16.6.09

Eduardo Paes em jornal espanhol : Existe uma visão romântica do crime no Rio

O despreparo dessa gente é algo inacreditável. O Prefeito, como Alice, queria estar vivendo no País das maravilhas que há, como lhe ensinaram, atrás de seu espelho.

Um mundo em que Sérgio Cabral fosse o Grilo falante e seu secretariado fosse composto pelo coelho, pelo homem de lata e pelo chapeleiro louco.

Na verdade Eduardo, nascido em berço de ouro, quer que o Rio seja como a sua própria casa: um lugar onde só há espaço para gente rica e "bonita".

A visão que essa gente tem da cidade e do Estado é completamente atrofiada e não poderia ser diferente, pois sempre viveram protegidos por uma redoma.

Eduardo Paes e Sérgio Cabral agem como o rapaz de um filme antigo que vivia em uma bolha e graças a isso não tinha a menor noção do que acontecia no mundo real.

Mesmo Cabral, cujo pai frequentava os morros e os subúrbios para compor seus artigos e escrever seus livros sobre cultura carioca, nunca encarou este mundo como realidade. O morro para ele sempre foi uma espécie de parque de diversões - algo necessário aos negócios do pai - e, vê-se agora, as populações mais pobres, das quais o pai tirou fama e sustento, eram vistas por ele como animais em um zoológico.

Eduardo e Sérgio jamais verão as pessoas do povo como seus iguais porque realmente elas não são.

A criação e a formação de ambos impõe até como ofensa qualquer alusão à essa igualdade. Na verdade são plebeus da pior espécie "educados" para paracer nobres. São portanto, uma fraude inclusive para eles próprios. Qualquer trabalhador ou mãe de família, moradores de umas das tantas favelas do Rio têm, individualmente, uma capacidade moral infinitamente maior que esses dois governantes juntos.

Um comentário:

Anônimo disse...

A propósito da dupla Eduardo Paes e Sérgio Cabral:

POR QUE O “VALENTE” ZITO TEM TANTO MEDO DO CANASTRÃO SERGIO CABRAL?

O prefeito deve representar a cidade que governa, pelo menos é o que diz a lei. Ele é uma espécie de síndico da cidade e deve, a todo momento, gostando ou não do que faz, defender a cidade cujos eleitores o elegeram. Duque de Caxias, hoje uma grande metrópole e vitrine par o País, vem sendo agredida, sistematicamente, sem que Zito tome a sua defesa, como determina a lei.

Vamos reavivar a nossa memória: ele não reagiu - na hora e nem depois -, quando os beleguins de Sérgio Cabral barraram o vice-prefeito, o médico Jorge Amorelli, três vereadoras, inclusive a vice-presidente da Câmara, Leide, e os jornalistas da cidade, na (re)inauguração das obras do Museu da Ciência e Vida, que vai aproveitar o velho Fórum ao custo de cerca de R$ 22 milhões. O assunto teve grande repercussão até mesmo fora do Estado e Zito continuou mudo. Ele teve o mesmo comportamento, omisso e covarde, diante da ameaça do prefeito Eduardo Paes de implantar um novo lixão em Duque de Caxias, mais precisamente, na Cidade dos Meninos. E, como na cerimônia mencionada acima, ele estava ali, ao lado e ouviu in loco.

Da mesma forma que não cobra do Ministério da Saúde, conforme TAC-Termo de Ajuste de Conduta, feito entre os Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e da Previdência Social com os Ministérios Públicos Federal e Estadual no seu segundo governo, a construção de casas para as 10 famílias retiradas da área do pó de broca, que continuam vivendo em apartamentos alugados e pagos pelo Ministério da Saúde há mais de 5 anos. Como também não fez a tão esperada licitação para as linhas de ônibus da cidade, todas consideradas pelo Ministério Público “fora da lei”.

No caso do lixão da Cidade dos Meninos, a situação é mais grave, pois Eduardo Paes confessou que assinou um contrato de 15 anos para uma empresa paulista explorar o gás produzido no lixão do Jardim Gramacho, quando o contrato com a Comlurb (empresa subordinada à prefeitura do Rio) venceu há mais de 10 anos. Por tabela, ele também não reagiu à altura diante da ameaça de um novo lixão na cidade.

Se, por exemplo, um grupo de “sem tetos” invadir seu casarão da Praça da Laureano, alegando que a sua antiga residência está abandonada, ele vai apelar para a Justiça, pedindo reintegração de posse, vai mandar a guarda municipal expulsar os invasores ou vai nada vai fazer?
No caso da proposta afrontosa de Eduardo Paes a situação é mais grave, pois o prefeito carioca, ex-Secretário Geral do PSDB (partido que Zito preside no Estado) e hoje afilhado político de Sérgio Cabral, não tem competência legal para invadir terrenos em outro município.
Por que Zito se acovardou diante do rompante do prefeito carioca, eleito, pelo que se ouviu nos bastidores, com ajuda das milícias da Zona Oeste? Medo que Sérgio Cabral pressione o Tribunal de Justiça para julgar alguns processos de improbidade administrativa “esquecidos” em gavetas? Ou será que o governador sabe de alguma coisa sobre o prefeito que a cidade não pode saber?

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