20.6.10

Taiguara:a música e o sonho de um grande artista


Fico me perguntando se no mundo "muderno", onde tudo é corrido, fugidio e estanque, as pessoas ainda param e ouvem música percebendo a beleza da melodia, dos acordes, dos instrumentos e a poesia das letras. Me refiro, é claro, às novas gerações, à essa garotada forte e bonita que vai conduzir o País amanhã.
Taiguara fazia música, mas além dos sons, dos acordes, das combibações belíssimas de notas, fazia poesia. Muita poesia. Era um tempo em que se acreditava nas coisas, na vida, no futuro e as canções do Taiguara nos ajudavam a construir este futuro.
Que ninguém se engane, o poeta cantor, dono de uma voz doce e bela, foi também um milatante político apaixonado. Taiguara sonhou, como todos nós, e lutou para realizar seus sonhos.
Andarilho, colheu estrelas e nos trouxe. Bebi o brilho delas com sofreguidão e acho que muita gente também bebeu. Essas estrelas ainda andam por aí, quem quizer beber seus brilhos pode ficar a vontade. Afinal de contas, na verdade, bem lá no fundo, nosso sonho não acabou nem vai acabar nunca.E a gente precisa cada vez mais um do outro.



Teu sonho não acabou

Hoje a minha pele já não tem cor
Vivo a minha vida seja onde for
Hoje entrei na dança e não vou sair
Vem eu sou criança não sei fingir

Eu preciso, eu preciso de você
Ah eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

Lá onde eu estive o sonho acabou
Cá onde eu te encontro só começou
Lá colhi uma estrela pra te trazer
Bebe o brilho dela até entender

Que eu preciso, eu preciso de você
Ah eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você

Só feche seu livro quem já aprendeu
Só peça outro amor quem já deu o seu
Quem não soube à sombra não sabe à luz
Vem não perde o amor de quem te conduz

Eu preciso, eu preciso de você
Ah eu preciso, eu preciso, eu preciso muito de você
Eu preciso, eu preciso de você
Nós precisamos, precisamos sim, você de mim eu de você


2 comentários:

Allegro Moderato disse...

Taiguara embalou os anos 70 e a minha infância.

"Hoje homens sem medo aportam no futuro. Eu tenho medo acordo e te procuro. Meu quarto escuro é inerte como a morte.
Hoje homens de aço esperam da ciência. Eu desespero e abraço a tua ausência, que é o que me resta, vivo em minha sorte"

Eu só não imaginava que essa letra dele combinaria tão bem comigo um dia.

http://letras.terra.com.br/taiguara/250419/

Anônimo disse...

Oi Vicente

Li seu poema no Blog da Claudia minha amiga e vim conferir...muito bom adorei

beijos e parabéns pel poesia