7.7.09

Professor em sala de aula...

Na nossa aula de hoje vamos abordar um tema super relevante nos dias atuais: O Vírus.
Se nós perguntarmos a qualquer Nerd que honre as calças - ou calcinhas - que veste, o que é um vírus, ele dirá imediatamente que o vírus é um programa de computador executável criado com o objetivo de danificar a máquina e infernizar a vida dos internautas.
Mas o vírus na verdade é muito mais que isso. O vírus é um parasita que causa danos terríveis ao hospedeiro.Em todos os sentidos. Ex-mulher, por exemplo, é um tipo de vírus que continua causando estragos, mesmo depois de excluído do organismo. Ex marido também, mas o dano é menor. Exceto quando o parasita exige pensão alimentícia. Aí é mais grave.
A classificação dos vírus é de uma amplitude inimaginável, pois, em alguns casos, dependendo do estrago causado, o parasita em questão pode ser um verme e não um vírus.
Um Deputado, por exemplo, sendo Estadual está mais para verme, pois age como um parasita comum, se alimentando dos nutrientes disponibilizados pelo hospedeiro.
Os Deputados Federais, no entanto, costumam assumir características híbridas, sendo ora vírus, ora vermes. Apesar de, infelizmente, se reproduzirem.
Quando recebem propinas, desviam grana do orçamento ou usam o poder do mandato para fazer favores a amigos em troca de dinheiro, os Deputados Federais estão sendo apenas vermes, pois sua atuação não altera de forma significativa a estrutura orgânica do hospedeiro.
Mas quando o sujeito muda as leis, inclusive a constituição do País, só para ampliar sua ação danosa contra o erário público, aí sim, ele é um vírus de efeito devastador.
Geralmente, depois de atuar como vírus por alguns mandatos, o deputado tende a sofrer uma mutação genética que potencializa sua capacidade destrutiva, tornando-o um supervírus. A partir desta mutação passa a ser conhecido como Senador.
Nesta fase o supervírus pode assumir vários aspectos distintos, pois ganha da natureza ferramentas especiais para camuflagem. Assim como o camaleão, o supervírus, uma vez adquirido o status de Senador, passa a poder mudar de cor, de partido, de credo, de sexo e pode até mesmo tornar-se Ministro, como forma de dificultar sua localização e identificação. Exatamente por isso o vírus, quando evoluído a este ponto, torna-se letal e quase indestrutível.
Para encerrar nossa aula, é importante que se diga: os leigos costumam atribuir o caráter virótico a vários agentes naturais que nos cercam, principalmente caixas de supermercado, fiscais da Prefeitura, garçons e policiais, civis e militares. Nada disso, porém, é verdade. Principalmente em relação aos nossos amigos garçons e aos policiais de um modo geral.
A doutrina científica não reconhece estes elementos na categoria vírus, basicamente por dois motivos. Em primeiro lugar porque não são profissionais reconhecidos por aceitar numa boa as piadas que fazem sobre eles. Em segundo, porque os cientistas consideram, estatisticamente falando, 525 vezes mais provável encontrar um policial ou um garçom pertinho da gente, ou andando pela rua, do que um Deputado. Considerando a distancia, portanto, que nos permite uma certa margem de segurança, o Deputado que se exploda. É vírus mesmo e pronto.

7 comentários:

Robert Sachsse disse...

Meu deus.... quanta criatividade...

Anônimo disse...

dooooooooissssssssssssssssssss......rs


como disse o Robert 'quanta criatividade'...........rs

e eu fiquei pensando aqui nos 'virús' que me atacam todo dia...
impaciência
gula
inércia (que parece, mas nem sempre é preguiça...)
Tpm

e TANTOS outros que acabam por contaminar não só o meu dia atual como meus planos pro dia seguinte...

olha que eu até conheço os anti-virús pra eles, mas aí o virús da preguiça aparece e..............

rs

bjão

ah, tu sabe que mesmo quando a gente NÃO concorda, eu ainda te gosto né?

bitocas

picardia disse...

v.p.,
não conhecia seus dotes de professor de biologia. a melhor aula sobre o assunto que eu já tive. perdi tempo indo a escola.
detalhe: a gente já convive com esse tipo de vírus a tanto tempo que pode vir qualquer outro que a gente mata no peito e manda pro fundo da rede. tá laaaa...

Unknown disse...

A questão é que, embora distantes, em tempos atuais, pandemias viram epidemias, quer sejam causadas por vermes ou vírus. Apesar de admitir seu vasto conhecimento científico acerca do tema, sinto-me entristecido por não incluir os advogados nesse rol, principalmente pq estes estão sempre transmutando; vermes, vírus ou bactérias são suas aparências mais comuns. Contudo, já se teve conhecimento de alguns espécimes de causídicos que encerram as três formas letais simultaneamente.

Vicente Portella disse...

Robert,
A criatividade é a verdadeira mola propulsora do planeta....rs

Atrê,

Eu te amo de qualquer jeito, concordando ou não comigo.

Wolverine,

A escola convencional não sabe nada sobre os verdadeiros vírus.

Wagner,

Advogados são seres a parte. Em algumas culturas, inclusive, eles justificam a ira divina. Por isso não podem ser enquadrados como vírus. Até porque os vírus poderiam nos processar exigindo reparação.

Valeu gente. Abraços à todos.
Vicente

Anônimo disse...

muito bom o texto... me fez lembrar a providencial desconfiança que você nos colocou na cabeça há umas semanas atrás sobre esse papo de gripe suína e certos senadores da república...

haverá um antiviral eficiente pra essas pragas? oh, dúvida cruel.

abraço,
heraldohb

Anônimo disse...

Olha, desse jeito vc vai precisar da faxineira que limpou meu blog quando fiquei ausente.

Qualquer coisa me avisa que eu te passo o link dela, tá?

bjo