16.5.13

João Urca Beach: O artista e a banda




O que é a Urca Beach? 

A banda Urca Beach é na verdade uma ficção, fruto de um sonho meu de criança. Desde os doze anos eu componho e desde então sinto que as canções nascem com arranjos, quase sempre. Tocá-las só ao violão me frustra. Por isso insisto em fazer-me acompanhar de bons músicos. 
O grupo Urca Beach foi uma busca minha, de encontrar uma sonoridade própria. Eu queria um disco que pudesse ser reproduzido ao vivo. E digo que andamos conseguindo isso. Também fizemos releituras magníficas de compositores conhecidos. É pena que não temos nenhum registro, ainda, dessas releituras. Mas a questão é meramente econômica, pois os músicos estão sempre coesos comigo. O problema é que três deles vivem de música e eu não consigo uma agenda de shows que garanta a sobrevivência de todos. Além do quê, você me conhece, sou mau vendedor, infelizmente. 
Meu negócio é tocar meu violão, compor e cantar (Risos). Preciso urgente de alguém que me venda. 


E o CD “Praia e luau” ? 

O CD "URCA BEACH: PRAIA BAR E LUAU", traz registros de oito anos juntos, com variações na formação. Membros fixos foram eu, Dida, Wagner (violão e guitarra) e o Osmar (bateria). Muitos outros músicos, no entanto, participaram. 


E porque você adotou o nome da banda? 

Como eu não tenho garantias de continuidade do trabalho com o pessoal, adotei o nome JOÃO URCA BEACH, para me fundir com a marca, que eu registrei. Assim, posso me apresentar sozinho, ao violão (e tenho começado a gostar disso), ou com um, ou mais membros da banda, que, por isso, acho mais conveniente chamar de "grupo" e não de banda.  



Qual o estilo do Urca Beach? 

Nosso estilo é MPB. Nossas influências, da nossa melhor música feita por negros: Claúdio Zóli, Djavan, Tim Maia, Seu Jorge, Jairzinho. Não é à toa que tocamos muito esses caras. 
Mas também tocamos os clássicos (Chico, Caetano, Gil). E também alguns clássicos do rock, como Eric Clapton, Guns and Roses, Pink Floyd. Na maioria, do nosso jeito. 


E como você vivencia esse processo? 

A convivência com bons músicos me ajudou a crescer no instrumento, o que tem refletido nas composições. 



Você já pensa em CD novo? 

Preciso divulgar este CD para poder pensar na viabilidade de outro. 
Espero que no próximo volte a ter parcerias nossas. Temos coisas engavetadas que precisam sair.


8.5.13

Fazendo um som com os amigo, em casa: Stanley Neto em Caxias


Stanley Neto é um artista da terra. Músico de vários talentos - Sax, flauta, gaita, violão, guitarra, entre outros instrumentos - Stanley é também poeta e compositor. 
Membro atuante do Projeto Conspiração, que fez história e marcou profundamente a criação literária e artística de Duque de Caxias, Stanley Neto atualmente corre o mundo levando sua canção e seu talento a todos os lugares possíveis.


Na próxima terça feira, dia 14/05, estará se apresentando na Praça de alimentação do PREZUNIC Caxias à partir das 18 horas. 
Quem gosta de boa música não pode perder a oportunidade. É arte rara, daquelas boas de se ouvir. 





Qual a sua perspectiva para essa apresentação em Caxias?

Stanley Neto - Sempre fico muito feliz e ansioso quando vou me apresentar em D. Caxias que é minha terra natal. Fico na expectativa de reencontrar velhos amigos que sempre me deram muita força e muito carinho e muitas e boas energias durante a minha carreira, principalmente em seu início. 

Por onde você anda tocando e com quem?

Stanley Neto - Ando (nos últimos 6 anos) excursionando como músico contratado (sax-barítono , flautista e gaitista) da Banda Roupa Nova. Eventualmente participo de shows de outros artistas, quando a agenda da banda permite, como Alex Cohen por exemplo, e sempre que posso, dou um pulo em D.Caxias para matar as saudades e fazer um (ótimo) som com o amigo e mentor musical Beto Gaspari.

Além disso, trabalho como músico de gravação (estúdio e/ou shows) de alguns artistas do País. Semana passada, por exemplo, tive a honra de gravar (pela terceira vez) em um cd do Cantor Agnaldo Timóteo, no penúltimo dvd do Grupo Bom Gosto(deixa eu cantar meu samba), e por aí vai...


É bom rodar o mundo fazendo arte? 

Stanley Neto - É ótimo rodar o mundo não somente fazendo arte, mas trabalhando com o que se gosta. É bacana, conhecer outras culturas e aprender com artistas das mais variadas vertentes artístico-culturais. 


Como foi o seu começo no mundo das artes? 

Stanley Neto - Bem, eu comecei participando de um grupo de poesia de D.Caxias chamado Projeto Conspiração, inicialmente idealizado pelo cara que considero o meu "Padrinho Musical", o Beto Gaspari. O contato com essa galera abriu não só a minha mente musical, como artística transformando para sempre toda a minha concepção no que diz respeito à expressão artística.

Essa raiz cultural adquirida graças a contatos criativos e expressivos com artistas como João de Deus, João Luiz, Cantídio José, Lello Alves, Chiquinho Maciel, Edinho do Samba, Edu Costa, Ricardo Barbieri, Beto Cavaco, Araken Álvaro, Vicente Portella, Marcelinho Ferreira, Beatriz Oliveira, entre muitos outros que a minha memória me impede agora de lembrar, foi de extrema importância para a minha formação não somente artística como humana, me proporcionando uma visão absolutamente ímpar de cultura, arte e por que não dizer, de vida.


Praça de alimentação do PREZUNIC Caxias. Terça, 14/05 às 18Hs

5.5.13

A arte itinerante de Paullo Ramos

Paullo Ramos é um artista inquieto, plural e generoso. Inquieto porque vive em constante movimento com sua arte desde sempre. Plural, porque aborda todos os sentidos do mundo e da vida. Generoso porque divide com a gente e com seus alunos o saber e o sentir artísticos acumulados em uma vida plena de fazeres e criações.
Atualmente Paullo Ramos está desenvolvendo o projeto "Arte itinerante", que leva as praças e locais públicos da cidade sua capacidade criativa.
Em poucas perguntas tentamos aqui decifrar e dividir com nossos leitores o pensamento e a ideia de criação de Paullo Ramos.


Como é esse projeto de arte itinerante?

- Um grande artista falou certa vez que “A arte tem que ir onde o povo está”, e a filosofia do atelier Arte e Fato é consolidar o projeto “Escola de Arte sem Paredes” que inicia a criança, o adolescente e o adulto no maravilhoso mundo das artes plásticas de uma forma muito livre. Então a maior propaganda é convidar o povo para conhecer o nosso atelier mostrando como e o que é feito ao vivo e em cores e em 5D 

Qual a intenção? 

- Mostrar a importância da arte como elemento interativo entre razão e emoção em nossa sociedade altamente agredida com a insensibilidade e a desumanização, de uma forma dinâmica e agradável.



Seus alunos participam do projeto? 

- O projeto trabalha o pensar coletivo e humanístico e isto torna o aluno um colaborador ativo. Mostramos também que ele é o protagonista quando fazemos exposições de suas obras ou quando ele vende. O aluno é também o nosso maior patrocinador. 


Há quanto tempo você faz arte na cidade? 

- A minha primeira participação em uma exposição “a vera” foi em 1969 no II Salão Duquecaxiense de Pintura, então são 44 anos de arte caxiense. Mas consegui fincar a bandeirinha de nossa Caxias em alguns pontos estratégicos, um do “outro lado do mundo”, em Tókio e outro no “fim do mundo”, em Ushuaia. Citei apenas os dois por serem extremos.



Como é fazer arte em uma terra embrutecida pela lógica do Deus grana?

- Por ser budista a minha base é politeísta e isto ajuda a capitalizar diversos valores, que são, humanos, afetivos, espirituais, mentais e outros que fertilizam culturalmente a minha Flor de Lótus. Mas não é fácil.



Resume um pouco a sua trajetória artística pra gente? 

- Nasci em 1950 na Rua das Laranjeira e com 8 anos mudamos para Duque de Caxias, sempre desenhando pelos cantos e ficando de castigo por ser “canhoto”, com 13 anos pintei o meu primeiro quadro à óleo (50 anos de vivências e convivências extraindo do branco as infinitas possibilidades pictóricas na tentativa de ver um mundo melhor), hoje posso afirmar sem nenhuma dúvida: Amo o que faço e sou apaixonado pela arte! Isto não foi um resumo e sim um convite para você, leitor, nos ajudar a difundir um pequeno espaço de arte em Duque de Caxias, pequeno fisicamente, mas grande em sonhos e realizações: 

Atelier Arte e Fato – Rua General Câmara 18 bairro 25 de Agosto – Duque de Caxias – (21) 2671-1758