta, esse teto da dívida americana foi aumentado, com aprovação do congresso, 18 vezes.
Na era Bush houve um aumento astronômico da dívida americana provocado tanto pelas várias guerras em que Bushinho se meteu, quanto pela diminuição dos impostos para os mais ricos;  melhor dizendo, milionários.  Os acordos entre democratas e republicanos sempre ocorreram, no que se refere ao teto da dívida, por uma questão muito simples: interesse mútuo. Independente de estarem na situação ou na oposição ocasionalmente, nenhum dos dois partidos trabalhou anteriormente com a hipótese de detonar a economia do planeta por contas de suas mazelas domiciliares, até porque o principal derrotado em um cenário destes seria os próprios EUA.
Agora, no entanto, parece que a coisa mudou. A extrema direita americana quer, porque quer, se vingar de Obama, mesmo que para isso seja necessário inviabilizar o seu próprio País e levar o mundo a bancarrota. 
A moratória da dívida americana representa isso, independente de qualquer conotação ideológica que se queira dar aos eventos.
A economia mundial seria vítima de um efeito cascata, pois, estando espalhados pelo mundo inteiro, os títulos do tesouro americano se desvalorizariam, virariam pó na mão dos credores, arrastando o mundo para o caos absoluto de uma hora para a outra. O Brasil, inclusive, detentor de muitos destes títulos, veria-os virar fumaça.
Não conheço os mecanismos da legislação americana, mas fico me perguntando se não há instrumentos legais disponíveis ao Presidente americano para convocar sua sociedade para impedir a chantagem de parte do parlamento. Será possível que a nação que lidera o mundo desde o fim da segunda guerra mundial vai ficar de joelhos, refém das circunstancias?
O que mais me assusta é que ações extremistas estão na moda atualmente, não apenas no mundo islãmico, como é de praxe, mas também em países tranquilos, como a Noruega, e até no Brasil, que deu casa, comida e roupa lavada à Césare Battisti , um sectário estrangeiro.
Só me resta uma reflexão: Se a coisa continuar assim vou começar a considerar aquele papo de 2012. Pode ser que o mundo, pelo menos do jeito que nós o conhecemos, esteja mesmo acabando.

2 comentários:

Ricardo Barbieri disse...

infelizmente o mundo hoje gira em torno de dinheiro/poder, nenhum custo é alto demais.

Anônimo disse...

Muito interessante... Infelizmente, isso não é exagero, é a realidade mesmo.