26.12.11

Fazendo as contas da corrupção

No primeiro ano de Governo Dilma foram constatados desvios de 1,1 bilhão em 5 Ministérios, segundo O GLOBO, JB, etc. Sabe-se que ao todo as sinecuras Ministeriais são 39, o que daria, considerando 220 milhões de pilhagem por ministério, algo em torno de 9 bilhões, 580 milhões, em apenas um ano e somente na rubrica “Ministérios”.
Se desconsiderarmos todas as maracutáias envolvendo órgãos menores, como secretarias sem status, birôs de negociatas, DNIT, estatais como Correios, Petrobrás e etc, e arredondando a pilhagem para dez bilhões por ano, poderemos calcular, por baixo, que o Governo Dilma vai custar aos brasileiros, só em picaretagens do primeiro escalão, fantásticos 40 bilhões em corrupção.
Não entram nessa conta os esquemas montados nos Estados, como a ponte de 1 bilhão ou a reforma do Maracanã, também de 1 bilhão... Só nessas duas “obrinhas” o gato engorda pelo menos em 1,5 bilhões (Os outros 500 milhões fazem as duas obras tranquilamente).
Ainda faltaria contar também o teleférico superfaturado do Alemão, as casas de papelão do Minha casa, minha vida, os bolsa esmolas, bolsas mendigo e outros programas de manutenção eterna da miséria brasileira e mais uma infinidade de coisas, que, pelo tamanho do monstro, podem ser consideradas mixarias.
Por outro lado, há os esquemas internos, os oficiais, os por dentro... Aqueles que permitem a Sarney transformar o Senado em sua Disneylândia particular e multiplicam a nomeação de analfabetos aliados para cargos executivos de toda ordem, sempre brindados com salários opíparos, trinta  vezes maiores que o salário mínimo com que se brinda o Zé povinho.
Tirando isso tudo, ficam apenas as compras de materiais e as prestações de serviços contratadas pela União, sempre extremamente generosas e completamente descontroladas, envolvendo alguns bilhõezinhos consideráveis.
Nem vou falar dos cartões corporativos, dos esquemas de doações de estradas de graça, dos esquemas dos aeroportos, dos leilões de poços de petróleo... Até porque não adianta falar nada, o Brasil está anestesiado, e os brasileiros, não só permitem como também se sentem lisonjeados diante dessa roubalheira toda.
A única coisa que se pode afirmar concretamente é que, considerando a progressão geométrica, em breve – muito em breve – a capacidade de arrecadação do Brasil ficará aquém da gula petista. O Estado brasileiro será menor que a sanha corruptiva dos governantes e, fatalmente, entrará em colapso.
Os petistas, é claro, tentarão aumentar os impostos, mas não haverá mais capacidade de pagamento por parte de uma sociedade que já paga os maiores impostos do mundo. Então, quando tudo começar a ruir, o PT sairá às ruas, desesperado, procurando alguém em quem botar a culpa. Apontarão seus dedos podres para governos passados, de 20, 30, 40, 50 anos atrás; farão discursos delirantes defendendo teses subliminares para explicar a culpabilidade alheia... Mas nada disso adiantará nada. Seremos então uma nação de proporções africanas, uma imensa Angola em plena América do sul. Nosso povo se dividirá entre famélicos e guerrilheiros urbanos, pois, mesmo em cenário apocalíptico, eles quererão manter o poder.
Todos nós saberemos, na ponta da língua, o nome dos responsáveis. Mas este será um consolo vão. Não seremos mais nada. Nem nação, nem povo. Seremos apenas uma massa amorfa que servirá de exemplo para as sociedades futuras do que pode vir a acontecer com um grande País quando mergulhado, por anos a fio, no putrefeito caldo da corrupção.

Vicente Portella
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20.12.11

Incêndio em Caxias

O Fogo consumiu o depósito de uma loja de espumas e artigos de plástico e borracha na Rua José Veríssimo, próximo a esquina com Professor Henrique Gomes. As imagens são impressionantes e foram registradas por um profissional da Cedae, Carlos Alberto Black, que estava no local para dar apoio aos Bombeiros fornecendo caminhões pipa.

13.10.11

Um governo de punguistas

A reação às marchas contra a corrupção que vem ocorrendo a cada feriado, sempre mais encorpadas - embora ainda incipientes - revelou uma face escamoteada do Governo Brasileiro, a de punguista.
Como os antigos “trombadinhas”, que roubavam a carteira das vítimas e saiam gritando “pega ladrão”, para confundir as pessoas ao redor da cena do crime, os partidos alugados ao Governo espalharam pelas redes sociais centenas de empregados com a tarefa de desqualificar a reação popular. Chegam a comparar a indignação atual com as marchas da família com Deus pela propriedade, ocorridas nos anos 60 e que serviram de embrião para o Golpe de 64, que colocou a turma do Sarney no poder... Essa turma se mantém até hoje.
Nada pode ser mais desonesto do que tentar confundir a população para perpetuar a roubalheira. Nada.
O governo tenta na verdade criar uma cortina de fumaça, desqualificando qualquer ação que não venha para abonar a desfaçatez com que essa gente trata a coisa pública. Até mesmo o velho discurso direita/ esquerda foi ressuscitado pelos oficie boys do poder na internet, como se Sarney, Collor, Renan e demais aliados do PT fossem de “esquerda”. Agem como se fossem sérios e honestos, mas não são. Na verdade são apenas claques pagas com dinheiro público para defender sua boquinha a qualquer preço.
Diante de uma situação em que as instituições – sindicatos, associações, UNE, ABI, OAB etc – renderam-se as benesses patrocinadas pelas algibeiras governamentais e a população carente, coitada, passou a ser controladas com assistencialismos oficiais, a sociedade como um todo se sente completamente órfã, desamparada, carente de representatividade, e assim não restou outra alternativa à classe média que não fosse reagir nas ruas, gritar sua indignação e denunciar a roubalheira.
A coisa pode até ser mal organizada, despolitizada e feita na base da combustão espontânea, mas é legítima. Qualquer cidadão tem o direito de se recusar a ser roubado. E se o movimento é liderado pela classe média, isso se dá pelo fato de esta ser a única camada da sociedade que ainda não foi comprada pelo poder estabelecido. Na verdade, aliais, trata-se da parcela da população que mais vem sendo pisoteada, pois tem recebido, na prática, a tarefa inglória de pagar as contas da corrupção.
Em suma, o País vem sendo assaltado diariamente e o povo não tem condições de reagir. Os líderes de ontem, que resistiram à ditadura, não cumprem mais este papel, uma vez que a aproximação com o poder dissipou-lhes a dignidade intelectual e anulou em seus corações a capacidade de indignação. Todos são atualmente muito bem pagos e numa conta de chegada, pesando custos e benefícios, coisa que anda tão em voga na política brasileira, optam pela mudez absoluta mesmo diante do caos.
Isso quando não aderem a desfaçatez e advogam publicamente a roubalheira.

Você pode

Você pode construir o seu próprio destino, andar com suas próprias pernas e pensar com sua própria cabeça. 
Você pode se negar a aceitar a corrupção e a ganância dos governantes. 
Você pode atuar para que os seus filhos, os filhos dos seus vizinhos, dos seus amigos e até mesmo os filhos daquelas pessoas que você nem conhece, tenham um futuro digno, com educação em tempo integral, saúde, saneamento, habitação e direito a felicidade. 
Você pode de agir pelo bem estar social da sua comunidade, do seu bairro, da sua cidade, do seu Estado e do seu País. 
Você pode lutar contra as injustiças e contra os interesses mesquinhos dos donos do poder. 
Você pode usar o seu voto como uma arma em sua própria defesa. 
Você pode escolher o melhor candidato; aquele que tem histórico de lutas, qualificação pessoal e política e, acima de tudo, compromisso com você enquanto cidadão, ou cidadã, e enquanto povo. 
Você pode. Você é senhor da sua vontade. Você tem o poder de mudar o mundo. 

Então, mude...


OBS: Escrevi este texto para a campanha de um amigo em 2010. Achei ele hoje no meu arquivo e resolvi publicar aqui, até porque continuo acreditando em cada palavra.

9.9.11

Resgatando a classe média

Talvez o Brasil seja o único País do mundo em que a realidade é obrigada a se adaptar aos conceitos do Governo, e o mais curioso é que o PIG ( Partido da imprensa Governista ) adere a farsa e trata a ficção como fato inquestionável.
Na história recente do Brasil, dos anos 80 pra cá, mais especificamente, a classe média foi massacrada. Foi ela quem pagou, e muito caro, por todos os desmandos políticos, administrativos e econômicos, sendo quase   aniquilada. Com a recuperação econômica, no entanto, ocorrida nos anos 90 e atualmente consolidada, a Classe média começou a se recuperar. Mas só em termos.
Qualquer estudante de ensino médio sabe a importância da Classe média para o desenvolvimento de uma nação. É dela que saem os profissionais qualificados que vão formular e planejar o futuro, serão os médicos, advogados, engenheiros, agentes culturais, enfim, ela fornece às sociedades seus componentes básicos. Mas no Brasil a coisa é diferente... Graças aquele velho complexo de vira latas, ao qual se referia Nelson Rodrigues, a Classe média, aqui, é tratada como inimiga, como adversária, como um obstáculo à perpetuação da ignorância no poder. Faz-se de tudo para menosprezar-la. Até os indicadores foram mudados, ampliando conceito, na tentativa de inventar uma sociedade sem povo, nivelando todos ao nível de Classe média.
Não importa se não há formação nem condições sociais compatíveis, o fato é que quase todos foram, por decreto,  promovidos a Classe média... E esta, é claro, foi reduzida à uma vala comum sem direito a opinião, participação ou amor próprio. Os anos de estudos, a qualificação, a capacidade intelectual, tudo perdeu o sentido no cenário em que basta ser "militante", loura do tcham ou surfistinha para alcançar a realização profissional. Fica a pergunta no ar: Como resgatar a auto estima da Classe média em uma sociedade que aniquila seus talentos; onde a "esperteza" é mais importante que a qualificação?
Recentemente a classe média começou a reagir, principalmente nesta semana, com as Marchas contra a corrupção que assola o País. Bastou isso para ser tratada mais uma vez como inimiga pública. Portais governistas na internet desqualificaram as pessoas que participaram das marchas, taxando-as de todos os termos pejorativos disponíveis. É como se gritassem em alto e bom som: Roubamos o dinheiro de vocês quando bem entendemos, gastamos tudo com cachaça, se quisermos, e vocês têm que ficar quietinhos, pois somos nós quem mandamos nessa joça...
Na verdade a Classe média precisa mesmo reagir, precisa sair desse estado de sedação plena e retomar seu papel na história, por que isso seria muito bom para o Brasil. Não se pode restringir uma nação ao conceito do "Nós vai, nós foi"; não se pode nivelar o pensamento por baixo... por isso a Classe média é tão importante. 
Na verdade, todas as ações que pretendem abafar o grito da Classe média, extirpando sua participação na sociedade, vem da certeza de que é ela o referencial maior do povo brasileiro. Pra onde a Classe média for, o povo vai. Daí o medo que se tem dela.
As marchas contra a corrupção foram certamente um bom começo, mas a classe média não pode abaixar a cabeça. Pelo contrário, precisa ter orgulho de sua capacidade de mobilização e tomar, cada vez mais, as ruas. Talvez, como diz o outro, "Nunca antes na história" o Brasil tenha precisado tanto da Classe média, seja como depositária da capacidade técnica, profissional e intelectual do Brasil, seja como referencial de reação ao mandonismo desqualificado.

7.9.11

REDOMA (Bruno Kohl) Intérprete:Mikaela

Musicá belíssima. Recebi por Twitter e estou espalhando pelo planeta. Vale a pena ouvir. É raro encontrar uma turma nova fazendo arte de verdade... Maravilha.

22.8.11

NeoPDT - Querem destruir o partido de Brizola - Militantes históricos reagem

Uma guerra interna sem precedentes está expondo o grau de metástase em que se encontra o histórico partido de Leonel Brizola. Criado no exílio, em 1979, pelo grande líder trabalhista para enfrentar a ditadura militar, militantes históricos consideram que o partido amarga atualmente a condição de mero coadjuvante em um governo marcado pela corrupção e pelos escândalos.
No sul, a neta de Brizola, Juliana, vem enfrentando de maneira aguerrida os dirigentes que apequenam a legenda. No Rio de janeiro, palco da grande atuação de Brizola em seus últimos anos de vida, dirigentes se indignam com os rumos fisiológicos adotados pelo partido, inclusive com filiações de elementos historicamente desqualificados. No caso de São João de Meriti, por exemplo, o Ex Deputado Carlos Correia luta contra a filação do atual Prefeito, Sandro Matos, expulso do PR - Partido da República, por infidelidade partidária.
Leia abaixo a integra do documento enviado por Carlos Correia à executiva Nacional do PDT:


" Ao Senhor Presidente Nacional do PDT, em exercício, Dep. André Figueiredo.

  
O Partido Democrático Trabalhista – PDT do Município de São João de Meriti/RJ, por seu presidente, vem, na forma do Estatuto Partidário e, da legislação eleitoral Partidária,expor e requerer:

Preliminarmente pede vênia por encaminhar o presente a essa Executiva Nacional, para prevenir direitos e contestações, face a situação jurídica que se encontra à Direção Estadual do PDT/RJ diante de uma decisão judicial que, “data vênia”, se choca com a Lei Orgânica dos Partidos Políticos e, cuja questão já está sendo tratada por essa Direção Nacional, para que seja restabelecida  à normalidade partidária no Estado.

1)     Que no dia de hoje, 10 de agosto de 2011, tomou ciência através de expediente da presidência regional, que houve uma reunião no dia 05 de julho de 2011 da Comissão Permanente Nacional do PDT, na qual dentre outras deliberações, foi aprovado o pedido de filiação ao PDT do Prefeito de São João de Meriti, Sandro Matos.

2)     Ocorre que o ato praticado pela Comissão Permanente Nacional, precedeu ao da filiação partidária que ainda não ocorreu conforme o rito e os prazos previstos no artigo 4º do Estatuto.
O pedido em tela deveria conter informações da Direção Estadual e ser examinado pela Executiva Nacional o que não ocorreu na forma do preceituado no § 9º do artigo 4º do Estatuto.

3)     O Prefeito Sandro Matos, na data da reunião: 05 de julho de 2011 estava filiado ao PR – Partido da República, como se comprova através de certidão expedida pelo Tribunal Superior Eleitoral TSE, (cópia anexa). É ético e legal acolher um pedido de filiação com o eleitor filiado a outro partido? (Anexo nº1)

4)    
Ademais, com o fito de instruir e complementar as informações que deverão ser enviadas a essa Executiva Nacional do PDT, para quando, se efetivada a filiação sob exame se, proceder ou não a homologação da mesma, encaminho em anexo um relatório preliminar do pretendente à filiação, Sandro Matos, que cuja atitude política, em tese, fere um dos objetivos do PDT, consagrados no § 1º do artigo 1º do Estatuto, que é o de: “defender a dignidade da função pública, sob a inspiração da moral e da ética, com o objetivo de servir ao cidadão e prestigiar o servidor”. (Anexo nº2)

5)     Cumpre-me acrescentar ainda, sem exame do mérito da filiação, à título de informação junto a essa direção nacional, que o pretendente, SANDRO MATOS, no exercício do cargo de Prefeito, que obteve graças à participação decisiva do Partido através de sua história, das lideranças e da participação ativa do Ministro Carlos Lupi, no processo eleitoral, vem praticando notória e ostensiva hostilidade à legenda e atitudes incompatíveis, com convivência com militantes, dirigentes e lideranças partidárias.
Acrescente-se, também, que a hostilidade e convivência incompatível do candidato à filiação, (Sandro Matos) com os dirigentes e lideranças partidárias atingem ao Vice-Prefeito do PDT e Secretário Geral do Partido no Estado; o Deputado Estadual do PDT, Bruno Correia, além de militantes, dirigentes e lideranças partidárias que foram sumariamente demitidos, sem motivação pelo Prefeito.
Por fim informa que o pretendente à filiação Sandro Matos, de 2000 a 2011 já pertenceu a seis (06) partidos políticos e, o último o PR, consta ter sido expulso por infidelidade partidária.
Pelo exposto, REQUER:
1º - Que à Comissão Executiva Nacional reconsidere à decisão proferida pela Comissão Permanente da Executiva Nacional na reunião realizada no dia 05 de julho de 2011, na questão que aprova o pedido de filiação do prefeito Sandro Matos ao PDT no Município de São João de Meriti, por preterição de formalidades essenciais previstas no Estatuto Partidário.
2º - Que, o exame, discussão e votação do pedido de filiação pela Direção Nacional competente, só ocorra após à manifestação do Diretório Municipal de São João de Meriti/RJ e, com às informações da Direção Estadual, na forma do § 9º do artigo 4º do Estatuto.

3º - Que, na reunião deliberativa dessa Direção Nacional que seja assegurado ao Diretório Municipal de São João de Meriti/RJ o direito de plena defesa e do contraditório.
4º - Que, essa Executiva Nacional, ao reconsiderar a decisão citada no item 1º, suspenda o ato programado para o dia 13 de agosto de 2011, com a Direção Nacional.

5º - Que, o Diretório Municipal de São João de Meriti/RJ, seja assegurado a sua prerrogativa estatutária e legal, em especial do Art. 4º (caput) e seus parágrafos 1º; 2º; 3º; 4º; 5º; 6º; 8º; 9º; 10º e 11º §3º Art. 16; Art. 33, e seus parágrafos; Art.34; 35; 36, dentre outros do Estatuto Partidário, e, Lei 9.096, de 19/02/1995, Arts. 16 a 22; Resolução TSE nº 19406/95, Arts. 33 a 40, dentre outros dispositivos da legislação eleitoral partidária, para apreciar o pedido e à filiação do pretendente Sandro Matos.
RJ, São João de Meriti, em 10 de agosto de 2011.

Carlos Correia
Presidente do Partido Democrático Trabalhista – PDT do Município de São João de Meriti – RJ.
Secretário Geral do PDT/RJ

Cópias enviadas:
a)     Ministro Carlos Lupi, presidente licenciado do PDT.
b)     Presidente, em exercício do PDT/Nacional.
c)     Secretário Nacional do PDT.
d)     Membros do Colegiado da Executiva Nacional do PDT.
e)     Senadores do PDT.
f)       Deputados Federais do PDT.
g)     Deputados Estaduais do PDT/RJ.
h)     Diretórios Estaduais do PDT no Brasil.
i)       Prefeitos eleitos do PDT/RJ.
j)        Vice-Prefeitos eleitos do PDT/RJ.
k)     Vereadores eleitos do PDT/RJ.
l)        Membros do Diretório Estadual do PDT/RJ.
m)   Diretórios Municipais do PDT/RJ.
n)     Movimentos Partidários PDT. "

Além deste documento, o ex Deputado e dirigente do PDT em São João de Meriti encaminhou à direção partidária um dossiê completo sobre as atividades do atual Prefeito da cidade, filiado irregularmente à legenda. Em próximas postagens publicaremos tais documentos, usados pela militância histórica para questionar a adesão de Sandro Matos feita à sua revelia. 

18.8.11

Uma paixão vendida à granel


O que você faria se descobrisse que sua paixão foi negociada, vendida, torrada na bacia das almas? Se revoltaria? Ficaria indignado/indignada? Lutaria contra um comportamento tão sórdido assim? Defenderia a pureza de sua paixão, de seu amor? Pois é... Os brasileiros deveriam se sentir assim em relação ao futebol.
Todos os dias esta paixão nacional é vilipendiada, tratada como mera mercadoria em benefício de alguns poucos. É como se um grupo de pessoas guardassem preciosas informações sobre quem ama quem, sobre quem é apaixonado por quem, e sequestrasse as pessoas amadas para exigir resgate em dinheiro para cada encontro entre os amantes.
Quando se trata de política, nação, pátria e valores similares a gente sabe que o brasileiro, infelizmente, é desapegado. Aliás, mais que isso, o brasileiro é permissivo e justamente por isso vivemos nestas condições sociais que todos conhecemos, com padrões de idade média. Qualquer governante pode dilapidar o patrimônio nacional diariamente que nosso povo nem liga.Os fatos comprovam isso. Mas com o futebol, que saiu da raia do esporte faz muito tempo, para entrar na esfera da paixão, a coisa deveria ser diferente.
Ricardo Teixeira, o homem de ouro do futebol brasileiro, construiu um império fantástico manipulando a paixão de um povo inteiro; vendendo jogos da seleção, aniquilando carreiras de jogadores e técnicos brilhantes e criando mitos com pés de barro. Este homem, mais que ninguém, transformou a arte do futebol em podres negociatas de bastidores e graças à isso os sonhos do País do futebol vão à cada dia se transformando em pesadelos colossais.
Ao mesmo tempo em que cobra 10, 20, 30 milhões de um governante corrupto para sediar um jogo da seleção em uma cidade qualquer - E este dinheiro acaba invariavelmente em sua conta, segundo a própria imprensa que o protege - Ricardo Teixeira destrói a estrutura do futebol, nomeando técnicos limitados e transformando em ação lucrativa até mesmo uma simples convocação de jogadores, previamente negociando valores com empresários e apoiadores na mídia.
Resumindo a ópera, Ricardo Teixeira é o homem que faz com que a paixão nacional apodreça. Que transforma sentimentos nobres em dejetos, que faz do amor de um povo uma mera mercadoria, enfim, é um negocista da paixão.
Gente assim não merece respeito, nem poder, mas, infelizmente, goza de ambos.
O fato, no entanto, é que só teremos nosso futebol de volta, para podermos exercer nossa paixão, quando este senhor for defenestrado da CBF junto com todos os seus comparsas. Até lá, torçamos para que os briosos, porém limitados, jogadores de GANA não nos atropelem.

5.8.11

Do que é feito o Brasil?

Alguém já disse, não lembro quem, que o Brasil não é um país, é uma paisagem...E de certa forma isso é verdade. Se a gente for levar em conta o que é considerado importante para a maioria dos brasileiros, pode-se dizer que não há nada, realmente, que justifique nossa existência enquanto nação. Nossos valores são completamente distorcidos e, sinceramente, tenho a impressão que o brasileiro não se sente responsável por coisa alguma que se mova ( ou não ) sobre a face da terra.
Somos um povo que ri da própria desgraça; que considera esperto quem nos rouba; que não liga para as mazelas do dia à dia. Nenhum povo na face da terra assume para si de forma tão grotesca a máxima do "pão e circo"... Chega a ser constrangedor isso.
Se algum jornalista sair às ruas disposto a fazer uma matéria sobre a importância que o brasileiro dá às coisas, provavelmente ficará chocado com a graduação das prioridades das pessoas. Coisas como futebol, carnaval, e novela tem mais peso na vida da nossa gente do que educação, cultura ou qualquer outro valor que gere evolução. O brasileiro na verdade é estático, inerte, incapaz de reagir em sua própria defesa diante de uma possível agressão.
Mas cobra... Não dos governantes, mas de quem está ao lado, uma posição diante das vicissitudes. Adotamos de bom grado a política do "o inferno são os outros".
Sociologicamente a sociedade brasileira é inexplicável, pelo menos sob o ponto de vista do comportamento. Talvez pela influência da televisão, que em nenhum outro lugar do mundo tem tanto peso na formação da personalidade quanto aqui, desenvolvemos uma cultura de que a distância tudo é permitido. Se alguém rouba em Brasília, tudo bem... Mas se um ladrão é pego nas ruas, defende-se o linchamento ( lei de Lynch é o assassinato de um indivíduo, geralmente por uma multidão, sem procedimento judiciário legal e em detrimento dos direitos básicos de todo cidadão). Tudo parece contraditório, estranho, inconcebível... Mas é assim que funciona.
A coisa é tão estapafúrdia que até as referências culturais do país - artistas, intelectuais, etc - alguns inclusive glorificados pela resistência contra a ditadura militar, defendem, quando interessa, a corrupção. Não dá para entender o fato de grandes artistas considerarem a roubalheira governamental, por exemplo, algo natural, só porque têm seus trabalhos patrocinados por quem rouba. Se um assaltante comum dissesse em entrevista, dessas em que o bandido aparece algemado e cercado de policiais, que roubar pessoas é uma coisa normal, certamente seria execrado e tido como péssimo exemplo... Mas nossos artistas já chegaram a defender a tese de que "governar é meter a mão na merda"... Tudo por dinheiro.
Sinceramente, sou um cidadão que tem muita dificuldade de compreender seu próprio povo. Não consigo me adequar e adotar para mim este comportamento que não é nem contemplativo, nem participativo, mas apenas nulo diante da vida. Não consigo entender o porque de tantas pessoas se recusarem à construir seu próprio futuro, a serem senhores do seu destino. Tendo a considerar que se trata de formação e informação, mas pode ser que não seja nada disso. Vai ver me sinto assim só por não conseguir explicar a minha própria incompetência para mudar alguma coisa. Talvez seja isso.

29.7.11

No país do banditismo

Parece coisa kafkiana, mas eu não me surpreenderia se o Brasil começasse a prender cidadãos que não cometessem crimes. Funcionaria mais ou menos assim: a polícia investiga a vida do cara, se não houver nenhum registro de comportamento criminoso, ele vai preso como suspeito. A justificativa seria a de que em um país como o nosso é impossível que alguém seja inocente, e, caso pareça honesto, ao contrário da mulher de Cesar, vai em cana pra deixar de ser otário.
Com base na realidade brasileira isso não seria nenhum absurdo. No país em que Estado e Município do Rio de janeiro entram com 15 milhões cada um para patrocinar um sorteio pra Copa, ser honesto fica mesmo parecendo crime. E não é só isso... A reforma do maracanã vai custar mais de 1 bi e todo mundo acha normal, os esquemas de grana pública no PAC são escandalosos e o Governo Federal ainda se da ao luxo de jogar alguns aliados aos leões só para bancar gente mais "afinada" com a Presidenta no Ministério dos transportes. É ou não é o caos moral? E vejam bem, estamos falando só de 2011.
O fato é que o cidadão, hoje, é um ser naturalmente considerado de segunda categoria. Depois de defender a revisão da Bíblia, não duvido nada que Lula percorra o Brasil tentando mudar a constituição para apenas um artigo, que seria o seguinte: Cabe ao cidadão pagar as contas e ficar de bico caladinho.
Na prática estaríamos pelo menos abrindo mão da hipocrisia e legalizando a corrupção de uma vez por todas.
Uma ação assim mudaria a vida de muita gente boa, com certeza. Ricardo Teixeira, por exemplo, se mudaria para o Brasil ao invés de vir a terrinha apenas esporadicamente para recolher a féria. E o nosso congresso? Este, então, ficaria feliz da vida. Já pensou a trabalheira que deve ser para nossos Deputados correr o Brasil comprando bilhetes premiados para justificar fortunas?
Haveria também mudanças no paradigma econômico e a DELTA engenharia se tornaria a empresa mais importante do Brasil. As agência de publicidade talvez fossem a pique completamente, afinal, com a corrupção legalizada não seria mais necessário mascarar repasses de dinheiro público para a imprensa. Pelo contrario, os contratos poderiam ser claríssimos, estabelecendo preços específicos para a defesa de governantes corruptos com diferenciação entre a veiculação nacional e a regional.
Outro fator importante seria o fim destes loucos que, como eu, povoam a internet com denúncias de pilhagem do dinheiro público... Simplesmente passaria a ser verdadeiro o discurso hipócrita de alguns políticos que dizem, na maior cara de pau do mundo, que a ação consumada estaria rigorosamente dentro da legalidade.
Seríamos, então, o país do banditismo, referencia fundamental para a escória mundial. Tanto Césare Battisti quanto este outro psicopata, o que assassinou pessoas na Noruega, teriam bustos em nossas praças públicas. Fernandinho Beira Mar seria transformado em embaixador do jeito de governar brasileiro e percorreria o planeta, com as contas pagas por nós, para convidar "investidores" do mundo inteiro para se estabelecer aqui.
Não duvido que isso tudo aconteça, pelo contrário. Tenho um medo real de que ocorra em breve. Em todo caso, já estou preparado para pedir asilo político ao Uruguai.Lá, pelo menos, eles sabem jogar bola... né?

27.7.11

O drama de Obama

O presidente americano está longe de ser esquerdista, mas os psicopatas republicanos o odeiam, muito provavelmente por ser negro. Nada atormenta mais aquela turma liderada pelo Texas do que ter perdido a eleição para Obama, por isso sentem a necessidade patológica de uma vingança que pode alterar a correlação de forças econômicas mundiais, colocando, inclusive, os próprios EUA em risco iminente. 
Donos da maior economia do planeta, é claro, os americanos tem também a maior dívida pública. Seus títulos são adquiridos no mundo inteiro exatamente pela segurança que se tem em liquida-los à qualquer momento. A economia americana é feita disso e a mundial também.
Historicamente os EUA usam o aumento da capacidade de endividamento, que depende da aprovação do congresso, para manter este ciclo de sua economia. Só no governo Reagan, segundo consta, esse teto da dívida americana foi aumentado, com aprovação do congresso, 18 vezes.
Na era Bush houve um aumento astronômico da dívida americana provocado tanto pelas várias guerras em que Bushinho se meteu, quanto pela diminuição dos impostos para os mais ricos;  melhor dizendo, milionários.  Os acordos entre democratas e republicanos sempre ocorreram, no que se refere ao teto da dívida, por uma questão muito simples: interesse mútuo. Independente de estarem na situação ou na oposição ocasionalmente, nenhum dos dois partidos trabalhou anteriormente com a hipótese de detonar a economia do planeta por contas de suas mazelas domiciliares, até porque o principal derrotado em um cenário destes seria os próprios EUA.
Agora, no entanto, parece que a coisa mudou. A extrema direita americana quer, porque quer, se vingar de Obama, mesmo que para isso seja necessário inviabilizar o seu próprio País e levar o mundo a bancarrota. 
A moratória da dívida americana representa isso, independente de qualquer conotação ideológica que se queira dar aos eventos.
A economia mundial seria vítima de um efeito cascata, pois, estando espalhados pelo mundo inteiro, os títulos do tesouro americano se desvalorizariam, virariam pó na mão dos credores, arrastando o mundo para o caos absoluto de uma hora para a outra. O Brasil, inclusive, detentor de muitos destes títulos, veria-os virar fumaça.
Não conheço os mecanismos da legislação americana, mas fico me perguntando se não há instrumentos legais disponíveis ao Presidente americano para convocar sua sociedade para impedir a chantagem de parte do parlamento. Será possível que a nação que lidera o mundo desde o fim da segunda guerra mundial vai ficar de joelhos, refém das circunstancias?
O que mais me assusta é que ações extremistas estão na moda atualmente, não apenas no mundo islãmico, como é de praxe, mas também em países tranquilos, como a Noruega, e até no Brasil, que deu casa, comida e roupa lavada à Césare Battisti , um sectário estrangeiro.
Só me resta uma reflexão: Se a coisa continuar assim vou começar a considerar aquele papo de 2012. Pode ser que o mundo, pelo menos do jeito que nós o conhecemos, esteja mesmo acabando.

25.7.11

Tortura e cárcere privado em plena Caxias

Sabe aquela piada do cara que perde a hora no motel com a amante e liga desesperado pra esposa de manhã falando pra ela não pagar o resgate pois ele conseguiu fugir? Pois é, me sinto meio assim hoje. Vivi os últimos três dias me sentindo encarcerado e torturado. Eu explico:
Apesar de não estarmos ainda em ano eleitoral, resolveram fazer uma festa no meu Bairro em "homenagem" ao Presidente da Câmara de Duque de Caxias, Vereador Mazinho, candidato à Prefeito( Que pode até nem saber disto). Excetuando a questão da campanha antecipada, tudo bem. Até porque eu não sendo da justiça eleitoral, não tenho nada a ver com isso. O problema é que os "atores" da tal festa, os personagens principais, foram importados direto da Mangueirinha, uma favela que tem aqui perto, núcleo de poder do tráfico... Este pequeno detalhe, combinado com o funk ouvido no último volume de poderosíssimas caixas de som, deram um tom, digamos assim, especial, à tal festa.
A tortura, como se sabe, é crime inafiançável e imprescritível, mas fui submetido à ela por três dias, eu e outros tantos moradores que foram obrigados à experimentar a agonia à todo volume por todo esse tempo. Não bastasse a tortura do Funk, fomos brindados também com vários discursos na madrugada em louvor ao Comando vermelho e ao Presidente da Câmara, resumindo a dramaticidade da tortura que sofremos...
Agora eu pergunto: que cidadão de bem é louco o suficiente para sair nas ruas diante de uma manifestação deste nível? Pois é, fiquei trancado dentro de casa, em cárcere privado, assim como tive que manter trancados filhos e sobrinhos. É obvio que numa situação assim tiroteios se tornam iminentes, como aliás, pôde ser fartamente ouvido.
O curioso é que toda essa manifestação ocorreu à cerca de 3 ou 4 quilômetros do centro da cidade de Duque de Caxias, o que prova que não são apenas as áreas mais afastadas que estão dominadas pelo mal. O perigo, na verdade, mora aqui...E em vários outros lugares da cidade, do Estado e do País. Vivemos em estado permanente de calamidade pública. Quem deveria estar na cadeia, está no poder...E não me refiro apenas aos traficantes, mas, principalmente, aos governantes.

21.7.11

FNT -Torcedores contra a corrupção

Muito legal essa ideia de formar uma Frente Nacional de Torcedores. A gente sabe muito bem que o futebol brasileiro é controlado por uma máfia. Ricardo Teixeira e cia se aproveitam da paixão do nosso povo pelo futebol para ganhar rios de dinheiro alavancando as mais variadas modalidades de corrupção. A coisa chegou à tal nível de gravidade que até o Maracanã, monumento do futebol mundial tombado como patrimônio histórico e cultural, está sendo destruído por um esquema financeiro que tenta nos convencer que uma reforma de estádio custa mais de 1 bilhão. Sendo assim, é bom que as pessoas reajam. Toda a fortuna manipulada no futebol vem do torcedor que compra jornal e paga ingresso para curtir seu time preferido. Ele, o torcedor, é legítimo para questionar todas as maracutaias. 
Reproduzimos abaixo a chamada da FNT - http://www.frentedostorcedores.com.br - convidando todo mundo para a audiência pública sobre a roubalheira e a descaracterização do Maracanã.
Tomara que este seja o embrião de uma grande reação para a gente retomar o Brasil para os brasileiros. Torcedores são também cidadãos e quem luta pelo esporte também pode lutar pelo País. Torcemos para que a ação se espalhe pelo Brasil e acenda a chama da indignação no peito de cada brasileiro. Evoé.

Frente Nacional dos Torcedores
Nada está perdido! A Frente nacional dos Torcedores conseguiu marcar com o Procurador do Ministério Público Federal (MPF), Dr. Maurício Andreiuolo uma Audiência Pública sobre o Maracanã.

A mutilação do bem tombado, o estupro do maior estádio do mundo, são atos que não podem ficar impunes!
Embargar a obra é possível. Existe base legal para isso. No entanto, é preciso mobilizar a sociedade, é necessário convocar toda a galera para invadir o auditório do MPF e mostrar a força da luta pela preservação do Estádio Mário Filho – Maracanã!

Para que você nunca deixe de cantar que “Domingo irá ao Maracanã, torcer para o time que você é fã”, para que o Maraca volte a ser do povo, para que a cobertura não seja derrubada, para que futuramente a Geral volte a existir, enfim, é mais do que necessária sua presença na Audiência Pública. É preciso mais que isso, é preciso convocar amigos, familiares, irmãos de arquibancada, é preciso lotar as galerias do Ministério Público Federal!

É indispensável dar sustentação política forte, com a presença de bastante gente, para que o Procurador possa agir juridicamente, para que o processo seja vitorioso, para que o Maracanã volte a ser do povo!

NADA ESTÁ PERDIDO! A FRENTE LUTA PELO TORCEDOR! AHA-UHU O MARACANÃ SEMPRE SERÁ NOSSO! SEMPRE SERÁ DO POVO! VAMOS VENCER! MAS, PRA ISSO, o Maraca PRECISA DE VOCÊ!

SALVAR O MARACANÃ FAZ PARTE DO PROCESSO DE SALVAR O FUTEBOL DA CORRUPÇÃO E ROUBALHEIRA!

COMPAREÇA DIA 28 DE JULHO (QUINTA) ÀS 14HS NO AUDITÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (AVENIDA NILO PEÇANHA, 31, CENTRO DO RIO DE JANEIRO)! COMPAREÇA E CONVOQUE QUEM PUDER!

19.7.11

Pelo voto facultativo...

O tema mais badalado pela mídia e pelo congresso nos últimos tempos é a "Reforma política". Não é a 1° vez que isso ocorre. Na constituição e na época do passa fora no Collor também debateram isso, mas a verdade é que tudo não passa de um grande engôdo. Não há a menor possibilidade de se fazer reforma política no Brasil em consequência da péssima qualidade do nosso material humano. Somos governados e representados por gente que vende até a mãe na bacia das almas sem qualquer constrangimento, sendo que,  alguns, piores ainda, vendem e não entregam a mercadoria. O fato é que pelo menos 80% dos nossos políticos não vale o ar que respira. Para eles a reforma política seriam apenas uma bela oportunidade de vender apoios e trocar favores durante o processo.
Por outro lado, quase tudo que se fala da tal reforma é bobagem. Quase todos os artigos que tratam do assunto abordam pontos de vista restritos, defendendo o interesse de um ou outro grupamento político ou financeiro. Se fosse à vera, o debate de Reforma política começaria pelo voto facultativo, já que o voto obrigatório é o grande alicerce da tragédia política brasileira.
Vivemos uma situação dramaticamente surrealista em relação ao voto, pois, mesmo que tenhamos plena convicção de que nenhum pilantra merece nosso voto, somos obrigados a votar. Isso ocorre entre os cidadãos mais escolarizados, mas entre os eleitores das camadas populares é pior ainda. Mesmo aquele cidadão que não acompanha nada de política devido a necessidade de sobreviver é obrigado a comparecer às urnas e escolher alguns, entre os tantos joões que lhe gritam aos ouvidos no horário eleitoral, e dar o seu voto. É dessa obrigação que nasce a fraude, a compra de votos e o cabresto. É nesta simples picaretagem, que transforma direito em dever para saciar a fome das oligarquias, que reside a desgraça da nossa sociedade.
Na verdade uma sociedade só evolui em liberdade. Ninguém pode ser obrigado a legitimar o poder exercido por parasitas e ladravazes. Exatamente por isso hibernamos no atraso. O cidadão precisa se sentir comprometido com algo, não obrigado. A obrigação, quando se trata de direitos, é compatível apenas com a ditadura.
Um homem livre pode formular soluções para todas ás áreas, pois sente-se parte integrante de um todo. Um escravo, não. O escravo não faz nada além de sua obrigação, pois traz consigo um eterno sentimento de frustração e covardia diante do arbítrio.
Sou um homem livre e de bons costumes, por isso defendo o voto facultativo e creio que este seria um grande passo para transformar o Brasil em uma nação de verdade. Isso sim, seria uma bela reforma política.

18.7.11

Hobin Hood e a pátria do "Tá bão assim mesmo..."

Quando a industria cultural inventou a tal da loira do tchan, muitas piadas rolaram na internet e pela imprensa em geral. Se não me enganou foi o Xexéo, no Globo, que chegou a ironizar a coisa, falando com bom humor que as filhas da classe média não sonhavam mais em estudar e sim em ser loira ou morena no tchan. Pois bem, a coisa aconteceu....
O Brasil adotou oficialmente como política de desenvolvimento a estratégia do "Tá bão assim mesmo..." Não há mais referências, nem modelos, nem direção a ser seguida e muito menos objetivos a serem alcançados.Nada. Somos um País governado pela combustão espontânea...
Tenho a impressão que nossos governantes reúnem seus cambonos em uma sala, dão alguns esporros para mostrar quem manda,  e finalmente perguntam como estão as coisas... Diante de qualquer resposta que seja, decretam: Então tá bão.
Vejam bem, não há qualquer má vontade no que eu digo. São os fatos. E nada nos agride mais atualmente que os fatos.
A Coisa começou com a chamada vista grossa. As pessoas inadequadas, despreparadas e descompromissadas iam tomando o poder em escalões menores e a gente fingia que não via..
- A questão é política... Sempre dizia alguém enquanto os beócios menores iam tomando assento, primeiro nos espaços das pontas, depois, no meio... e, agora, toda a máquina pública está infestada de parasitas e ninguém pode fazer nada. Parece até aquele poema do Martin Noemöller: " No quarto dia, vieram e me levaram. Já não havia ninguém para reclamar..."
O resultado direto desta tomada do poder pela displicência e pelo descompromisso é que o Estado já nem mais se preocupa em cumprir a sua obrigação (exceto no que se refere à impostos, é claro). Não é apenas a educação que, controlada por boçais, deseduca... É tudo. A saúde e a segurança. são de lata; A estrutgura dos transportes é uma industria de rapinagem, de assalto ao dinheiro público; Os mosquitos dominam as cidades; Os parques públicos se transformaram em depósitos de drogados, até mesmo coisas básicas, como abastecimento de água, estão sempre na iminência de um clapso...enfim, tudo se deteriora á olhos vistos.
Há dinheiro aos borbotões para empreiteiras operarem ações mafiosas, mas não há dinheiro para tratar dignamente professores e bombeiros. Há dinheiro para TODOS os esquemas políticos, inclusive para novos mensalões e financiamentos pelo BNDES de fusões milionárias entre empresas privadas, mas não há dinheiro para pagar aposentados e pensionistas. Em suma, o País está de cabeça para baixo em termos de valores Vivemos, na verdade, uma aristocracia inversa, onde os piores foram os escolhidos para exercer o poder.
O fato é que vivemos, muito provavelmente, o pior momento da história brasileira. Nunca na história deste país pessoas tão desonestas, fúteis e despreparadas mandaram tanto. Nunca fomos tão mau governados e representados... e nunca o conceito de república foi tão aviltado.
Como meu coração não se cansa de ter esperanças, tipo a canção de Caetano, passo os dias pensando, romanticamente, naquela frase escrita na espada de Hobin Hood... "Lutem e lutem de novo, até que os cordeiros se transformem em leões".
Será que algum dia esse nosso povo, basicamente gente de bom coração, vai deixar de ser cordeiro e passar a cuidar do que pertence à todos nós? Tomara, né...

27.6.11

Gays X Crentes: Despolitizando a questão.

Uma sociedade moderna, como se sabe, não pode ser baseada em preconceitos e a nossa, felizmente, tem evoluído bastante. Nos últimos dias, no entanto, tem havido uma supervalorização das temáticas gay e evangélica, coisa que não ajuda em nada o nosso processo evolutivo. Muito pelo contrário.
Como não faço parte de nenhum dos 2 grupos, e nem nutro qualquer preconceito em relação à ambos, fico à vontade para abordar o tema.
Em primeiro lugar, parece que alguém estabeleceu no Brasil uma nova versão do tratado de Tordesilhas, dividindo as terras entre gays e crentes, o que seria um absurdo. A grande maioria dos gays, e, certamente, também a grande maioria dos evangélicos, passa ao largo dessa batalha burra. O que ocorre, na verdade, é uma exploração indevida e uma extrema politização das diferenças entre os grupos, que, à rigor, não tem porque estar em conflito.
Tanto religião quanto sexualidade são conceitos absolutamente pessoais, não se podendo impor a quem quer que seja uma regra de comportamento específica em relação à eles. Há, no entanto, uma intenção grotesca de politizar o comportamento humano e tentar usar suas forças ou fraquezas em benefício de alguns poucos e com objetivo claro de poder.
Dos dois lados há falsos líderes tentando impor suas concepções pessoais, cada um à seu grupo e, posteriormente, á toda a sociedade. E este comportamento é antigo. Na constituinte já havia esse tipo de disputa entre “Centrão” e “Progressistas”.
Estabelecido o falso conflito de interesses, convoca-se a mídia - que afinal de contas vive disso - para acrescentar o molho à guerrilha e pronto, está formada a confusão. Do jeito que a coisa é colocada, inclusive, tem-se a impressão de que não há conciliação possível e nem alternativas viáveis. Tudo mentira.
Na verdade o que temos de traço em comum é a condição humana e a cidadania, de resto, quase tudo nos torna diferentes um do outro, graças a Deus. Não há entre as pessoas quem ame igual, sinta igual, veja igual ou perceba igual. Irmãos, por mais que se amem, vivem suas experiências com a vida de forma individualizada. Cada um com seu cada um, como se diz por aí.
O que temos diante de nós, tentando opor crentes e gays, é o mesmo sentimento que já vimos antes tentando opor brancos à negros, homens à mulheres, caucasianos à asiáticos, e por aí vai. Na medida em que a humanidade supera estas imposições, a tentativa de impor ódios variados vai se afunilando, mas, no fundo, no fundo, é sempre fundamentada na concepção mentirosa de que deveríamos ser iguais.
A coisa toda acaba servindo, na verdade, como mera cortina de fumaça para encobrir tanto nossa condição humana quanto nossa cidadania. Enquanto debatemos estas falsas polêmicas os donos do poder vão saqueando os cofres e se apossando das riquezas da nação (O cacófato, neste caso, é providencial). E nós aqui, discutindo pequenezas como se alguém tivesse uma procuração para falar em nome de Deus ou de qualquer grupamento que seja... Mergulhados no bobajal.
Deveríamos dar atenção ao que realmente importa, politizando só o que deve ser politizado, né?

25.6.11

A lenda de Beowulf


O Rei estava aos prantos. Diz a lenda que, quando jovem, incorporou Beowulf  (Leia o livro, veja o filme ou chafurde na internet...) e se deixou seduzir pela mãe de Gandalf em troca de poder e riquezas, mas ao invés dos monstros originais do poema épico dinamarquês, seu reino foi infestado por mosquitos gigantes.
O povo convocou o rei, seu grande herói, para enfrentar a pestilência, mas este se viu impedido de executar a tarefa.
- São meus filhos. O que posso eu fazer contra meus filhos? Berrava o rei pelas ruas do reino, entulhadas de lixo.
Já fazia tempo que o povo desconfiava da relação de afeto entre o rei e os insetos. No começo de tudo, quando os mosquitos começaram a se proliferar, ao invés de inseticida o império trouxe um produto estranho, de um reino distante, para combatê-los. Descobriu-se mais tarde que se tratava de fortificante e os bichos ficaram enormes, cada um pesando mais que um fusca. Houve protestos, é claro, mas o rei manteve-se irredutível. E os mosquitos foram crescendo cada vez mais.
Durante um pequeno lapso de poder, uma breve ausência do rei, imaginou-se que o príncipe Vaishitão, governante temporário, combatesse a praga com rigor. Ledo engano. A coisa apenas se agravou mais e mais. Em seu retorno, entretanto, o rei jurou vingança contra o príncipe assim mesmo, e a guerra se intensificou. Estava fundada a oposição, mesmo que sem fundamentos básicos.
No decorrer dos anos, cada vez mais enfraquecido pela idade e pela má vontade da mãe de Gandalf, o Rei viu crescer o poderio de seus inimigos, que insuflavam o povo contra sua liderança. Desgostoso, abandonou seus afazeres e decidiu utilizar todos os recursos do reino em causa própria, financiando os projetos pessoais da princesa, conhecida pelo povo como Sinhazinha, e da nova rainha, que, uma vez entronizada, covardemente abandonou-o em seus delírios senis.
O reino estava praticamente abandonado. O lixo se espalhava pelas ruas, os esgotos corriam à céu aberto, até mesmo o abastecimento de água do reino, controlado por inimigos do rei, era suspenso regularmente, mergulhando a população na sujeira, na doença e na imundice.
Foi então que o povo se levantou e renegou seu rei, ameaçando bani-lo para terras longínquas, para além das fronteiras de Nova Iguaçu.
Com a mãe de Gandalf fora de circuito, já não havia como o rei negociar novos poderes mágicos e até mesmo o dom da ilusão coletiva lhe havia sido tomado. O rei agonizava pelas ruas
– Meu reino por um caminhão de lixo ... Oferecia, o coitado.
Mas seu fim estava próximo. Os Deuses o haviam abandonado. Restava ao rei assistir passivamente a ascensão de seus inimigos e a aquisição de sua rainha por outros reis menores. O Reino estava degradado…
Em seu último dia ainda pode ouvir, no momento derradeiro, o povo, que entoava pelas ruas emporcalhadas uma antiga canção de esperança:
“O rei morreu... Salve o rei que vai chegar. Não sei sofrer, não sei chorar, só sei me conformar.”

OBS: Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com eventos recentes ocorrido em Duque de Caxias-RJ é mero deboche.

22.6.11

O grande desafio

O maior desafio para um cronista da atualidade é encontrar uma boa idéia... um assunto que valha à pena, que chame a atenção do leitor e que, se possível, faça-o refletir, ou pelo menos rir de alguma coisa.
A coisa parece simples, mas no Brasil de hoje consubstancia-se em árdua tarefa. Não dá mais para tratar qualquer tema com lirismo, a realidade não permite. O imediatismo e o excesso de praticidade é tão idolatrado na sociedade moderna que qualquer elucubraçãozinha rastaquera fica parecendo um crime. Pior, um crime premeditado.
Estamos falando de um País onde bombeiros são presos e tratados como bandidos e bandidos são soltos e tratados como heróis. Simples assim.
Aliás, só em escrever isso eu já fico preocupado... O Ministério pútrido do meu Estado pode interpretar esta frase como apologia ao crime só pelo fato de exaltar os soldados do fogo. Mas, bolas, se ocorrer um incêndio ou uma nova catástrofe qualquer na cidade ou no Estado quem é que vai ajudar a gente, nos socorrer? Os procuradores do MP? Claro que não, é óbvio.
Por outro lado, se eu usar este espaço para idolatrar Cesare Batistti, o bandido italiano, corro o risco de ter meu Blog rotulado como progressista e até ganhar medalha do governo, ou do Senado, quem sabe, oferecida por aquele Senador debilóide de São Paulo, o Suplicy.
Mas enfim, cronistas atualmente sofrem no Brasil. Não há idéia séria pairando no ar e caso opte-se pelo humor a coisa passa a ser considerada concorrência desleal com o poder executivo. Quem pode concorrer com a nomeação de Ideli Salvati para o Ministério da articulação política? Nenhum humorista que se preze correria este risco. No Ministério da pesca, tudo bem, era ridículo mas só desmoralizava os peixes. Mas articulação política? Pelo amor de Deus... Até o Luiz Sérgio, que antes de ser Ministro exercia o ofício de peso de papel em Angra dos Reis ficou chocado com isso:
- Meu Deus, conseguiram arranjar alguém pior que eu - Teria dito o petista em uma roda de correligionários...
Enfim, eu me recuso. Não quero acordar amanhã com a pecha de "Blogueiro progressista" e correr o risco de ser sequestrado por algum celerado que intente tomar dinheiro dos patrocinadores públicos às minhas custas. Logo eu, que nunca paguei uma conta em dia? Seria um escárnio. Além do mais, se o bandido exigisse algum bem pessoal meu, ao saber da minha lesa, lisa e louca realidade financeira, eu ficaria indignado. Seria cruel abrir mão dos meus bens, tanto da caneta quanto dos óculos. Uma perda inestimável. Cruz credo...

13.6.11

Rostinho simpático

Atenção senhores articuladores políticos do meu brasil varonil, eis a imagem da nossa querida Ministra:
Não pensem se tratar apenas de um rostinho bonito e simpático.
Esta fera foi escolhida a dedo pela própria presidenta, por ordem do ex presidente Lula, o molusco, para comandar a festa de distribuição de cargos e salários aos aliados do Governo.
O PMDB, de Temer, jura que não há nada à TEMER e já declarou amor eterno à nova Ministra, pelo menos até que os cargos os separem.
Todos os partidos da base alugada do Governo ficaram muito satisfeitos com a escolha, pois, afinal de contas, a presidenta tem todo o direito de escolher quem quiser para ocupar seus Ministérios, desde que a base alugada permaneça contemplada.
Em seu primeiro dia de trabalho os servidores do Ministério da articulação política colaram um cartaz na entrada do órgão público: "Por favor, não de comida aos bichos" mas juram, no entanto, que não há na mensagem qualquer alusão à nova Ministra.
Enfim....que Deus proteja nossa alma, pois nosso cérebro já está virando pasta.


12.6.11

A "jênia"

Arrumando a casa: Primeiro dia de trabalho de Ideli Salvati na articulação política.
Como pode-se comprovar, o pessoal do PMDB chega ao final. sempre disposto à ajudar.


Tentativa de ultrapassagem no Rio de janeiro

Esse vpideo pode ter sido gravado em qualquer esquina do Rio ou grande Rio...

PT reformula sua estratégia de relação com a imprensa


Desculpe, galera. Estou sem postar faz tempo, pois ando atoladérrimo. trabalho, facul, essas coisas... Bem feito, quem manda resolver voltar à estudar depois de velho, né?
Aliás, estou chateado por não ter conseguido ainda publicar algo sobre os BOMBEIROS e esse movimento lindo que tomou conta do Rio de Janeiro. Na condição de (Ex) sindicalista, garanto que se existisse um sindicato dos bombeiros controlado pelo PT e seus pares esse movimento jamais existiria. Uma das coisas mais fantásticas da ação dos bombeiros é que ela é livre e espontânea, uma legitima ação popular.
Mas enfim, prometo voltar em breve.
Enquanto isso podem ir curtindo esse vídeo, que revela a verdadeeira aspiração do partido que governa o Brasil em relação à nossa gloriosa imprensa.
Valeu e até breve.

13.5.11

Nem sub nação, nem sub educação:Eu quero o meu Brasil de volta

Já faz um tempo, o Brasil, oficialmente, começou a adotar atalhos para resolver seus problemas, inclusive os sociais. Se os critérios para considerar alguém como classe média, por exemplo, são "rigorosos", mude-se os critérios e pronto. Com exceção dos sem renda, todos passarão a ser considerados classe média. Fizeram isso no Brasil.
Para o Governo é mais fácil contornar do que remover as pedras, mesmo que o contorno faça com que o caminho nos afunde nos pântanos mais variados.
Depois de levar esta concepção à vários níveis da economia, dos indicadores sociais, etc, a coisa chegou a educação. Oficialmente o Brasil não ensina mais suas crianças a falar certo, pois o MEC - Ministério da Educação - resolveu aderir aos erros, adota-los como método de trabalho, ao invés de corrigi-los, segundo matéria do portal  IG  .
Nossas doutas autoridades (ou otoridades?) educacionais, aquelas mesma que tentaram proibir Monteiro Lobato nas escolas, decretaram que o erro não é mais uma coisa errada e que, à partir de agora falar e escrever de forma correta passou a ser um erro.Mais inversão de valores, impossível.
A decisão do MEC não é apenas absurda, mas é também temerária. "Nunca antes na história deste País", como diria o doutor Lula, adotou-se uma visão tão APEDEUTA de Educação (ou educassão?). Trata-se de algo mais agressivo que um tapa na cara ou um chute nos países baixos, é algo grotesco.
Não sei se a intenção do MEC foi legitimar o discurso daqueles políticos que não sabem discursar, a tribo do "nós vai, nós foi", tão bem representada nos legislativos e executivos tupiniquins em todas as instâncias e que dão apoio crucial ao governo, ou se foi apenas uma forma de agradar ao ex presidente Lula, líder pródigo na arte de falar, pensar e agir errado. O fato é que nada justifica isso.
Por mais analfabetos que sejam os nossos governantes, não se pode oficializar o analfabetismo e decretar para o Brasil a condição de subnação.
Não é só porque os membros do atual governo são limitados que o país pode condenar nossas crianças à escuridão da ignorância eternamente, até porque, ao contrário dos quadros governantes, a maioria nas nossas crianças é inteligente e criativa. Aliás, talvez seja exatamente por isso que o governo tenta apequenar a educação. Quanto maior for o investimento em educação de qualidade e cultura, menor será a possibilidade dessa gente se manter no poder por muito tempo, dai a necessidade de nivelar por baixo, de obscurecer ao invés de iluminar o caminho dos estudantes, de desconstruir a nação inteira. Trata-se de auto defesa, medo de perder o poder. Só pode ser isso.
Daqui do meu canto só posso esperar que as pessoas reajam, pois os parâmetros da Educação são mundiais e não podem ficar restritos à concepções petistas. Nesse jogo, pelo menos, não se pode permitir mudança de regra. Não se pode transformar o erro em correção só para que líderes menores posem de pessoas cultas.
Para os petistas, ler pode até ser uma tarefa árdua, que provoque azia (1), mas para o Brasil, povo e sociedade, a coisa não pode ser assim. Não se pode nivelar um País inteiro pelo nível cultural e educacional de uma turma que chegou ao poder exatamente da mesma maneira que governa, se aproveitando dos atalhos.

(1) - Curiosamente, contar dinheiro público em suas contas particulares não causa tanta náusea à essa turma.

4.5.11

Deus


Um Deus dormiu na varanda
da casa que eu construí
Um Deus, um servo e um gari,
revezando bugigangas
Se Deus dormiu na varanda
eu também posso dormir

23.4.11

Morte e Vida Severina - Abertura e fala inicial de Severino

Me bateu uma baita saudade do texto de João Cabral de Mello Neto, aí resolvi dividir com a galera pelo menos este trechinho de "Morte e vida severina". É só a abertura, interpretada por José Dumont na década de 80...

Clara Nunes - Como é grande e bonita a natureza




Como É Grande e Bonita a Natureza

Sivuca e Glorinha Gadelha



Andorinha é a presa do picanço
Beija-flor todo dia a flor beija
E a pequena floresta onde eu descanso
É um mundo de fera e de presa
Quero muito zelar pela pureza
Pelo rei, pela fada, pelo santo
Escondendo na mata o meu espanto
Como é grande e bonita a natureza
Oiê,oiê,como é grande e bonita a natureza
Oiê,oiê,como é grande e bonita a natureza

Eu me chamo João, Joana chama
Pra mostrar verdes olhos, verde queixa
Pra plantar minha crença galopando
Quero sol, quero chuva que despeja
Minha força taí nessa peleja
No rastejo arrastado do meu chão
Vou fazendo do mote o meu refrão
Como é grande e bonita a natureza

Oiê,oiê,...etc.

O cometa que passa vai passando
E a estrela do norte pestaneja
Zelação pelo céu alumiando
No clarão da manhã a noite fecha
Minha sorte no meio dessa riqueza
Meu desejo, meu sonho, meu sertão
Meu inverno e a promessa de um verão
Como é grande e bonita a natureza

Oiê,Oiê,...etc.

Eu sou feito da força do remanso
A paulada no couro me desfecha
No momento da fome eu me avanço
Pra comer como tudo que me deixa
A coragem embarcou nessa afoiteza
Minha sede abre a boca num rasgão
Que não sofra por mim, viu meu irmão
Como é grande e bonita a natureza

Oiê,oiê,...etc.